A armadilha da comparação
Jéssica Limberger
Professora Universitária UPF. Psicóloga Clínica e Supervisora. Mestra e Doutora em Psicologia Clínica. Especialista em Terapia Cognitivo - Comportamental.
Em algum momento da vida, talvez você já tenha caído na armadilha da comparação, pensando que as outras pessoas são melhores que você ou que as outras pessoas têm mais facilidade em alcançar os seus objetivos. Quantas vezes nos comparamos a outras pessoas e acabamos frustrados depois?
Quando observamos que uma pessoa alcançou seu objetivo, estamos vendo apenas o resultado final. Muitas vezes esquecemo-nos de perceber o caminho que a pessoa trilhou para chegar até lá, quais foram as suas dificuldades e o que teve de abrir mão para alcançar o que almejou.
Quando nos comparamos e ficamos pensando que para as outras pessoas tudo é mais fácil, acabamos nos colocando em uma posição que nos impede de agir. Além disso, podemos estar fazendo uma comparação injusta, ou seja, nos comparamos com alguém que já tem uma caminhada maior que a nossa e queremos ter os mesmos resultados. Mas será que realmente é possível nos compararmos com alguém, se cada pessoa é única e tem a sua história de vida?
Em outros momentos, atribuímos as conquistas das outras pessoas como se elas simplesmente tivessem "sorte". Esse pensamento é uma armadilha por duas razões: 1º pois não reconhecemos o esforço da outra pessoa e 2º pois ficamos sem ação, acabamos nos conformando que os outros são sortudos e nós não.
Se estivermos constantemente nos comparando com as pessoas, talvez seja mais produtivo substituir a comparação pela inspiração. Ao invés de nos compararmos, podemos identificar nas pessoas modelos a serem seguidos, fontes de inspiração. Assim, percebemos que podemos aprender com as pessoas que estão ao nosso redor, tornando a nossa vida mais rica e significativa.
Se for para nos compararmos, que seja com nós mesmos, com a nossa história. É sempre válido analisar os sonhos que já alcançamos, as experiências que tivemos, o quanto evoluímos e o quanto buscamos ser melhores, não em comparação aos outros, mas em comparação à nós mesmos.
Psicóloga Jéssica Limberger
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