3 principais causas de estresse no trabalho

3 principais causas de estresse no trabalho

Tanto no Brasil como em outros países, o estresse no trabalho alcançou um estágio preocupante com relação à saúde mental e emocional dos colaboradores, o que acarreta consequências ruins para as empresas e para a economia do planeta. O resultado pode ser conferido no levantamento mais recente do instituto Gallup.

No estudo, 60% das pessoas participantes relataram que estão desconectadas de suas atividades profissionais, 19% chegaram a afirmar que estão muito infelizes e cerca de 45% delas se sentem estressadas. 

Para as empresas, o problema diminui sua capacidade de atração e retenção de talentos, além de uma inevitável queda acentuada dos índices de engajamento e de produtividade. Consequentemente, a lucratividade também passa a ser um indicador com a seta apontada para baixo.

Em escala global, todo esse mau desempenho das organizações faz com que a economia perca quase US$ 8 trilhões por ano. Isso chama a atenção para a responsabilidade das lideranças das empresas, que precisam, urgentemente, implementar uma política de bem-estar que realmente funcione.

Antes de agir, entretanto, é fundamental identificar quais são, afinal, as causas do estresse no trabalho. Pensando nisso, selecionamos 3 principais fatores que contribuem para a formação de profissionais cada vez mais estressados e exaustos — física e mentalmente.

Fique por dentro do assunto a partir de agora!

1. Sobrecarga de tarefas ou de responsabilidades

Sem a menor margem de dúvida, o excesso de tarefas já é o suficiente para estressar muita gente no trabalho. Sem tempo hábil para concluir as atividades, a pessoa começa a acumular prazos. Com o tempo, é possível que ela acredite que é incapaz ou inapta para o cargo, o que pode desencadear impactos profundos em seu bem-estar mental e emocional.

Outro ponto de observação se refere ao acúmulo de responsabilidades. Incentivar as pessoas colaboradoras a desenvolver novas habilidades é crucial, inclusive, para o crescimento pessoal e profissional delas. Muitas vezes, há até o convite para remanejamentos internos, em virtude do desejo e do desempenho surpreendente do colaborador na realização de tarefas de outra área da empresa. Em outros casos, existe uma demanda interna a ser suprida temporariamente.

Em qualquer uma das circunstâncias, entretanto, é preciso tomar cuidado para que esse processo seja combinado entre as partes envolvidas. Caso contrário, surge o risco de se criar apenas um acúmulo de funções. O fato de um profissional ter diversas habilidades, por exemplo, não significa, necessariamente, que ele deva assumir atribuições ligadas a outros cargos o tempo todo.

Sob a ótica do já mencionado ambiente colaborativo, é fundamental que todo mundo esteja disposto a ajudar. Vez ou outra, é essencial efetuar ações fora do escopo inicial. Essa flexibilidade é salutar e muito bem-vinda — desde que haja uma contrapartida dos demais membros da equipe e, é claro, da própria gestão.

2. Infraestrutura deficitária

Os times podem ter alguns dos melhores profissionais do mercado em suas áreas de atuação. Isso ainda não é o bastante para que o planejamento flua como o imaginado e desenhado. As pessoas precisam ter uma infraestrutura minimamente razoável à disposição.

No começo, talvez falte um item ou outro e seja necessário encontrar soluções com base na criatividade, energia e versatilidade para contornar obstáculos. Contudo, o ideal é que essa situação não perdure por muito tempo ou não seja tão recorrente. Isso porque a falta de certas ferramentas ou o excesso de improvisos costuma comprometer a qualidade do resultado final em algum momento.

No chão de fábrica ou em um escritório, outros elementos de infraestrutura precária associados ao estresse no trabalho são:

  • ausência de ventilação adequada;
  • falta de uma copa com bebedouro e máquina de café, tão importante nos momentos de pausa;
  • iluminação ruim;
  • higienização insuficiente ou irregular.

Como você deve imaginar, existem os cuidados básicos e aquelas necessidades específicas, as quais variam de acordo com as características e atribuições de cada departamento, time, cargo etc.

Em resumo, existe um conjunto de condições ideais para que os times ofereçam a produtividade no trabalho desejada. Cabe à gestão de cada área e às lideranças, como um todo, verificar quais são os ajustes necessários. 

3. Ambiente de trabalho tóxico e competitivo

Não, o ambiente corporativo não é uma reprodução daquela faceta implacável das Olimpíadas, na qual o chamado espírito olímpico é desfocado pelo desejo de vitória a qualquer custo. Bom, ao menos, não deveria ser.

Afinal, sabemos bem aonde toda essa competição descontrolada nos leva: enquanto alguns talentos valiosos ficam pelo caminho e aumentam a taxa de turnover, outros atingem o esgotamento físico e mental no trabalho, ou seja, a síndrome de burnout.

De modo geral, as empresas que ressaltam a competição, em detrimento da colaboração, tendem a alimentar um ambiente de trabalho hostil, com baixa empatia e alta do distanciamento entre as pessoas de cada time. Em contrapartida, ambientes de trabalho colaborativos aproximam, engajam e melhoram o employee experience proporcionado pela marca empregadora.

Em um espaço mais leve e agradável, nada surpreende que o desempenho individual e coletivo da organização supere marcas de maneira gradual e espontânea. Por sinal, esse é um dos segredos por trás de times de alta performance, e não uma suposta correria em busca de um crescimento completamente fora da realidade, constantemente acompanhado de jornadas de trabalho sem fim.

Conforme o diagnóstico, a área de Recursos Humanos pode tomar diferentes medidas efetivas voltadas à redução do nível de estresse no trabalho. Encarar o problema com a seriedade que ele exige é determinante para promover a felicidade corporativa e distanciar as pessoas do risco de sofrer um burnout.

O crescimento contínuo e de longo prazo de um negócio está intimamente ligado à participação de gente dedicada, mas, sobretudo, saudável. Para isso, antes de mais nada, você precisa melhorar a qualidade do ambiente organizacional.

Nesse sentido, descubra como o seu RH pode criar um ambiente de trabalho saudável!

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Imagem de capa: Image by master1305 on Freepik

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