“O que tem para hoje”: vias alternativas ganham o noticiário
O Informe IPO é a curadoria quinzenal do time Deals and Finance da InPress Porter Novelli, com as principais notícias e conversas do cenário econômico para IPOs e follow-ons.
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"É deserto/ Onde te encontrei..."
Após a frustração com o cancelamento de mais um IPO, repercutiu na imprensa outro levantamento sobre o mau desempenho das estreantes na B3 nos últimos anos.
Em meio ao “deserto” de IPOs – conforme coloca o InfoMoney –, a performance das ofertas iniciais nos últimos dez anos também deixa a desejar.
Segundo pesquisa da Seneca Evercore, apenas 9,5% das 84 ofertas primárias superam o Ibovespa no período.
“Os dois setores com mais aberturas de capital desde 2014 foram varejo (17) e tecnologia (14).” Entretanto, todas as ações acumulam queda desde a estreia, destaca o InfoMoney.
Segundo a Veja Negócios, isso justifica por esses setores, junto ao imobiliário, serem os “mais sensíveis aos juros mais altos”.
“Já os setores de commodities e materiais básicos, por exemplo, tiveram melhor desempenho no período”, pondera o Money Times.
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Se a seca dificulta a vida das empresas, também sofrem os gestores de private equity. Em entrevista à Capital Aberto, Renato Abissamra, sócio da Spectra Investments, fala sobre como o investidor não pode depender de um IPO como única opção para o desinvestimento.
“Na minha visão, se a tese de investimento está ancorada em IPO, ela tem uma fragilidade, porque vai ter momento que não vai ter IPO.”
Alternativas ao IPO
Enquanto o mercado de ações não ajuda, as alternativas a ele ganham tração.
> PMES
A BEE4 e cerca de 60 potenciais emissores interessados em conhecer o mercado de acesso se reuniram em evento fechado no escritório da XP Empresas, de acordo com a Capital Aberto.
“A iniciativa marca a continuação de uma série de eventos direcionados a PMEs que buscam alternativas para expandir seus negócios”, frisa a reportagem.
> Debêntures e FIDCs
O “ano difícil para emissões na bolsa” tem levado as empresas à renda fixa para captar recursos, segundo matéria do Seu Dinheiro com o Estadão Conteúdo.
As empresas no Brasil levantaram R$ 315 bilhões entre janeiro e setembro por meio de debêntures, mais que a soma captada em 2023 inteiro. Atrás vêm os FIDCs, com R$ 48,2 bilhões - eles lideram em número de operações, com 625 novos produtos criados.
Perspectivas para IPO
Sem esperanças para os próximos meses, as atenções já se voltam ao ano que vem. Para o diretor do Bradesco BBI, Felipe Thut, o Brasil irá se beneficiar do fluxo de investidores dos EUA para países emergentes, com o contraste das taxas de juros entre os países.
“Existe uma discussão, que é válida, sobre o quanto o Brasil vai se beneficiar desse fluxo, mas que vai acontecer é indiscutível”, disse Thut à Coluna do Broadcast.
Em entrevista ao Valor Econômico, o chefe do segmento corporativo e do banco de investimento do Itaú BBA, Cristiano Guimarães, projeta mais atividade de emissões a partir do segundo semestre do próximo ano, e que o primeiro IPO da Bolsa precisa ser “à prova de balas”, de grande porte e de uma empresa com resultados fortes.
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Também de olho no futuro, a B3 promoveu um dia de portas abertas para estudantes universitários e profissionais em início de carreira.
No B3 Career Summit, o Superintendente de Relações com Empresas Leonardo Resende apresentou o painel "Por trás de um IPO", contando o que é uma abertura de capital, empresas que fizeram IPO recentemente, o que muda numa companhia ao se tornar pública etc.
Regulação
Menos burocracia, mais agilidade e maior benefício ao acionista minoritário: essa é a avaliação de Marcela Zanetti, advogada do escritório Benício Advogados, sobre a nova regra da CVM para ofertas públicas de aquisição (OPA). O Valor Investe e a Capital Aberto analisaram o tema.
A confirmar ❓
Banco da Amazônia (IPO) - Pipeline
Planejadas 🗓️
Cantu (IPO) - Pipeline
Emccamp (IPO) - Reuters (via Money Times)
Canceladas ❌
Forma Turismo (IPO) - Veja Negócios
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