Agências e creators: o que será que nos espera no final do arco-íris?

Agências e creators: o que será que nos espera no final do arco-íris?

Pela lenda irlandesa, os leprechauns, ou duendes, são os guias do caminho à fortuna no final do arco-íris. O detalhe mórbido nessa história é que os duendes são aprisionados e só assim levam os esperançosos até o tesouro, só que no final a gente já sabe: na vida real não tem pote de ouro e nem sempre tem arco-íris.

Começamos com uma alegoria que ilustra algumas expectativas da relação entre creators e agências. Do nosso lado, recebemos muitas abordagens de excelentes profissionais que buscam uma oportunidade para navegar um mercado que ainda é pautado por uma série de intermediários. E nem sempre conseguimos responder a todos. As motivações são muitas, que vão desde o desejo de contato com marcas, acesso a figuras importantes do mercado e, claro, sucesso financeiro.

A gente sabe que é frustrante ver um mercado que sintetiza a Creator Economy por "quem está dentro" e "quem está fora", só que essa não é uma verdade absoluta e tampouco uma engrenagem milagrosa. O ecossistema deveria (em tese) oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional para quem está a fim de fazer dar certo. 

A primeira coisa a se fazer é dar nome às coisas, porque nem tudo é sobre marketing de influência. Na verdade, o marketing de influência está sob esse guarda-chuva cheio de oportunidades que é a Creator Economy. É importante cuidar para não criar uma atmosfera maniqueísta, do bom e do mau. Sim, as relações de trabalho em um mercado ainda em pavimentação é um tremendo desafio, especialmente quando insistem na figura mítica do empresário, que é cheia de estigmas. É desgastante e muitos já estão jogando a toalha. 

Nos Estados Unidos vemos um movimento de retorno aos "trabalhos tradicionais" depois de tentativas - frustradas ou bem sucedidas - de atuar na Creator Economy, mas aqui no Brasil ainda estamos em fase de rampagem. É sobre encontrar parceiros de negócio comprometidos com a sua visão criativa, propósitos e, principalmente, seus valores, esses são inegociáveis.

Ao invés de mergulhar no mar de comparação, trazemos uma valiosa recomendação: se organizem, creators. Agenciados ou não, a Creator Economy deve evoluir para receber todos os níveis de profissionais, porque representantes comerciais não são a salvação da sua genialidade e do seu negócio. Aliás, são tantos fatores que fazem alguém ser assinado por uma agência: desempenho, potencial e, sim, oportunidade. Cada agência vai ditar o que enxerga como oportunidade para assinar com um creator e não há uma regra magna.

As agências são a ponte para talvez fazer você chegar ao outro lado com mais agilidade, mas entenda que dar a mão não é operar milagres. É importante saber aonde chegar e como fazer isso acontecer. "Já que a gente tem que fazer tudo, para que a agência, então?", você pode perguntar.  Do nosso lado, temos uma responsabilidade imensa de pavimentar as bases e colaborar na definição das boas práticas do mercado digital. 

As marcas querem o bem mais valioso que você tem, que são as comunidades, cuidem disso e busque por parcerias aliadas. A gente sabe que nem tudo o que reluz é ouro, mas esperamos que você encontre um espelho no final do arco-íris! Você verá o maior tesouro.

Joel Antunes

Content | Social Media | Branding | Influencer marketing | Creator Economy | Communities | People management

1 a

Excelente artigo.

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