Policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) prenderam, na manhã desta segunda-feira, uma mulher, de 42 anos, acusada de torturar a própria filha. A menina de 11 anos tem transtorno do espectro autista e sofria violência em casa. A prisão aconteceu em Vassouras. Segundo a delegada Ana Carolina Medeiros, em depoimento, a mãe confessou o crime e disse ter agido num momento de "surto".
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— Ela foi presa temporariamente. As investigações vão prosseguir para conclusão do inquérito policial. Ela foi encaminhada à audiência de custódia e está à disposição da justiça — disse a delegada.
A delegada acrescentou que a mulher foi indiciada pelo crime de tortura, na modalidade conhecida como “tortura-castigo”. Também poderá responder por crimes de maus tratos por atos anteriores, pois ao que tudo indica, segundo a policial, a vítima e seu irmão sofriam uma rotina de violência.
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A menina e o irmão dela, de 9 anos, foram resgatados pelo Conselho Tutelar no último dia 8. Os dois menores foram encaminhados para um abrigo da prefeitura do Rio.
De acordo com a polícia, as investigações começaram quando os agentes tomaram conhecimento de um vídeo postado nas redes sociais. As imagens mostravam a mulher sufocando a menina com uma sacola plástica na cabeça.
Mãe tortura filha e grava a cena; mulher foi presa
Nas imagens, que teriam sido gravadas pela própria autora, também é possível ver a criança amarrada pelas mãos e pelos pés. Em certos momentos do vídeo, a mulher tapa a boca da menina por cima do saco plástico, enquanto grita frases como "só assim para o demônio sair" e "olha o demônio".
Um mandado de prisão temporária pelo crime de tortura foi decretado pela Justiça e os policiais seguiram em diligências para prender a acusada. Após um levantamento de informações e trabalho de inteligência, a equipe da DCAV localizou a mulher no município de Vassouras. Ela foi encaminhada para a delegacia e, segundo a polícia, confessou o crime.
O Tribunal de Justiça do Rio informou que os processos envolvendo violência doméstica e menores tramitam em segredo de justiça e, não informou se a mãe poderá perder a guarda dos filhos.
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