CazeTV foi a grande protagonista da cobertura olímpica
Divulgação

CazeTV foi a grande protagonista da cobertura olímpica

Em sua primeira cobertura de Jogos Olímpicos, a CazeTV foi a grande protagonista da cobertura da competição sob o ponto de vista da mídia esportiva. Para o bem ou para o mal, todo mundo falou do veículo de comunicação que foi um dos donos dos direitos de transmissão da competição para o Brasil.

Isto não deixa de ser um grande feito, pois o outro detentor dos direitos de transmissão era nada menos do que o Grupo Globo, que costuma ser o protagonista da mídia esportiva - principalmente em eventos de grande porte como os Jogos Olímpicos.

A CazeTV chegou com a proposta de aliar entretenimento, espontaneidade e informação - o que não é uma novidade, digamos. Acho que o diferencial foi na forma mais "torcedora sem filtro" dos times de transmissão, o que costuma atrair um público mais jovem.

A ideia dos mutirões para aumentar o número de seguidores dos atletas Olímpicos brasileiros foi algo de simples execução que deu muito certo. Grande estrela da CazeTV, Casimiro Miguel emprestou o seu prestígio com os jovens ao fazer campanhas para turbinar os perfis dos atletas - o que provavelmente renderá contratos publicitários para eles no futuro. Não deixa de ser uma forma saudável de apoiar o movimento olimpico brasileiro.

Fui um expectador da CazeTV em grande parte da cobertura olímpica. Me agradou especialmente a narração de Luis Filipe Freitas nos principais eventos e a dupla Rômulo Mendonça e Ricardo Bulgarelli no basquete. A polivalencia de Marcelo Hazan foi uma grata surpresa - principalmente no comando do atletismo. Os repórteres João Barreto e Day Natale tiveram grande desempenho também - aliando conhecimento, carisma e empatia na frente da telinha.

Mas como toda novidade, a CazeTV tambem atraiu muitos haters durante a cobertura olímpica. Os casos que chamaram mais atenção foram relacionados ao programa Zona Olímpica. No primeiro, uma das convidadas, a Blogueira de Baixa Renda, falou sobre a relação passada entre a ex-jogadora de vôlei Sheilla e a atual ponteira Gabi, o que gerou constrangimento para Adenizia, jogadora do Praia Clube que era uma das participantes do programa. No outro, o apresentador Guilherme Beltrão causou polêmica com uma fala sobre os atletas de nado sincronizado, o que gerou nota de repúdio de várias entidades ligadas ao esporte e aos direitos da mulher.

Em ambos os casos, vejo que faltou uma condução melhor da CazeTV e de Casimiro. No caso da blogueira, não se pronunciaram de forma incisiva enquanto a mesma sofria hate nas redes sociais da comunidade de vôlei. No segundo, Casimiro saiu em defesa do amigo dizendo que ele foi mal interpretado. Vejo que não custava nada uma retratação de ambos.

Mas esta repercussão exagerada tanto dos acertos quanto dos erros, a meu ver, comprova uma coisa: a CazeTV não só chegou para ficar como nos força a um debate cada vez mais necessário: como vamos transmitir eventos esportivos para os mais jovens que cresceram 100% conectados com as redes sociais? A receita de bolo que funcionava cinco anos atrás já desandou.

Mauro Cruz

Senior TV Broadcasting Engineer / Sport Venue Technical Manager / Production Manager / CDT Manager.

5mo

DERAM UM SHOW!!! DERAM UM GRANDE “BIGODE” na GIGANTE!

Like
Reply

To view or add a comment, sign in

More articles by Renan Machado Prates

Explore topics