NA PONTA DOS DEDOS: Rafael Lopes e Luciano Burti fazem a prévia do GP da Áustria
Se a Mercedes parece enfim ter encontrado o caminho certo nesta temporada 2024 após dez corridas, a Ferrari segue o rumo oposto e tem sofrido há duas rodadas, chegando a sofrer um abandono duplo. Mas apesar da virada de jogo, Lewis Hamilton segue irredutível quanto à decisão de, em 2025, trocar a equipe alemã pela escuderia italiana, da qual aprova o trabalho desempenhado neste campeonato.
- Meu trabalho começará no próximo ano em outra equipe que, na minha opinião, está fazendo um ótimo trabalho. Acho que eles tiveram algumas corridas difíceis, mas não podemos esquecer que eles venceram em Mônaco. Não sei dizer o que há de errado com o carro deles e por que estão na posição em que estão hoje. Só que eles trouxeram uma atualização para cá e acho que estão progredindo, sem dúvida. Mas isso não me faz duvidar da minha decisão - opinou o veterano.
A Ferrari começou o ano em alta; conquistou dois pódios nas duas primeiras provas do ano e venceu com Carlos Sainz no GP da Austrália; ai, faturou outros cinco pódios e mais um triunfo - desta vez, de Charles Leclerc em Mônaco. Mas tudo mudou no Canadá.
No Circuito de Montreal, a escuderia italiana sofreu um abandono duplo: o motor de Leclerc quebrou e Sainz bateu com Alex Albon no fim da prova. O time não terminava uma corrida com seus dois carros fora da disputa desde o GP do Azerbaijão de 2022.
A prova ainda foi marcada por um erro de estratégia da escuderia com Leclerc: motivada pela previsão otimista do tempo, chuvoso durante todo o fim de semana, a italiana pôs pneus duros no carro do monegasco durante uma bandeira amarela.
Charles levou uma volta do líder Max Verstappen e retornou aos pneus intermediários, mas não saiu do último lugar.
Na Espanha, o time italiano voltou a pontuar, mas saiu com um quinto lugar, de Leclerc, como melhor resultado. Enquanto isso, a McLaren aproveitou a lacuna deixada pela escuderia italiana para crescer.
Além da vitória de Lando Norris em Miami, faturou ainda outros seis pódios, uma pole position, e pontuou mais que a Ferrari e até a líder RBR nas últimas cinco corridas. O britânico desbancou Leclerc da vice-liderança do campeonato de pilotos.
Nesta leva, a Mercedes também evoluiu. Conquistou o primeiro pódio da temporada com o terceiro lugar de George Russell no Canadá e, na semana passada, viu Hamilton repetir o resultado na Espanha. Os bons resultados sucedem momentos tensos para a equipe fora da pista, por conflitos na estratégia de Hamilton e até cobrança de fãs que virou caso de polícia.
- Eu amo a Mercedes. Estou com a Mercedes desde que tinha 13 anos e sempre serei um fã e defensor da Mercedes. E meu trabalho neste momento é me esforçar ao máximo com a equipe que tenho, com as pessoas da fábrica, para tentar avançar e melhorar o carro. Seja qual for a trajetória da equipe para o próximo ano, há coisas das quais espero ter participado e das quais me orgulho - reforçou o heptacampeão.
Veja também