O papel das empresas diante de catástrofe climáticas

O papel das empresas diante de catástrofe climáticas

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Com a intensificação de eventos climáticos extremos, como as queimadas que devastaram o Brasil recentemente, as empresas são cada vez mais chamadas a desempenhar um papel na resposta e no apoio a comunidades afetadas. Em tempos de crise, a agilidade e a assertividade na tomada de decisões podem determinar o impacto que uma marca terá, não apenas em sua reputação, mas também na vida de milhares de pessoas.

Diante de uma catástrofe, é importante agir com o objetivo de solucionar o problema ou diminuir seus impactos. O primeiro passo é dado muito antes de ela acontecer, com o mapeamento dos riscos aos quais as comunidades onde as companhias atuam estão expostas. Esse entendimento permite que as empresas façam uma avaliação rápida das necessidades emergenciais e direcionem recursos de forma assertiva, colaborando com organizações locais que já estão na linha de frente do auxílio.

Para apoiar as empresas nesse processo, sugerimos três passos fundamentais:

  1. Mapeamento de Riscos: como prática, mapeie os riscos e vulnerabilidades das áreas em que sua empresa atua. Isso permitirá uma ação rápida e coordenada caso uma crise ocorra.
  2. Planejamento de Ações de Mitigação: estruture um plano de ação que inclua desde o apoio emergencial até iniciativas de médio e longo prazo, focadas na sustentabilidade das medidas adotadas.
  3. Transparência e Autenticidade: mantenha um canal de comunicação aberto e transparente com as comunidades afetadas, garantindo que as ações sejam percebidas como genuínas e não como greenwashing.

Esse apoio deve ir além do momento de crise, e é fundamental monitorar de perto o impacto das iniciativas, ajustando a rota conforme necessário. A incorporação das lições aprendidas ao final de cada evento crítico também é fundamental para fortalecer as políticas e processos internos e contribuir para a construção de uma reputação sólida e duradoura.


O que o público espera?

A pesquisa da InPress Porter Novelli e Data-Makers sobre o papel das empresas em catástrofes climáticas, realizada anteriormente, já abordou expectativas do público em momentos de desastres, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul. O levantamento analisou o impacto reputacional e a percepção do público sobre a atuação corporativa, revelando que 95% dos entrevistados acreditam que as marcas devem apoiar as vítimas nesses momentos críticos.

A boa notícia é que as ações de ESG têm crescido nas empresas, como apontado no levantamento mais recente da Amcham. Segundo a pesquisa, houve um aumento expressivo na adoção de práticas ESG no Brasil, indicando um maior engajamento corporativo com questões ambientais e sociais, além do aumento de expectativas para ações concretas.


Boletim queimadas

Levantamento feito pelo time de Data Strategy do Grupo In Press sinaliza alta nas menções a desastres climáticos nas redes

As publicações na imprensa e redes sociais sobre as queimadas cresceram 60% em comparação a setembro de 2023.

Entre 01 de agosto e 30 de setembro de 2024, foram mais de 126,7 mil publicações originais e 348,7 mil menções totais, gerando mais de 13,8 milhões de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos) nas redes sociais, mostrando que os brasileiros continuam altamente preocupados com o avanço das queimadas.

O volume de menções se manteve consistente ao longo do período monitorado, com picos de discussões em datas específicas, relacionadas a eventos críticos como:

  • 24-25/08: São Paulo registrou o maior número de focos de incêndio desde 2010, com condições climáticas adversas. Mato Grosso, Amazonas e Pará também tiveram aumentos significativos.
  • 10-11/09: discussões sobre a qualidade do ar e poluição, especialmente em Porto Velho, São Paulo e Rio de Janeiro, focaram nos impactos das queimadas na saúde.
  • 23-24/09: a participação de Lula na Assembleia da ONU gerou frustração por não priorizar o tema dos incêndios. Um relatório da UE destacou o recorde de emissões de carbono no Brasil.

Palavras-Chave Relacionadas

Dentre as conversas, alguns temas que o público vem relacionando com as queimadas merecem atenção, como Saúde Pública, Energia e Produção Agrícola.

Crítica do Momento: setores mais afetados

O impacto das queimadas foi sentido de forma expressiva nos setores de Saúde, Alimentação e Energia:

_Alta nos preços dos alimentos: produtores de café em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo estão sofrendo com a produção e colheita reduzidas por secas extremas.

_Danos ao sistema de saúde: aumento de casos de doenças respiratórias em crianças e idosos devido à qualidade do ar deteriorada.

_Interrupções no abastecimento de energia: Goiás relatou incêndios próximos a instalações elétricas, impactando diretamente o fornecimento.



Um giro pelas principais notícias dos últimos dias

_Queimadas encarecem alimentos e elevam alerta no bolso do consumidor.

_Faltam planejamento e integração no combate às queimadas.

_Estiagem prolongada e queimadas elevam preços de alimentos.

_SDGs In Brazil: Confira destaques da última edição do Fórum realizado em NY pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, em programação paralela à Assembleia Geral da ONU.


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