AGEÍSMO - GERONTOPHOBIA  Comportamento tácito nas corporações?

AGEÍSMO - GERONTOPHOBIA Comportamento tácito nas corporações?

Na contemporaneidade supervaloriza-se e privilegia-se a juventude, assim, começa-se a questionar “o que vai sobrar” para os seniores/másters.

De acordo com os dados publicados pelo Centro Internacional de Longevidade do Brasil, a cada segundo, duas pessoas no mundo celebram 60 anos de vida. A ampliação do período de vida é um fenômeno sem precedentes - é a Revolução da Longevidade. Estimativas demográficas apontam que o ano de 2050 será um divisor de águas demográfico, quando 21% da população mundial estará acima dos 60 anos, contra 8% em 1950 e 12% em 2013, ou seja, projeta-se que mais de dois bilhões de pessoas estarão acima de 60 anos.

Mas, especialmente na sociedade ocidental, tememos a dependência, a invisibilidade e a morte. A repulsa ao idoso é um silo desses medos. E até que isso nos afete pessoalmente, nós a ignoramos.

Se não bastassem as palavras que se traduzem como sinônimas de IDOSO (antigo, antiquado, arcaico, bolorento, borocoxô, broco, caduco, carcomido, decrépito, gagá, matusalêmico ...), a estereotipagem negativa dos idosos é reforçada na mídia, e isso informa e reflete as atitudes da sociedade. TV, filmes e livros que retratam idosos frágeis, mal-humorados e avessos à tecnologia, também podem ser a causa dessa fobia.

Os idosos são marginalizados na sociedade?

Estamos sendo “etiquetados” pela sociedade com um código de barras, e com data de validade impressa. Esta não é a data em que morremos, mas um momento em que nossas habilidades e conhecimentos não são mais considerados válidos ou úteis. Dessa forma, nosso valor é determinado por nossas contribuições econômicas para a sociedade. Mas para muitos idosos, isso é difícil de demonstrar porque, a maioria deles, não está inserida no mercado de trabalho.

As evidências são claras de que os idosos são rotineiramente negados ao trabalho: “Agradecemos seu interesse na vaga de ...”. “... Infelizmente, não daremos prosseguimento à sua candidatura, mas agradecemos o tempo dispensado e o interesse na ...”.

Dados pesquisados no Australian Bureau of Statistics revelam que na Austrália, muitos australianos gostariam de se aposentar mais tarde, se pudessem. Dessa forma urge a necessidade de atacarmos a discriminação que força as pessoas a sair do trabalho anos antes de quererem sair.

O impacto econômico da rejeição social do envelhecimento é significativo. É importante que os seniores/másters não sejam alijados em seu papel social quando a melhor idade chega. E não basta ficar chocado com esta constatação, devemos tornar mais visíveis as pessoas idosas, destacarmos suas contribuições à sociedade e/ou corporações e, acima de tudo, fazê-las sentirem-se produtivas, pois isto inspirará VIDA. 

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