NA PONTA DOS DEDOS: Rafael Lopes e Luciano Burti fazem a prévia do GP da Áustria
Após confirmar que Esteban Ocon não permanecerá na equipe em 2025, a Alpine antecipou a permanência de Pierre Gasly pelo menos até o fim de 2026, com um contrato plurianual. O francês disputa neste ano a sua segunda temporada com o time, tendo conquistado como primeiro pódio pela montadora francesa um terceiro lugar no GP da Holanda passado.
- Estou oficialmente aqui há mais de 18 meses e o plano sempre foi construir um projeto de longo prazo com a equipe. Embora na pista tenha sido uma temporada desafiadora até agora, continuo fiel ao projeto e não vou a lugar algum. Há muito potencial no pessoal e nos recursos desta equipe. Estou entusiasmado com o que está por vir e, no momento, estou me concentrando nos detalhes diários que estamos colocando em prática para melhorar nosso desempenho - declarou o piloto de 28 anos.
Formado pela Academia de Pilotos da RBR, Gasly está no grid da F1 de forma integral desde 2018, quando estreou pela STR (atual RB). Ele ocupou o lugar de Daniil Kvyat, piloto que substituiu por cinco corridas um ano antes após a demissão do russo.
No ano seguinte, o francês foi promovido para a RBR mas perdeu o assento no meio da temporada para Alexander Albon pelos resultados aquém do colega Max Verstappen.
De volta à STR, ele chegou em segundo lugar no GP do Brasil. Em 2020, quando a equipe se tornou AlphaTauri, Gasly conquistou no GP da Itália sua primeira vitória da carreira. O último pódio com o time ítalo-austríaco foi um terceiro lugar no GP do Azerbaijão em 2021.
O piloto foi contratado no fim de 2022 pela Alpine para substituir Fernando Alonso, que deixou o time em crise rumo à Aston Martin. Ele terminou o campeonato de pilotos em 11º lugar e agora ocupa a 15ª colocação, em meio ao momento de baixa do time francês.
Desde o fim do ano passado, a montadora teve que lidar com demissões em série, que voltaram a ser um problema no início deste ano; levou seis corridas para pontuar e deixar a lanterna do Mundial de construtores e ainda precisou gerenciar a relação entre seus dois pilotos, Ocon e Gasly, desafetos fora da pista e que bateram no GP de Mônaco deste ano.
Na tentativa de recuperação, a Alpine fez um movimento polêmico e contratou como consultor executivo o ex-chefe Flavio Briatore, um dos protagonistas do escândalo de manipulação do GP de Singapura de 2008 (Singapuragate) e que chegou a ser banido da F1 na ocasião.
Ainda não se sabe quem será o colega de Gasly na Alpine em 2025: entre os candidatos está Carlos Sainz, de saída da Ferrari para a chegada de Lewis Hamilton e os pilotos da Academia do time, Jack Doohan e Victor Martins - este, titular na Fórmula 2.
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