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GERADO EM: 27/06/2024 - 12:41

Delegado preso nega envolvimento com irmãos Brazão

Delegado preso no Caso Marielle escreve bilhete a ministro do STF negando envolvimento com irmãos Brazão e afirmando que Lessa mentiu em delação. Ele é acusado de proteger mandantes dos homicídios da vereadora e de seu motorista. Réus no STF, todos negam participação nos crimes.

Em duas ocasiões recentes, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa enviou bilhetes ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF, na tentativa de estabelecer uma comunicação com a corte. Rivaldo está preso por suspeita de ter atuado para proteger os mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Recentemente, o delegado aproveitou novamente o recebimento de um mandado de citação na Penitenciária Federal de Brasília, para enviar um recado ao ministro.

O novo bilhete escrito pelo delegado Rivaldo Barbosa ao ministro Alexandre de Moraes — Foto: Reprodução
O novo bilhete escrito pelo delegado Rivaldo Barbosa ao ministro Alexandre de Moraes — Foto: Reprodução

Dessa vez, o delegado escreveu no documento um bilhete em que afirma que o ex-policial militar Ronnie Lessa mentiu em sua delação premiada e nega conhecer o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

“Aos exmos ministros, eu nunca falei com esses outros denunciados. O inquérito 901/00266/19 possui provas técnicas da mentira do assassino da vereadora Marielle e do motorista Anderson. No STJ, há uma decisão de que eu não participei das investigações”, escreve Barbosa, se referindo a um incidente de deslocamento de competência.

Como O GLOBO mostrou, em maio, o delegado pediu em um bilhete também dirigido a Moraes para prestar depoimento à Polícia Federal. “Ao Exmo. Ministro, por misericórdia, solicito que V.Exa. faça os investigadores me ouvirem, pelo amor de Deus”, escreveu, na ocasião.

O bilhete escrito pelo delegado Rivaldo Barbosa ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) — Foto: Reprodução
O bilhete escrito pelo delegado Rivaldo Barbosa ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) — Foto: Reprodução

Na semana seguinte, o ministro determinou a oitiva. Aos investigadores, o delegado afirmou sofrer uma “perseguição” e apontou supostas fragilidades no inquérito. 

Barbosa, assim como os Brazão, está preso preventivamente desde 24 de março. Os três agora são réus no STF por homicídio consumado, homicídio tentado e organização criminosa. Todos foram delatados por Lessa, executor confesso de Marielle e Anderson, mas negam participação nos crimes. 

Disputa imobiliária

Em um acordo de delação premiada firmado com a PF e a Procuradoria-Geral da República, Lessa relatou que, no segundo trimestre de 2017, Chiquinho, então vereador do Rio, demonstrou "descontrolada reação" à atuação de Marielle para "apertada votação do projeto de Lei à Câmara número 174/2016". 

Com o projeto, ele e Domingos buscariam a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de interesse social, visando obter o título de propriedade para especulação imobiliária.

Nos depoimentos, Lessa ainda relatou que Barbosa foi uma peça-chave para que os homicídios fossem consumados a mando dos Brazão. Ao delegado, caberia garantir uma espécie de imunidade aos envolvidos, ou seja, de alguma forma o inquérito que se sucederia não poderia chegar nos responsáveis pela empreitada criminosa. 

Na denúncia apresentada, a PGR afirma que “a ordem para executar os homicídios foi dada por Domingos e Chiquinho” e que os dois defendiam os interesses de milícias “junto às instituições de Estado”. 

Lessa conta que crimes de primos dos irmãos Brazão aproximou grupo

Lessa conta que crimes de primos dos irmãos Brazão aproximou grupo

O documento aponta que os Brazão informaram sobre o plano de matar a parlamentar a Barbosa, que teria usado sua autoridade como chefe de Polícia Civil “para oferecer a garantia necessária aos autores intelectuais do crime de que todos permaneceriam impunes”. 

“Acrescente-se que Rivaldo ocupava, ao tempo do planejamento do crime, a função de diretor da Divisão de Homicídios, tendo sido empossado, no dia imediatamente anterior às execuções, como chefe de Polícia Civil. Por isso, o seu aval era parte indispensável do plano elaborado pelos irmãos Brazão. Ele detinha o controle dos meios necessários para garantir a impunidade do crime”, escreve o vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateubriand Filho, que assina a denúncia.

'Rivaldo é nosso', relata Lessa, reproduzindo suposto diálogo com Domingos Brazão

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