Publicação de Rosana Leandro

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Professora de Português | Escritora | Palestrante

A mãe corporativa Às 5 horas, o relógio desperta. Uma virada rápida pra não acordar o filho que insistiu em ir para a cama dos pais no meio da noite. Um bocejo em frente ao espelho. Os cabelos ficam para depois. Tudo bem. São 5h10. "Acho que dá para fazer 30min de corrida." Corre, corre, corre, volta com o pão. (Ou, então, estuda um pouquinho, trabalha nas tarefas da casa. Isso pode variar.) Prepara o café, toma banho, prepara o lanche da escola, confere a mochila. "Bom dia, filho! Bom dia, amor! Hora de acordar." O "menino" se espreguiça e faz hora. "Vamos, filho! Não posso me atrasar." Segue a rotina de antes de sair de casa que parece durar o dia todo. Costumo dizer que uma mulher "vive duas vidas" antes de chegar ao trabalho. Depois de deixar o filho na escola, segue para a agenda do dia: os projetos, os problemas, as reuniões, as soluções. (Parece que eu descrevi as cenas da sua vida?) Disso, concluímos que uma mãe corporativa não existe. Uma mãe corporativa coexiste com todos os outros papéis que desempenha, muito bem, por sinal. Para desempenhar esses papéis, há um custo, alto e, para muitas empresas e pessoas, invisível. Nessa reflexão, contudo, não pretendo listar um conjunto de ações que as empresas devam realizar. Também a intenção não é ratificar a importância de uma rede de apoio para que uma mãe corporativa tenha paz para trabalhar. A bandeira da diversidade já está posta nas empresas. Agora precisamos de ações, justas, equânimes, concretas. Chega de distopia, minha gente! Eu quero mesmo é dizer alto e bom som para nós, mulheres, três pensamentos sobre os quais tenho refletido muito depois que me tornei uma mãe corporativa: 1. Não daremos conta de tudo, mesmo que queiramos. Precisamos aprender a ficar em paz com isso. "Dar conta" é uma ilusão. O mais importante é saber encontrar quais são as prioridades reais. 2. A liderança feminina é uma oportunidade incrível de desenvolvimento para uma empresa. A liderança de uma mulher-mãe escancara as portas das oportunidades! 3. Você pode ser substituída no seu trabalho. Isso é perfeitamente natural . Na vida da sua filha, do seu filho, você é única. Escrevi esse texto para reforçar que o Maio Furta-Cor é para lembrar a nós, mulheres, homens, chefes, pessoas, empresas, que saúde mental materna importa muito!

Ana Carolina Bretas

Consultora de Negócios dos Correios

7 m

Fantástica, como sempre! Feliz dia das mães.

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