EDUCAÇÃO... Você foi ensinado (e aprendeu) a ser produtivo?
Produtividade é um conceito. Tem a ver com "fazer mais com menos"... recentemente tem-se dito ainda "fazer mais com menos, com simplicidade".
Em outubro de 2012 a revista Exame colocou como matéria de capa a seguinte pergunta: Por que somos tão improdutivos? Ainda na capa, apontava para o fato de que um único americano produziria o equivalente a 5 brasileiros. A revista argumentava que "(...) produtividade é uma síntese das escolhas das nações ao longo do tempo. Aquelas que investiram na educação, na infraestrutura e nas instituições fortes têm uma economia mais eficiente e, portanto, mais rica. No caso do Brasil, infelizmente, a baixa produtividade é o resultado de muitos fracassos. O sofrível nível educacional é um deles.Os brasileiros têm, em média, 7,5 anos de escolaridade — ante 12 anos dos americanos. Aqui, apenas 11% da população tem diploma universitário — quase a mesma proporção de 30 anos atrás. E pior: só 35% dos alunos do ensino médio são plenamente alfabetizados — ou seja, têm condições de entender plenamente um manual."
Agora imagine que você está num estabelecimento comercial. Entra, olha, pede, questiona e, em determinado momento, após tantas respostas que recebe, você se dá conta de que quem está à sua frente, definitivamente, não poderia nem deveria estar ali. Pede pelo gerente e tem como resposta comportamento similar ou pior do que aquele anterior. Esses colaboradores, definitivamente, não estão "colaborando". E aí não há negócio que sobreviva.
Podemos afirmar que parte dessas situações devem-se a (falta de) educação. A educação aqui apresentada compreende a soma de múltiplas variáveis, das quais destacaremos apenas 3: a educação pessoal (ofertada pela família), a educação escolar básica (ofertada pelo Estado e por instituições privadas, compreendendo educação infantil, básica e ensino médio) e a educação escolar complementar (ofertada pelo Estado, por instituições privadas, ONGs, entre outros, como cursos técnicos e profissionalizantes, graduação e pós, línguas, entre outros).
Educação é um processo de ensino e aprendizagem que tem como um de seus propósitos aumentar o campo de visão de uma pessoa (sem maiores discussões acadêmicas sobre essa definição). Aprendizagem pressupõe ensino. E ensino, se bem feito, contribuirá para aprendizado. O "se bem feito" implica muitas coisas. E o "contribuirá" também diz que a aprendizagem não dependerá apenas do ensino. Quanto ao campo de visão, estamos dizendo o quanto o "saber" leva uma pessoa a querer ampliar suas possibilidades pessoais e profissionais, pelo simples fato de ter consciência daquela máxima bem conhecida: "quanto mais sei, mais sei que nada sei".
Consideramos igualmente verdadeiro que a educação afeta todos os níveis de uma organização, da base ao topo da pirâmide, e que muito do que acontece em uma organização reflete a provável falta de educação que percorre os níveis da sua hierarquia. Fala-se muito da mão de obra mal qualificada, em nível operacional. Mas é fato inequívoco que pouco adianta capacitar colaboradores cujos gestores não estejam preparados.
Nosso convite à reflexão: como pessoas (na família e sociedade) e como empregados e empregadores, estamos contribuindo para que aquela proporção do início do texto melhore ou piore? Qual tem sido a nossa preocupação com a educação de forma que isso alimente a melhoria de nossa produtividade e dos que nos cercam? Se pouco ou nada fazemos, temos observado quem o faz e como o faz? Não vale se defender. Questione-se e encontre resultados concretos para provar seus feitos. Ou olhe para o lado e aprenda um pouco com aqueles que já estão um pouco mais preparados neste quesito. Então melhore. Para o seu bem e o de todos.