Mais uma grande empresa desacelerou a diversidade? Nos últimos dias nos deparamos com notícias, que com manchetes fortes diziam: "Empresa de varejo dá um passo atrás nos esforços de DE&I". Além dessa empresa outras de setores de tecnologia, indústria já haviam sido alvo de publicações similares, mas afinal o que está acontecendo? 1️⃣ Com o nome de #backlash de diversidade, todas essas notícias se referem aos Estados Unidos, que vive atualmente e historicamente uma realidade muito diferente do Brasil tanto no nível de maturidade do tema quanto com relação a demografia nacional. 2️⃣ Muitas dessas empresas (algumas delas clientes da PlurieBR) estão passando por um reposicionamento para reforçar a inclusão e o pertencimento, já que muitos esforços foram feitos para trazer a diversidade e agora está sendo hora de mudar o ponteiro da inclusão de fato. E com isso estão avançando com formações mais frequentes de liderança, programas de aliados, mensuração constante dos seus dados e transversalização da pauta. O que na prática está redirecionando alguns esforços, mas não necessariamente desacelerando. 3️⃣ No Brasil as pautas afirmativas precisam seguir, sejam as vagas nas empresas, patrocínios de eventos estratégicos de DE&I ou outras iniciativas porque estamos distantes de uma maturidade e reparação. Já que nossa realidade de diversidade é única, com maioria da população de pessoas negras 56%, sendo um dos países mais inseguros para a população LGBTQIA+, dentre outros vários fatores. Quem avançará de fato, são as empresas que entendem que diversidade é pauta estratégica e de negócio. Ah e não menos importante, vale termos cuidado com as matérias para não cairmos na cilada da generalização e desespero.
Só uma observação: EUA sempre está na lista entre o segundo ou o terceiro país que mais mata pessoas trans no mundo.
Continuo acreditando que DEI é uma pauta urgente, especialmente para o Brasil, dado o nosso contexto histórico e social. No entanto, nos bastidores, vejo profissionais exaustos de lutar contra a corrente e talentos diversos cada vez mais descrentes na real intenção das empresas em relação a essas iniciativas. Não basta contratar para preencher estatísticas ou como estratégia de tokenização. Precisamos de comprometimento genuíno com mudanças estruturais. Enquanto quem tem a caneta na mão não quiser a mudança de fato, DEI vai continuar ficando pra depois.😔
Fala-se muito em diversidade, e até a PlurieBR inclui (para alem de raça, cor, gênero...) os 50+, 60+ nesta definição, mas quando foi a última vez que alguém viu uma vaga afirmativa neste sentido (60+)? Inclusive nas descrições de políticas governamentais, 60+ que é rotulado de idoso, é alvo de (vimos nas recentes campanhas) "ter direito a um asilo, a receber remédios em casa...". Mas e quem, como eu (61) que nem pensa em se aposentar, tem muitos planos, muita experiência, muita saúde e etc.? Vale registrar que em 2030 (daqui 5 anos) o Brasil terá 25% de sua população composta por "idosos" e em 2040, 1/3.
Na empresa que eu trabalho a data do dia internacional da pessoa com deficiência nem existiu
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Diretora de Gente e Gestão na Emdia | Especialista em Cultura Organizacional, Comunicação e ESG | Reconhecida pelo Prêmio CMS Women in Credit 2024
1 mOlá, Laura. Precisamos avançar nas questões de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) nas organizações. De acordo com o IBGE, 55,5% da população brasileira se identifica como preta ou parda. No entanto, apenas 39,3% dos cargos gerenciais no Brasil são ocupados por mulheres. Além disso, nossa população está envelhecendo, e é fundamental proporcionar oportunidades ao público com 50 anos ou mais. Também devemos garantir voz ao público LGBTQIAPN+ e oferecer emprego às pessoas com deficiência. Sou grata por todo letramento realizado por vc e time PlurieBR ⚘️