Voluntariando pelo exemplo: do altruísmo da minha mãe à primeira experiência voluntária

Eu nunca havia me interessado por voluntariado. Parecia impossível, principalmente na minha adolescência, dispender do precioso tempo em que eu poderia estar no cinema, em casa vendo TV ou fazendo qualquer outra coisa que me trouxesse diversão. Não fazia o menor sentido. Mas, eu tenho uma grande influência em casa.

Minha mãe é muito altruísta, sempre ajudou todos a sua volta sem medir esforços. Sabe aquela pessoa que está sempre armando um plano para ajudar fulano, que vira a cidade do avesso para realizar doações e não conta pra ninguém? Ela mesma! Ela até inventou de cuidar, como filhos, de algumas crianças que moravam perto da nossa casa. A motivação para tudo isso eu só fui entender depois de ter a minha primeira experiência.

No meu colégio, o Anchieta, tive a oportunidade de participar da minha primeira experiência voluntária legítima. Ocorria em um turno no qual não tínhamos aula, e confesso que acabei me inscrevendo por influência de alguns amigos. Acabei vendo uma chance de passar um tempo diferente com eles, e não fui pelo intuito de ajudar as pessoas.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Eu lembro direitinho das visitas ao Amparo Santa Cruz. Fomos através da van que levava os alunos, e acho que passamos umas 2h, 3h por lá, conhecendo o ambiente e quem habitava o lar. Havia uma divisão entre quem iria ficar com os idosos e quem ficaria com as crianças, e nisso, os idosos acabavam sempre com menos voluntários. Uma pena. Eu, do contra, acabei optando pela parte da famosa melhor idade, já que não tenho dom com crianças.

Lembro-me bem que as senhoras ficaram muito felizes com as nossas visitas. Nós acabávamos levando energia e juventude para aquele lugar, além da memória de alguns netos. Às vezes levávamos esmaltes e apetrechos para estimular o autocuidado nas senhoras, mas os senhores contentavam-se em jogar bocha e papear, e ambos participavam do café da tarde que montávamos. Se me recordo bem, até organizamos uma festa junina para todo o pessoal.

Eram momentos maravilhosos, de verdade. Eu saía cansada, mas revigorada. Já planejava com minha mãe que doce (tadinhos dos diabéticos) ela poderia fazer para eu levar na próxima sexta. Eu senti na pele que pequenos gestos podem fazer uma grande diferença na vida do outro. O que me custava conversar? Nada. Mas para aquela senhora, ser ouvida era a melhor parte do dia. Eu vi que se fazer presente é muito importante. Claro que nesses momentos de pandemia que vivemos, a presença física é inviável, mas podemos fazer isso virtualmente. O importante é deixar claro para o outro que ele tem valor para você. E qual a conclusão que eu cheguei de tudo isso? A semente que minha mãe plantou, germinou.

Então não ache que o voluntariado é complexo. Ele não precisa de uma estrutura física, uma vestimenta específica, um investimento alto. Ele acaba se traduzindo em atos simples que impactam outros seres, de inúmeras formas, e que inevitavelmente impactarão muito mais a você.

Te inspirou? Fica tranquilo que no próximo artigo eu vou trazer algumas coordenadas para tirar essa vontade de colocar esses atos simples em prática e fazer a diferença na coletividade. Fiquem ligados!

Walas Lopes

👽🧲 Business Match Maker, empático 💰 Mercado Financeiro

2 a

Natália, vc é ET 👏🏻👽 🌎🚀🤝👽🛸 ET raordinário!

Isabella Fochesatto Panisson

Advogada tributarista e Mestre no Mestrado Profissional em Direito Tributário FGV SP

3 a

Muito bom Nati! Pequenas ações fazem a diferença na vida do outro (e na nossa também, é uma troca mútua)! Adorei também a minha experiência no anchieta, embora volta para a atividade empresarial! Ansiosa pelo próximo post com as dicas!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos