Viver sem violência é nosso direito
Você está disposta (o) a caminhar junto contra à violência?

Viver sem violência é nosso direito

Não à violência contra a MULHER

Ao trazer o tema VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, logo conseguimos ver a cena de uma mulher sendo agredida fisicamente por um HOMEM. Se você clicou neste artigo esperando ler algo neste sentido irá se decepcionar. Hoje vamos refletir sobre as diversas formas de violência praticadas contra as mulheres.

A violência pode ser doméstica e familiar, sexual, feminicídio, psicológica e moral, no trabalho, violência de gênero na internet. Gostaria de chamar atenção para a informação de que existe agressão vinda de mulher contra mulher, de filhos contra mães, de colegas de trabalho, de pessoas que nem se conhecem.

A violência via internet está cada vez maior, presente na “pornografia de vingança” e no “cyberbullying”. Ela se espalha velozmente, pois em segundos uma publicação pode alcançar milhares de pessoas.

Pornografia de vingança é o compartilhamento de fotos e vídeos íntimos pela internet sem autorização ou com o propósito de causar humilhação da vítima. O espantoso nestes casos é que na maioria das vezes o ex-namorado, ex-marido ou ex-companheiro é quem divulga as imagens.

Cyberbullying - uso de ferramentas do espaço virtual, para alastrar comentários depreciativos. Pode atingir qualquer pessoa, mas, geralmente, essa forma de violência mobiliza sistemas discriminatórios.

Hoje, neste dia lindo que você está lendo tranquilamente este texto, um grande número de mulheres, jovens e meninas estão sendo submetidas a alguma forma de violência, no no mundo. E como está o Brasil nesta triste realidade? Vamos analisar os dados sobre o Brasil que constam no dossiê violência contra as mulheres.

Infelizmente não encontrei números sobre as agressões virtuais, que estão se tornando mais frequentes a cada dia. Enganam-se aqueles que pensaram que somente as adolescentes sofrem desta violência.

Em 2005 a jornalista Rose Leonel sofreu vingança de seu ex-noivo e hoje dedica-se a ONG Marias da Internet que presta serviços de orientação jurídica e apoio psicológico a vítima de disseminação indevida de material íntimo. 

A violência virtual não causa feridas físicas!!! Enganou-se, este tipo de agressão tem levado mulheres ao suicídio. A informação se espalha com tal velocidade, os olhares de amigos, familiares, professores, colegas de trabalho, filhos e também de um grande grupo de internautas que nunca farão parte de sua vida, mas fazem parte dos fantasmas julgadores que lhe acompanham diariamente, levam as vítimas a terminarem com o sofrimento tirando a própria vida.

Em novembro de 2013 duas adolescentes, uma de Veranópolis (RS) e outra de Parnaíba (PI), cometeram suicídio após sofrerem a vergonha e humilhação de ver suas fotos e vídeos íntimos sendo compartilhados. Uma das meninas se enforcou com a chapinha e deixou um bilhete para a mãe. O bilhete era um pedido de desculpa por não ter sido a filha perfeita. O que é ser a filha perfeita????

Precisamos evoluir culturalmente, herdamos pensamentos e comportamentos de uma população que até 2002 seguia um código civil que considerava as mulheres casadas como "incapazes". O que atualmente consideramos um absurdo, a poucos anos era considerado legal.

“Não é a violência que cria a cultura, mas é a cultura que define o que é violência. Ela é que vai aceitar violências em maior ou menor grau a depender do ponto em que nós estejamos enquanto sociedade humana, do ponto de compreensão do que seja a prática violenta ou não.” Luiza Bairros,doutora em Sociologia pela Universidade de Michigan.


Em 2006 tivemos aprovação da  Lei nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha – nosso principal instrumento legal para lutarmos contra a violência doméstica praticada contra mulheres no Brasil.

No dia 7 de agosto de 2017 a Lei Maria da Penha completou 11 anos, muitos agressores tiveram a devida punição, mas a lei não é o bastante para protegermos nossas mulheres. Precisamos de mudança de atitude social.

Enquanto a sociedade estiver deixando de contratar mulheres com filhos pequenos, desligando colaboradora que retorna da licença maternidade, oferecendo remuneração infinitamente menor para o sexo feminino, julgando ser responsabilidade da mulher os afazeres domésticos, não estendendo a mão para a mulher agredida, não teremos redução de violência.

A violência contra mulher terá uma queda quando a HUMANIDADE der as mãos e caminhar junta contra agressores. Mulheres e homens juntos lutando em busca de um novo conceito. Não vamos continuar nos escondendo em nossa história cultural, vamos começar a escrever uma nova história, educando nossos filhos e filhas para caminharem juntos e acima de tudo valorizando o indivíduo.

Você está disposta (o) a caminhar junto contra à violência? Se sim, compartilhe este texto ou deixe seu comentário, vamos debater este assunto e levar para o maior número de pessoas, pois somente falando sobre o assunto é que vamos ativar a mudança.

Leia meus textos no Linkedin – Clique aqui Não perca os vídeos e as dicas no Facebook




Marcos Ratinecas

Director at Humanware Recursos Humanos

7 a

Parabens pelo texto e iniciativa de colocar o tema em discussao.

Carlos Pacheco

Senior UX Product Designer | UX (User Experience) & UI (User Interface) Design | Design System | UX Research

7 a

O que acho incrível é que mesmo com tantos avanços em diversas áreas a violência contra as mulheres ainda é um assunto que deve precisa ser debatido. Estes avanços a que me refiro são provas do conhecimento e, juntamente com nossos polegares opositores e lobo frontal desenvolvido, nos consideramos uma espécie engenhosa e inteligente. Será mesmo? Pelo visto ainda temos muito o que progredir.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos