2024: Sem isso, não muda nada
Essa época do ano, todo mundo está fechando o planejamento para o ano de 2024, e eu separei aqui uma dor que atinge a todos: o engajamento de colaboradores e stakeholders.
Segundo uma pesquisa recente da GARTNER:
47% dos empregados não confiam na empresa em que trabalham.
Perguntinha básica:
Você engaja em alguma proposta que vem de alguém que você não confia?
Pois é...
Então, quando falamos de engajamento, estamos falando de confiança. E quando falamos de confiança, estamos falando de transparência.
Mas o que é ser transparente?
Uma das principais queixas dos líderes que chegam aqui na mentoria é: “Eu falo claramente, alguns agem e outros não.”
Sempre bom lembrar:
Apesar de falarmos a mesma língua, podemos ter modelos mentais diferentes. E o que é tão transparente para você pode soar meio vago para alguém que tem outro perfil. Pode ser alguém que precisa de mais contexto, e você está sendo muito direto, por exemplo.
A essa altura, você já percebeu que estamos falando de um ciclo: engajamento precisa de confiança, confiança precisa de transparência, transparência depende da comunicação sob medida.
Como calibrar?
Vai aqui minha primeira dica:
O seu RH provavelmente recrutou baseado em perfil comportamental. Fez uma avaliação e reconheceu no candidato qualidades que, de certa maneira, o definem. Esse levantamento também serve para guiar a sua comunicação e, consequentemente, engajar cada um pela forma como cada um adquire confiança.
Revisite esse teste e desenhe sua comunicação para contemplar cada tipo. Inclua elementos que atendam cada tipo.
Se você quer engajar sua equipe, olhe um a um e calibre o call to action por perfil.
Se você prepara a comunicação para os canais da empresa, também pense que as pessoas são diferentes e querem sentir que você está falando para cada uma delas, pelas suas particularidades, não só pelo que têm em comum.
O que acontece quando sinto que você fala para mim, de dentro do meu mundo?
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Confio. E engajo.
Então, molde a sua mensagem pelo mundo de quem quer engajar e não pelo seu. Entre e fale lá de dentro. Traga a pessoa do mundo dela para o seu, com os argumentos dela. Qual a razão dela adotar a ação que você está propondo? Razão dela. Não a sua.
A comunicação institucional tem armadilhas que funcionam contra o engajamento.
Uma delas é, exatamente, fazer com que o colaborador decodifique uma mensagem a partir de um referencial que não faz parte do dia a dia. Fico buscando uma referência minha, mas o cérebro não acha.
Estamos falando de neurociência, não de má vontade.
Esses gaps causam estranhamento.
E de novo:
Estranhamento compromete a confiança e a confiança o engajamento.
Finalmente e igualmente fundamental:
A transparência vem também da coerência.
E achar falhas de coerência é um viés instintivo – que, quando acionado, paralisa.
Mais uma vez, nada de engajamento...
Mais uma vez, a confiança esbarra na prática.
Nenhuma campanha, nenhuma mensagem, nenhuma ação genial sobrevive se não estão alinhadas com ações das lideranças.
Qualquer desalinhamento entre um e outro gera estranhamento e imediata falta de engajamento.
Como conseguir mais engajamento na sua comunicação em 2024?
Líder ou não, se quer influenciar alguém para que engaje em uma ação:
Além disso, como gestores, mais do que canais e campanhas, que novas rotinas podem gerar mais confiança?
Um bom começo é um bom bate-papo. A confiança nasce de um relacionamento equilibrado, com uma comunicação que respeite as diferentes necessidades e expressões.
Vamos falar mais disso por aqui!
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1 aKatia Menezes em tempo, belas ações devem ser sempre reconhecidas e compartilhadas Como anda o mundo do #peopleanalytics Data Driven e #analisededados nas organizações na sua opinião? Trabalhado com as temáticas e gostaria de ouvir os #RH