O papel das empresas diante de catástrofe climáticas
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Com a intensificação de eventos climáticos extremos, como as queimadas que devastaram o Brasil recentemente, as empresas são cada vez mais chamadas a desempenhar um papel na resposta e no apoio a comunidades afetadas. Em tempos de crise, a agilidade e a assertividade na tomada de decisões podem determinar o impacto que uma marca terá, não apenas em sua reputação, mas também na vida de milhares de pessoas.
Diante de uma catástrofe, é importante agir com o objetivo de solucionar o problema ou diminuir seus impactos. O primeiro passo é dado muito antes de ela acontecer, com o mapeamento dos riscos aos quais as comunidades onde as companhias atuam estão expostas. Esse entendimento permite que as empresas façam uma avaliação rápida das necessidades emergenciais e direcionem recursos de forma assertiva, colaborando com organizações locais que já estão na linha de frente do auxílio.
Para apoiar as empresas nesse processo, sugerimos três passos fundamentais:
Esse apoio deve ir além do momento de crise, e é fundamental monitorar de perto o impacto das iniciativas, ajustando a rota conforme necessário. A incorporação das lições aprendidas ao final de cada evento crítico também é fundamental para fortalecer as políticas e processos internos e contribuir para a construção de uma reputação sólida e duradoura.
O que o público espera?
A pesquisa da InPress Porter Novelli e Data-Makers sobre o papel das empresas em catástrofes climáticas, realizada anteriormente, já abordou expectativas do público em momentos de desastres, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul. O levantamento analisou o impacto reputacional e a percepção do público sobre a atuação corporativa, revelando que 95% dos entrevistados acreditam que as marcas devem apoiar as vítimas nesses momentos críticos.
A boa notícia é que as ações de ESG têm crescido nas empresas, como apontado no levantamento mais recente da Amcham. Segundo a pesquisa, houve um aumento expressivo na adoção de práticas ESG no Brasil, indicando um maior engajamento corporativo com questões ambientais e sociais, além do aumento de expectativas para ações concretas.
Boletim queimadas
Levantamento feito pelo time de Data Strategy do Grupo In Press sinaliza alta nas menções a desastres climáticos nas redes
As publicações na imprensa e redes sociais sobre as queimadas cresceram 60% em comparação a setembro de 2023.
Entre 01 de agosto e 30 de setembro de 2024, foram mais de 126,7 mil publicações originais e 348,7 mil menções totais, gerando mais de 13,8 milhões de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos) nas redes sociais, mostrando que os brasileiros continuam altamente preocupados com o avanço das queimadas.
O volume de menções se manteve consistente ao longo do período monitorado, com picos de discussões em datas específicas, relacionadas a eventos críticos como:
Palavras-Chave Relacionadas
Dentre as conversas, alguns temas que o público vem relacionando com as queimadas merecem atenção, como Saúde Pública, Energia e Produção Agrícola.
Crítica do Momento: setores mais afetados
O impacto das queimadas foi sentido de forma expressiva nos setores de Saúde, Alimentação e Energia:
_Alta nos preços dos alimentos: produtores de café em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo estão sofrendo com a produção e colheita reduzidas por secas extremas.
_Danos ao sistema de saúde: aumento de casos de doenças respiratórias em crianças e idosos devido à qualidade do ar deteriorada.
_Interrupções no abastecimento de energia: Goiás relatou incêndios próximos a instalações elétricas, impactando diretamente o fornecimento.
_Queimadas encarecem alimentos e elevam alerta no bolso do consumidor.
_Faltam planejamento e integração no combate às queimadas.
_Estiagem prolongada e queimadas elevam preços de alimentos.
_SDGs In Brazil: Confira destaques da última edição do Fórum realizado em NY pelo Pacto Global da ONU – Rede Brasil, em programação paralela à Assembleia Geral da ONU.
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