Eleições EUA
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Por O Globo e New York Times — Washington

RESUMO

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GERADO EM: 24/06/2024 - 16:31

Papel de Trump na revogação do aborto nos EUA

Democratas destacam papel de Trump na revogação do direito ao aborto nos EUA, visando eleições. Biden e Harris alertam sobre ameaça à liberdade reprodutiva e criticam postura extrema do ex-presidente. A questão do aborto ganha destaque no debate presidencial.

Dois anos após a Suprema Corte americana derrubar Roe v. Wade — que garantia o direito federal ao aborto nos Estados Unidos —, desencadeando uma série de proibições ao procedimento em nível estadual e provocando uma reação política furiosa, os democratas estão usando a data para destacar o papel do ex-presidente Donald Trump na decisão. Por meio de publicidade, eventos de campanha e coletivas de imprensa, membros de todos os níveis do partido estão se espalhando pelo país, trabalhando para lembrar aos eleitores que foram os juízes nomeados pelo republicano que ajudaram a anular o direito constitucional à interrupção da gravidez em 2022, num tema que deve ser central no primeiro debate entre os dois candidatos à Casa Branca nesta quinta-feira.

"Donald Trump é a única pessoa responsável por este pesadelo," disse o presidente Joe Biden em uma declaração nesta segunda-feira, também lançando um vídeo para as redes sociais. "Minha mensagem aos americanos é esta: Kamala [Harris, vice-presidente] e eu estamos lutando como nunca para recuperar sua liberdade."

A campanha de Biden lançou um anúncio de televisão destacando a experiência de Kaitlyn Joshua, que disse no vídeo que, quando sofreu um aborto espontâneo no início da gravidez, foi recusada em dois prontos-socorros na Louisiana, no sudeste dos EUA, "uma consequência direta após Donald Trump ter derrubado Roe v. Wade."

O esforço de campanha ocorre durante uma acirrada corrida presidencial, enquanto Biden enfrenta fracas taxas de aprovação e a coalizão que impulsionou sua vitória em 2020 mostra sinais de desintegração.

Enquanto buscam revitalizar seus eleitores, os democratas estão adotando variações de argumentos que alimentaram outras vitórias nos últimos dois anos: que o Partido Republicano está cada vez mais extremista e interferindo, de forma extraordinária, em algumas das decisões de saúde pessoal mais importantes que os americanos podem tomar.

— Fundamentalmente, sobre esta questão, trata-se de liberdade— disse Harris em uma entrevista à MSNBC que está programada para ser exibida na íntegra nesta segunda-feira. — Toda pessoa, de qualquer gênero, deve entender que, se uma liberdade tão fundamental como o direito de tomar decisões sobre o próprio corpo pode ser retirada, fique ciente de quais outras liberdades podem estar em risco.

Harris também deve falar em College Park, Maryland, e em Phoenix, Arizona, para "lembrar aos eleitores que Donald Trump é responsável por derrubar Roe e o caos que se seguiu" e para "destacar a ameaça que uma segunda Presidência de Trump representaria para a liberdade reprodutiva em todo o país", segundo a campanha de Biden.

Seu marido, Doug Emhoff, está indo para Flint e Clawson, Michigan, com uma mensagem semelhante, e os principais aliados de Biden em todo o país estão aproveitando essa questão enquanto tentam moldar o contraste na eleição.

— Dois anos atrás, a maioria de extrema direita da Suprema Corte emitiu uma das decisões mais ultrajantes da história de nossa nação — disse Hakeem Jeffries, líder da minoria democrata na Câmara. — A decisão minou a liberdade reprodutiva para mulheres em toda a América como parte do plano extremo dos republicanos MAGA [sigla do slogan de Trump, "Make America great again", ou "Faça a América grande de novo"] de criminalizar os cuidados de saúde reprodutiva, proibir a contracepção e nos levar a uma proibição nacional do aborto.

Enquanto isso, do lado de fora da Suprema Corte, em Washington DC, centenas de ativistas pró-aborto se manifestaram nesta segunda-feira. Segundo a Reuters, vários grupos de defesa aos direitos das mulheres planejaram "greves" em diferentes cidades americanas, pedindo que não fossem trabalhar neste dia, vestissem vermelho e fossem protestar. Do outro lado, ativistas pró-vida também se reuniram em frente à sede da Justiça americana desde o fim de semana para celebrar a decisão de 2022.

'Orgulhosamente responsável'

Trump já declarou que se sente "orgulhosamente responsável" por derrubar Roe v. Wade — uma frase que os democratas fazem questão de destacar — e sugeriu que, se eleito, permitiria que os estados processassem mulheres que violassem as restrições ao aborto. Ele também afirmou que acredita que a política de aborto deve ser deixada para os estados, decepcionando alguns da direita.

"Alguns estados serão mais conservadores e outros mais liberais — disse Karoline Leavitt, porta-voz de Trump, em um comunicado, mas ele "apoia os direitos dos indivíduos de determinar suas leis".

Pauta em debate

Os democratas já usaram com sucesso mensagens sobre os direitos ao aborto em disputas cruciais durante as eleições de meio de mandato (que determinam a configuração do Congresso americano) de 2022, alguns meses após a decisão da Suprema Corte, e em várias eleições especiais desde então.

Porém, nesta eleição os americanos estão avaliando uma ampla gama de outras considerações, e pesquisas mostram que, em várias questões importantes — embora não na política de aborto — os eleitores dizem que Trump faria um trabalho melhor do que Biden.

— As pesquisas têm mostrado consistentemente que Biden e os democratas já têm uma vantagem sobre a questão do aborto, e ainda assim Trump continua a liderar nos estados decisivos — disse Robert Blizzard, um pesquisador republicano. — Eles certamente vão se apoiar na questão do aborto, mas a menos que os democratas encontrem uma maneira de minar o legado de Trump na economia, continuarão a ter dificuldades.

Os eleitores também estão avaliando as características pessoais de Biden, 81, o presidente americano mais velho da História dos EUA, e de Trump, 78, que é o primeiro presidente americano condenado por um crime. Muitos desses assuntos provavelmente serão discutidos no debate desta quinta-feira, o primeiro da campanha eleitoral geral. (Com New York Times.)

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