Assédio não é ideológico
Humilhação, abuso de poder, importunação sexual… O assédio pode se manifestar de diferentes maneiras, atravessando campos políticos, ideológicos, econômicos e sociais. Da extrema direita à esquerda, temos acompanhado denúncias de mulheres que, corajosamente, estão conseguindo dar luz aos casos, iniciarem processos judiciais e serem acolhidas. Espaços e figuras que antes funcionavam como faróis norteadores de boas práticas em direitos humanos têm sido alvo de denúncias, como o Ministério das Mulheres, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania o Pacto Global da ONU Rede Brasil , deixando um gosto amargo de desesperança.
É importante frisar: assédio moral e o sexual não se limita a um espectro político ou social específico. Assediadores e vítimas podem ser encontrados em todas as esferas ideológicas, demonstrando que esse problema transcende qualquer divisão partidária. A busca por poder, a sensação de impunidade, o machismo e o racismo são fatores que motivam e perpetuam o assédio.
Para que haja dignidade de fato, precisamos traçar uma linha definitiva do que é tolerável e o que é intolerável, independente de quem é o assediador e do ambiente que permite que ele aconteça. Do que entendemos como direitos humanos, do que estamos falando quando falamos de justiça e equidade para mulheres.
Nenhuma forma de assédio ou violência cabe dentro de sociedades democráticas, plurais e sustentáveis. Por aqui, seguiremos reforçando a importância do trabalho de prevenção e a prontidão de resposta e acolhimento das estruturas em todos os campos e instituições.
Psicóloga Clínica e Organizacional | Consultora em Saúde Mental e Segurança Psicológica | Foco em Liderança Feminina e Gestão de Pessoas
1moAssédio não é ideológico mesmo! é um risco psicossocial, que é abordado na NR-1 (norma regulamentadora que aborda a saúde mental no trabalho). No entanto, apesar de avanços na legislação, como por exemplo, a própria incorporação dos riscos psicossociais à Norma mencionada acima, o assédio moral não é incorporado ao PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) por não estar associado à exigência da atividade. O risco foi atribuído à Organização, o que na minha opinião, dificulta um pouco esse trabalho de conscientização, pois nas organizações em que esse fator não é visto, nem reconhecido e muito menos trabalhado, acaba caindo em discursos mentirosos ou absurdos. É fundamental a gente falar sobre isso, sempre! E o trabalho de vocês é maravilhoso e sempre utilizo como referências nos estudos e trabalhos.
#educacaofinanceira #fe #co-cidadania #empreendedor
1moBom dia desejo sucesso e ótima 5ª feira .