A atuação de conselhos consultivos nas organizações

Conselhos consultivos são diferentes de conselhos de administração, enquanto um busca trazer uma visão externa, melhores práticas e a identificação de oportunidades de mercado, o outro tem foco maior nos aspectos deliberativos e em garantir a governança do modelo de gestão definido pela organização.

O conselho consultivo não delibera. Os sócios ou executivos não precisam aceitar suas sugestões e tão pouco têm obrigações quanto à prestação de contas a estes conselhos. Temas voltados à fiscalização das práticas financeiras e de gestão cabem ao conselho fiscal.

Entretanto existem várias vantagens com a constituição de um conselho consultivo. A característica de independência deste conselho para aconselhamento em momentos críticos pode garantir à empresa a agilidade necessária para respostas estratégicas sem que interesses específicos de algumas áreas da empresa sejam privilegiados frente ao todo.

Considerando a experiência prévia dos conselheiros escolhidos, esse olhar externo poderá recomendar ajustes na estrutura organizacional e nas operações. Sua posição isenta frente aos interesses internos da organização possibilita que em um processo de ajuste e redução de custos operacionais, suas sugestões não privilegiem áreas de preferência da gestão atual, garantindo que a qualidade da operação não seja mais impactada que o necessário.

Existem algumas regras básicas que o conselheiro consultivo pode seguir tendo como base algumas boas práticas comuns no mercado:

1.      Entender o regimento interno do conselho;

2.      Participar das reuniões;

3.      Fazer uma análise prévia do material a ser apresentado na reunião;

4.      Manter uma comunicação direta com os stakeholders;

5.      Fazer um follow up dos pontos discutidos;

6.      Apoiar as iniciativas dos comitês e grupos de trabalho.

Uma vez no papel de conselheiro de uma organização, este profissional deve lealdade a esta empresa, documentos como os atos estatutários e código de ética devem ser seguidos e suas decisões devem considerar não somente a visão, missão e valores da organização como também sua história.

Por fim, o conselho consultivo deve prezar pelo equilíbrio de poder onde conflitos positivos e discordâncias devem ser estimuladas de forma a garantir que não sejam tomadas decisões precipitadas que podem colocar em risco a perenidade da organização.

Odivany Pimentel Sales

Artigo publicado tendo como base a disciplina de Papéis e Responsabilidades dos Órgãos Colegiados para o curso PFCC

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