Viver o seu melhor ou se comparar?
Naqueles dias de completo desânimo, uma dica valiosa é afastar-se de qualquer rede social. Um post pode se tornar um arsenal infinito de autocrítica, frustração e autodepreciação. A colega postou um prato de salada, e minha mente nem disfarça pra logo pensar: olha lá, a pessoa tem TEMPO de se cuidar, mantém uma alimentação saudável, deve ser por isso que é linda e feliz. E eu aqui, estou fazendo o quê? Será que também deveria fazer isso?
Talvez você reconheça essa habilidade de elaborar uma história minuciosa analisando apenas uma foto, um reels ou qualquer sequência que duram exatas 24 horas, quando muito. Isso na plataforma, não é mesmo? Além de criar um enredo mirabolante sobre a vida do outro, outra habilidade é conseguir seguir ocupada com aquele “ideal” que a colega postou.
Infelizmente, a experiência de um dia pode ocupar um espaço mental infinito. Afinal, a imaginação permite a livre interpretação dos fragmentos que rondam a realidade. E essa ocupação é um dos piores venenos para a criatividade porque coloca a COMPARAÇÃO em perspectiva.
Loucura? Ando pensando que: “Loucura é não viver a própria vida!”, e ao escrever essa frase sigo com ela ecoando, pois são infinitas às vezes em que bloqueio os meus desejos de expressão porque estou rolando tela para olhar a grama do vizinhe crescer.
Ponto de virada
Para recobrar a consciência e retomar meu potencial de CRIAR (acredita que todes podem ser felizes? Sonho com isso!), eu busco respirar profundamente e fazer uma pequena revisão que inclui:
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A comparação não abre espaço para o pensamento criativo porque acaba gerando ansiedade sobre o que você “deveria estar fazendo”. Além disso, as rotinas viralizáveis e perfeitas reduzem as experiências, criando quase que uma narrativa exclusiva de desejar um estilo de vida que talvez nem combine com você ou até viver uma experiência que não faz o menor sentido (desculpa, mas acho esquisito).
Para mim, o caminho de liberdade, diante da limitação presente na comparação, é olhar a experiência do outro de forma mais experimental. E, a partir disso, combinar, recombinar e imaginar como, em meu trajeto, posso seguir mudando sem a obsessão de seguir um protocolo para alcançar uma vida perfeita.
Giórgia Gschwendtner é escritora, jornalista e atua com comunicação consciente, inovação e futuros. Empreende pela GiG.Content e pelo RADAR ASG, sendo pós-graduada em análise e produção de conteúdos para mídias digitais, comunicação e estudos de mídias. Atua também como facilitadora de atividades que viabilizem a comunicação interna e externa de organizações, a partir de uma abordagem que é pautada nos princípios da regeneração e na perspectiva de expansão da consciência para viabilizar futuros possíveis. Quer falar? Manda um e-mail para giorgia@gigcontet.com ou vem aqui conferir o site oficial da GiG.
CEO da ViValor | Especialista em Marketing, Inovação e Psicologia Positiva | Gerar Transformação, Bem-Estar e Impacto Positivo me Movem | Projetos de Consultoria e Mentoria
5 mGi eu diria até que a comparação é o pior veneno para vida!