A vulnerabilidade que aproxima

Sempre vi a vulnerabilidade como sinal de fraqueza! Achava que qualquer demonstração de fragilidade era um erro para um líder. A vulnerabilidade refere-se a disposição do líder em mostrar suas falhas, dúvidas e imperfeições aos membros da sua equipe. Ser vulnerável em um mundo como o nosso é sinal de coragem!

Tenho um perfil dominante e isso tem o lado bom mas tem também o lado ruim. Sempre tive muita dificuldade de reconhecer as falhas das pessoas que eu liderava. Tinha pouquíssima tolerância a erros, tanto dos outros quanto meus! Sempre muito exigente e impaciente com pessoas de baixo desempenho. Era vista no meu local de trabalho como uma pessoa muito enérgica e focada apenas nos resultados. Me esquecia que atrás daquela atividade existia uma pessoa!

Hoje vejo o quanto é importante reconhecer as nossas falhas. Isso ajuda a construir confiança e empatia, tornando-nos mais acessíveis aos olhos dos nossos liderados. Quando demonstramos a vulnerabilidade somos corajosos em reconhecer que falhamos. Somos humildes quando erramos e pedimos desculpas. Somos resilientes em aceitar os feed backs da vida, mesmo que não seja o que queríamos ouvir.

Amo ser vulnerável pois reconheço que sou imperfeita. Que tenho qualidades e falhas. E o que me define não são as circunstâncias da vida, mas sim quem eu sou como pessoa! E você como se reconhece? É um lider que não se expõe e reconhece suas falhas?

A melhor forma de desenvolver a vulnerabilidade é através do auto conhecimento. Quando nos conhecemos sabemos nossos pontos fortes e fracos. Reconhecer que precisamos dos outros também é uma forma de se tornar humano perante sua equipe!

Através da vulnerabilidade descontruimos o mito de que o líder tem que carregar o mundo nas costas. Isso não é uma atitude saudável, o que gera a Sindrome de Burnout, tão comum em nossas lideranças de UAN. Aprender a descentralizar as responsalidades e delegar atribuições para os membros capacitados da equipe são ações que auxiliam na construção de uma cultura inovadora na sua unidade.

E aí? preparada para viver mais vulnerável?

Até mais,

Mari