Como montar o pacote de benefícios ideal no pós-pandemia?
Passado o período mais adverso da pandemia da Covid-19, vemos que muitas mudanças vieram para ficar. Sem dúvida, a mais profunda delas é a expansão do home office. Atualmente, esse modelo de trabalho faz parte da rotina até de empresas que, em condições normais de temperatura e pressão, nem cogitariam aderir à ideia tão cedo. Para a área de RH, os novos tempos também sinalizam a necessidade de rever o pacote de benefícios corporativos.
Embora o processo não seja uma novidade, as configurações do combo de vantagens que as empresas oferecem se transformaram em elemento-chave para atrair e encantar talentos. Muitas vezes relegados a segundo plano, os benefícios empresariais já são parte essencial da estratégia das organizações para conquistar mais espaço e se consolidar no mercado.
Mas com tantas opções hoje em dia, como montar o pacote de benefícios ideal? Para isso, você precisa descobrir quais são os itens mais desejados pelos colaboradores da sua organização. Em seguida, é necessário adicionar um toque de criatividade e versatilidade para superar expectativas e receber elogios.
Quer uma ajuda com tudo isso? Confira, abaixo, alguns benefícios já favoritados por muitos profissionais!
Ampla cobertura de saúde
Nem sempre a inovação está ligada a algo totalmente novo e criado do absoluto zero. Na verdade, ela é mais comum no aperfeiçoamento do produto ou serviço já existente, tornando-o mais efetivo para quem usa e mais econômico para quem os oferece. Nessa relação, tanto colaboradores como empresas saem ganhando.
Tome como exemplo o plano de saúde da sua empresa. Assim como em outros lugares, é provável que ele continue como o principal benefício para a maioria dos profissionais. No pós-pandemia, a preferência por uma boa assistência médica supera a casa dos 90%. Ao mesmo tempo, boa parte deles admite que tem dificuldade para utilizar os serviços disponíveis.
Às vezes, isso acontece por conta da cobertura médica e odontológica, que deixa a desejar, ou à inexistência de uma rede de atendimento psicológico. Vale lembrar que a pandemia da Covid-19 redobrou a preocupação das pessoas com sua saúde mental. Diante das 32 milhões de pessoas diagnosticadas com a síndrome de burnout, convenhamos que não é para menos.
Além de proporcionar uma cobertura médica, odontológica e psicológica alinhada às necessidades dos profissionais e de seus dependentes, é preciso ir além. Afinal, isso é algo que quase todo mundo já faz. Então, como se diferenciar no meio da multidão?
O RH deve encontrar formas de classificar e monitorar a saúde dos usuários, a fim de prevenir complicações graves e diminuir os gastos com assistência médica. Enquanto o funcionário se sente melhor cuidado, a gestão de custos ganha fôlego. Para alcançar esses objetivos, certifique-se de:
- usar uma plataforma de gestão de benefícios integrada;
- contar uma equipe de suporte que preste atendimento humanizado.
Jornada de trabalho flexível
Aqui, temos algumas alternativas bem interessantes para que o RH repense sua flexibilidade. As lideranças, é claro, também participam ativamente desse tipo de definição. De qualquer modo, a possibilidade de trabalhar da maneira como gostariam tende a fazer com que as pessoas melhorem sua produtividade no trabalho.
Além do próprio home office, existem outras formas de colocar essa ideia em prática. Por sinal, observe que mais de 75% dos colaboradores já nem veem o trabalho remoto como benefício propriamente dito. Para esse público, trata-se de algo que deve ser disponibilizado segundo as características de suas funções no cargo. A questão, aqui, é só ter o cuidado de evitar a rotulação do home office como benefício.
Conforme o segmento da empresa, é possível estabelecer o trabalho assíncrono para alguns departamentos. Em certos casos, também é válido analisar a viabilidade de liberar os funcionários mais cedo às sextas-feiras. Em Nova York, as chamadas sextas de verão já eram notícia em 1988.
O fato de um benefício não ser aplicado para todas as pessoas colaboradoras não inviabiliza sua implementação. De acordo com cada caso, a empresa pode até conceder benefícios complementares, com o propósito de reconhecer a dedicação dos demais times.
Soluções de educação financeira
Outro benefício desejado pelos funcionários está relacionado à sua saúde financeira, tema que tira noites de sono de muita gente e interfere consideravelmente na concentração e desempenho. De acordo com um estudo com 20 mil profissionais, 53% afirmaram que o estresse financeiro afeta sua saúde mental.
Para as empresas, a preocupação é mais do que pertinente. Afinal, o desenvolvimento de transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade em excesso, comprometem a produtividade dos times. Por ano, essas doenças ocupacionais geram um prejuízo global próximo de US$ 1 trilhão.
Com o intuito de evitar que o colaborador inicie um efeito dominó sem saída, vale a pena entender que a linha que conecta o bem-estar financeiro com o bem-estar mental é mais tênue do que se imagina. A fim de tranquilizar os colaboradores, é interessante complementar o pacote de benefícios com um programa de educação financeira e o oferecimento de um suporte com especialistas em finanças.
De modo mais prático e imediato, é igualmente importante garantir que o funcionário possa antecipar parte de seu salário naqueles meses marcados por gastos totalmente imprevisíveis. Essa é uma solução simples e que sequer precisa de autorização do RH. O próprio colaborador efetua o procedimento em questão de minutos. Para atender a outras situações, providenciar o adiantamento do FGTS pode ajudar.
Ao reunir todas essas vantagens no seu pacote de benefícios corporativos, você garante que as pessoas da organização possam ser protagonistas do seu bem-estar físico e mental, ao mesmo tempo em que aprendem a equilibrar as contas. Por fim, só resta gerenciar tudo isso de maneira estratégica.
E já que você chegou até aqui, confira algumas dicas imperdíveis para realizar uma gestão estratégica de benefícios realmente eficaz!
Enfermeira Corporativa | Coordenação de cuidados de saúde | Desospitalização Segura | Gestão de recursos de saúde
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