2024: um ano de reconexão e equilíbrio

2024: um ano de reconexão e equilíbrio

Se você me encontrar hoje, de férias, com a pele bronzeada e uma cor de saúde — como diria minha mãe — não imaginaria as batalhas que enfrentei ao longo deste ano.

Foram desafios pessoais como nunca antes vivi. Tanto que decidi começar a escrever um livro para apoiar mães que, como eu, precisam mais do que uma rede de apoio: precisam de pessoas movidas por um amor genuíno ao próximo, capazes de dedicação desinteressada. Minha gratidão a essas pessoas é infinita, e encontrei no conceito de pass it forward — corrente do bem — a inspiração para continuar um legado de amor e compaixão.

Mas essas histórias estarão no livro, ainda sem nome.

Voltando ao meu ano desafiador, vivi na pele o que sempre digo às mulheres que acompanho na mentoria: cuide primeiro de si mesma e seu entorno se transformará. É como as máscaras de oxigênio nos voos: vista a sua antes de ajudar outros. Sempre acreditei nisso, mas foi em 2024 que realmente coloquei essa teoria à prova.

Ao voltar meu olhar para minhas próprias necessidades e desejos, percebi o quanto estar presente comigo mesma foi transformador. Para uma mãe, é desafiador priorizar a si mesma. Estamos acostumadas a colocar os filhos em primeiro lugar, mas eles crescem e começam a fazer suas próprias escolhas. Nesse momento, precisamos nos reinventar — e isso pode ser doloroso.

Descobri que, a cada fase dos nossos filhos, também precisamos nos transformar como mães, o que exige um esforço quase sobre-humano. Se não nos conhecermos o suficiente para manter nossa saúde física, mental e emocional, corremos o risco de nos perder.

Sempre digo que a mulher que se torna mãe sai de si para entrar no papel de mãe — e muitas vezes se esquece de voltar. Por isso, é tão importante resgatar nossos próprios desejos e sonhos. Eles não apenas podem, mas devem existir.

Como começar? A mentoria é um caminho poderoso para esse reencontro. Se quiser saber mais, te convido para um café virtual.

Outra forma de começar é se abrir para novas experiências. Ganhei de uma amiga querida uma prancha de stand-up paddle. Nunca tinha experimentado antes e, para ser sincera, nem sabia se conseguiria ficar em pé. Mas me empolguei com a possibilidade e resolvi tentar.

Nos primeiros dias, pratiquei ajoelhada na prancha. É mais fácil para manter o equilíbrio, mas não menos cansativo. Remei por longos trechos, sentindo meu corpo trabalhar e minha mente se concentrar apenas no momento presente. Era desafiador, mas também libertador.

Ontem, decidi dar um passo a mais. Já perto da praia, onde as ondas começavam a se formar, fiquei em pé na prancha. O horizonte à minha frente me guiava, enquanto eu usava o remo para me equilibrar. A prancha balançava mais à medida que me aproximava da terra, e eu sentia cada movimento das ondas tentando me desestabilizar. Mas mantive o foco. Por longos três ou quatro minutos, permaneci ali, em pé, firme, concentrada apenas em mim mesma.

Minha grande lição foi clara: quanto mais perto estamos de alcançar algo significativo, maior a turbulência. Mas, ao estar presente no momento e confiar no processo, encontrei meu equilíbrio — na prancha e dentro de mim.

Ao terminar este ano difícil, levo comigo uma grande lição: voltar para mim mesma e buscar equilíbrio me tornou mais forte. E você, já pensou em como pode se reconectar consigo mesma?

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