Você "é" os outros?
Daniel Pereira
Estrategista de Comunicação e Marketing Jurídico Ético | Advogado e Filósofo de Formação | Extensionista em Filosofia do Direito pela FGV/Direito-Rio
Minha mãe (dona de uma filosofia de vida própria, apesar do pouco estudo) me dizia (provavelmente a sua também) quando eu, na adolescência, queria “sair dos trilhos” e seguir a manada:
- Mas você não é os outros!!
Pois não é que isso é uma verdade? Com o tempo vamos compreendendo que somos uma individualidade embora vivamos em comunidades. Puxo o gancho para o trabalho, pois é lá que vivemos uma parte significativa do tempo e em contato com as mais variadas pessoas.
Como eu não sou o outro é saudável a comparação?
Há um velho ditado de que é “melhor se comparar com o que fomos ontem” e não com outras pessoas.
Mas, no fundo, não é bem assim. Vivemos conectados e as redes sociais amplificaram esse fenômeno, mas há coisas boas e outras nem tanto desse modo de viver.
Benefícios
Medir, cotejar alguém pode ser uma excelente ferramenta de autoconhecimento e de desenvolvimento pessoal.
Já se pegou excessivamente passivo na vida e, ao se examinar comparativamente, deu um novo salto, acionou algo dentro de si que lhe colocou em um outro patamar?
Malefícios
Por outro lado, a comparação, sem uma análise mais aprofundada, racional, pode nos levar a uma série de inseguranças, invejas, infelicidades e baixa autoestima, corroendo nossos valores mais importantes e nos fazendo flertar com o sentimento de perfeição, sabotando nossa satisfação com a vida.
Portanto, o melhor a se tirar disso tudo é a comparação saudável que nos movimenta em novas direções.