A vida que você deixa de viver acontece nos minutos em que você se atrasa
Viver de forma acelerada virou um padrão. O sentimento de que sempre está faltando tempo faz com que a melhor opção, na maioria das vezes, seja pegar o caminho mais rápido. E de 1 em 1 minuto economizado, os desesperados tentam recuperar o tempo perdido nessa corrida maluca que se tornou a vida.
Você se identifica com esse contexto? Sente que está sempre apressado e atrasado? Se a resposta for “sim”, saiba que não está sozinho. Muitas pessoas convivem com esse mesmo sentimento, mas quero te ajudar a abrir a mente para outras perspectivas…
E, se para variar, no lugar do caminho mais rápido, você optasse pelo mais longo, mas que também proporciona bem-estar, paz interior e tranquilidade? Vem refletir comigo!
A felicidade da vida mora nos detalhes
Esse estilo de vida acelerado é, na minha opinião, muito problemático porque faz com que as pessoas se esqueçam de algo importante para se viver melhor: a felicidade mora nas pequenas coisas, nos detalhes ao nosso redor. O que muita gente não se dá conta é de que esse tipo de percepção traz mais leveza e bem-estar para os nossos dias. Vou te dar um exemplo com uma analogia real.
Eu sempre prefiro ir para o trabalho pelo caminho mais demorado. Não tem problema levar alguns minutos a mais, pois se trata de um momento agradável para mim. O caminho mais rápido seria uma autoestrada, repleta de carros, estresse e alta velocidade. Não é ruim, mas não me permite observar o mundo com calma e leveza para começar o dia com bom-humor e disposição.
Gosto de apreciar a natureza, sentir o vento bater no rosto, prestar atenção nos ônibus escolares e nos pedestres… Os poucos minutos a mais que eu ganharia no caminho mais rápido não fazem a menor diferença no ponto de vista de tempo, mas fazem uma enorme diferença na minha energia, humor e forma de viver a vida.
Isso impacta diretamente o meu dia: chego no trabalho com um sorriso genuíno no rosto. E, acredite se quiser, encontro poucas pessoas com essa mesma leveza logo pela manhã.
Penso que, provavelmente, a maioria pega o caminho mais rápido e não usufrui dos benefícios de se apreciar os pequenos detalhes do cotidiano. E pode ter certeza de que isso faz uma enorme diferença, porque a partir do momento em que enxergamos beleza no ordinário, tudo ao nosso redor se torna, de alguma forma, extraordinário.
Lembre-se: mais rápido nem sempre é melhor
A tendência natural é acreditar que, quanto mais rápido, melhor. Mas nem sempre isso é verdade.
Quando conto para as pessoas que prefiro dirigir pelo caminho mais demorado, com 12 sinais, mas que me proporciona paz e tranquilidade, é comum escutar comentários como:
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“Mas o caminho pela autoestrada é melhor, não tem que prestar tanta atenção, chega mais rápido. Você fecha os vidros, coloca o podcast e vai!”
Para mim, essa é uma falsa visão de produtividade, porque mais rápido não quer dizer ser mais produtivo.
Sabe aquela pessoa que só ouve áudio do WhatsApp acelerado ou levanta da poltrona do avião quando o mesmo ainda nem estacionou no aeroporto? Elas tendem a acreditar que são mais produtivas porque fazem tudo primeiro e mais rápido.
Mas produtividade, para mim, se trata de extrair mais resultado com mais atenção, foco e equilíbrio, desprendendo menos energia. Percebe a diferença?
Os minutos gastos correndo são parte da sua vida passando
Sempre fui assim. Quando morava em Florianópolis e no Rio de Janeiro, também preferia os caminhos mais demorados e tranquilos para poder apreciar o mundo ao meu redor nesse momento. Esse tipo de comportamento reflete o meu modo de viver.
Gosto de fazer escolhas inteligentes e sei que isso inclui entender que gastar alguns minutos a mais em certas atividades nem sempre é algo prejudicial, pelo contrário, pode me trazer muitos benefícios. A vida passa enquanto estamos extremamente apressados, com a cara fechada, ignorando cada belo pequeno detalhe que nos cerca.
E é nessa pressa que você deixa de escutar o seu filho, de dar bom dia para alguém, de prestar atenção na natureza… Por isso, sempre vou defender a ideia de que, nesses poucos minutos que você acha que ganha seguindo pelos caminhos mais rápidos, na verdade você está deixando a vida passar.
Faz sentido para você? Espero que, a partir de agora, você consiga desacelerar um pouco e, assim como eu, apreciar as pequenas belezas da vida.
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Artigo publicado originalmente em barretorodrigo.com
Me chamo Rodrigo Barreto, sou mentor de produtividade e gestão de tempo para profissionais no Brasil, EUA e Europa. Atualmente vivo com a minha família e trabalho nos Estados Unidos. Sou escritor e palestrante de assuntos que vão desde Produtividade e Gestão de Tempo até Paternidade e Equilíbrio entre Vida Pessoal e Profissional.
Humanização, liderança, criatividade & estratégia
2 aNossa!! A escrita desse texto foi tão leve, que a partir do momento que paramos para ler, parece que ficamos mais tranquilos, calmos, desacelerados... Tento ver a vida sob essa perspectiva e para mim, faz muito sentido esses "caminhos mais longos". Observar o trajeto e viver de fato aquele momento é tão importante quanto chegar no destino. Obrigado por compartilhar. Para mim, foi um momento de bastante calmaria e reflexão!!
Tecnico de END na voith hydro
2 a👏👏👏
Founder e CEO da Interactti. Mentora e Advisor em Negócios e Startups, Empreendedora, Estrategista, Conselheira, Professora e Palestrante
2 aTexto maravilhoso. Penso da mesma forma Rodrigo Barreto
50bem+ COM ALMA DE CRIANÇA. /+ 3 DÉCADAS DEDICADAS AO DESIGNER DE EXPERIÊNCIAS /UMA GENERALISTA ESPECIALISTA EM COCRIAÇÃO DE MEMÓRIAS AFETIVAS,.
2 aVOCÊ QUER RECUPERAR O TEMPO PERDIDO? Uma menina chamada Clara me mandou um poema, com a seguinte questão: “... E se os Loucos sabem onde é a vida de verdade?” Prá você, onde a vida acontece de verdade? Nas demandas dos chefes e clientes ansiosos com seus prazos insanos, e com as justificativas de que precisamos recuperar o tempo perdido com metas mais agressivas e dedicações meritocráticas, ou nas pautas do noticiário da tv? A vida acontece no tic tac do relógio, no rolar da tela do insta ou no fechar de olhos por segundos enquanto as gotas do chuveiro nos tocam num banho quente? Onde ela acontece? Perdemos o censo de presença, antigamente o relógio biológico conectado à natureza nos guiava hoje a roda gira em descompasso. Eu mesma me coloco em armadilhas de perda de tempo quando me deixo levar por rompantes que me tiram do centro, e criam por si cenários, nem sempre reais, mas que desestruturam o que poderia ser harmonioso. E para mim é nesse lugar que a vida realmente acontece, na simples oportunidade de fazer de mim meu próprio lar no meu tempo. E parafraseando Pedro Bial: Se eu pudesse dar só uma dica sobre futuro seria esta - Entenda que não se ganha nem se perde tempo. Tempo se vive!
CEO na IS Impérios Sagrados
2 a👍👍👍