A meta é recuperar pelo menos 7 mil hectares, o equivalente a 9.800 campos de futebol, da Mata Atlântica no Brasil até 2030
Lausanne, Suíça (3 de maio de 2022): A Tetra Pak anuncia o lançamento da iniciativa pioneira de recuperação dos solos, o pograma "Conservador das Araucárias" no Brasil, marcando o primeiro projeto de recuperação baseado na natureza da indústria. A ambição é gerar benefícios ambientais, econômicos e sociais positivos para as comunidades locais e recuperar e proteger a biodiversidade na região.
Desenvolvida em colaboração com a Apremavi, uma ONG brasileira especializada em projetos de preservação e recuperação desde 1987, a iniciativa tem como objetivo recuperar pelo menos 7 mil hectares em um período de dez anos, o equivalente a 9.800 campos de futebol, da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos e o segundo mais ameaçado do mundo.
Originalmente, essa floresta tropical cobria 17 estados brasileiros, mas hoje apenas 12% da área original está preservada, colocando em risco milhares de espécies que não existem em outros lugares. O programa "Conservador das Araucárias" terá como alvo uma área de risco especial, a Floresta das Araucárias, que atualmente tem apenas 3% da área original preservada.
Como as árvores absorvem e armazenam dióxido de carbono à medida que crescem, a recuperação florestal também desempenha um papel fundamental no combate à mudança climática. Como as florestas atualmente são responsáveis pela absorção de 30% de todas as emissões de carbono no mundo, projetos de recuperação como o da Mata Atlântica podem ter um impacto significativo na redução dos níveis de dióxido de carbono na nossa atmosfera e, consequentemente, ajudar a reverter os efeitos da mudança climática.
Julian Fox, diretor de programas de natureza, Tetra Pak, comenta: "Essa iniciativa é nossa resposta ao desafio das Nações Unidas de fazer desta a década da recuperação do ecossistema. Estamos muito empolgados por sermos um parceiro líder de um projeto tão pioneiro, que conecta diversas partes interessadas e une a recuperação ambiental com a análise de captura de carbono para ajudar a mitigar a mudança climática e a recuperar a biodiversidade."
Além de um projeto piloto de recuperação de 80 hectares, o primeiro ano do projeto se concentrará no mapeamento de possíveis áreas de recuperação. Após a validação dessa fase inicial, o modelo será replicado em outras propriedades rurais ao longo de dez anos nos 7 mil hectares da Mata Atlântica, que conecta os estados de Santa Catarina e Paraná.
A Tetra Pak também certificará um território muito mais amplo com as normas voluntárias de carbono e biodiversidade internacionais. A certificação medirá o sequestro de carbono, o que significa que o projeto desempenhará um papel importante no compromisso da Tetra Pak de neutralidade de carbono, ou seja, zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa em suas operações até 2030. O objetivo é que esse território alcance 13,7 milhões de hectares, uma área do tamanho da Inglaterra, e encoraje outras organizações a participar da iniciativa.
Miriam Prochnow, conselheira e cofundadora da Apremavi, acrescenta: "Entre as metodologias propostas estão o plantio de mudas nativas, o enriquecimento ecológico de florestas secundárias e a regeneração natural. No longo prazo, as áreas recuperadas serão integradas a corredores ecológicos, contribuindo para reduzir a pressão sobre animais em perigo de extinção, como o papagaio-de-peito-roxo e o veado-campeiro. Essas ações são essenciais para a proteção da biodiversidade, a recuperação da qualidade do solo e a manutenção da disponibilidade de água na região."
O projeto também ajudará a oferecer benefícios sociais e econômicos para a área no médio/longo prazo, com centenas de agricultores e proprietários de terras recebendo apoio para garantir que as suas propriedades se beneficiem da legislação ambiental.
Também existem incentivos para incentivar os proprietários de terras a se tornarem aliados da preservação dessas áreas no longo prazo. Por exemplo, os agricultores terão a oportunidade de diversificar a renda por meio do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, o que significa que eles serão remunerados pelas terras que recuperarem, em relação a créditos de carbono, algo inédito no país.
A colaboração com os parceiros da Tetra Pak, que têm o conhecimento técnico necessário para realizar a iniciativa, foi fundamental para o alcance dessas ambições. Além da Apremavi, os parceiros estratégicos da iniciativa incluem a Conservation International e a The Nature Conservancy (TNC) Brasil. A Klabin, líder na produção de papéis para embalagens no Brasil e fornecedora da Tetra Pak, também participa da iniciativa.
Fox conclui: "Esse projeto multifacetado demonstra a complexidade de abordar o desafio climático e como é vital o trabalho conjunto das partes interessadas de toda a cadeia de valor. Temos orgulho de unir forças com especialistas do setor tornar realidade essa iniciativa baseada na natureza, a primeira do setor."
Lucia Freschi
Tetra Pak
E-mail: Lucia.freschi@tetrapak.com