Árbitro de vídeo: ter certeza do lance ou da ética do jogador?
Após o gol do jogador Jô do Corinthians, onde uma das câmeras mostra a bola batendo no braço antes de entrar no gol do adversário (Vasco), levantou-se novamente a questão sobre o uso de tecnologia com vídeo em lances duvidosos e decisivos em uma partida de futebol.
Mas afinal, a questão é:
Ter certeza do lance ou da ética do jogador ?
Na Maratona de 2012, o corredor queniano Abel Mutai que estava ganhando a prova diminuiu o ritmo acreditando que já havia cruzado a linha de chegada e o espanhol Ivan Fernandes Anaya que vinha em segundo, guiou o queniano empurrando-o até a vitória ao invés de aproveitar-se da situação.
Em entrevista, o repórter perguntou ao espanhol:
-Por que você fez isso?
-E ele respondeu: Isso o que?
Ele não entendeu a pergunta...para ele o que tinha acabado de fazer não havia passado outro pensamento a não ser de orientar o adversário que havia se enganado.
-Você deixou ele vencer! - disse o repórter novamente
-Não deixei ele vencer. Ele ia vencer!
-Mas ele estava distraído! - o repórter insiste
-E qual seria o mérito da minha vitória se eu vencesse desta forma? Qual seria a honra da minha vitória? Qual seria a dignidade do meu sucesso?
-E terminou dizendo: O que eu diria para minha mãe?
O que eu diria para minha mãe?
Em países onde a cultura é forte no sentimento de comunidade, de manter um bom convívio, de ter o que se tem por mérito e não por questões de ego, essa entrevista não faz sentido.
Na hora de escolher amigos, de escolher seus funcionários, de escolher colegas de trabalho para sua equipe, observe com atenção nos pequenos gestos, nas pequenas ações e a cada atitude se as vitórias chegaram por mérito ou com pelo famoso jeitinho.
Tudo que não puder contar como fez, então não faça (Immanuel Kant)
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1 aBaita texto e referência!