No BBB e nos negócios, o Brasil está vendo!
Nesta última semana estive em busca de inspirações para um novo artigo e confesso que foi complicado fugir da trending topic do momento: a estreia do reality show Big Brother Brasil. Até tentei ficar de fora da conversa, mas como sempre gosto de trazer temas que estão em alta, dei asas à minha imaginação e comecei a procurar um paralelo entre o programa mais comentado da TV aberta e o ecossistema das startups no qual atuo. E, acreditem ou não, encontrei muitas nuances similares que valem ser compartilhadas com vocês.
Caso você esteja totalmente desconectado desta realidade e não tenha ideia do que estou me referindo - o que me parece pouco provável, já que há alguns anos o BBB transcende seu tempo de exibição na TV e toma conta das redes sociais e até de pautas na imprensa -, o programa, que está em sua vigésima segunda edição, reúne anônimos e celebridades em uma casa, vigiados por câmeras em tempo integral, competindo por um milhão e meio de reais. Mas, o que há de tão parecido entre um participante do BBB e uma startup, afinal?
Antes mesmo da estreia existem expectativas altíssimas sobre o que vai acontecer, uma antecipação latente, e te garanto que esse é um sentimento que permeia os dois mundos. Ao entrar na nave BBB, o medo do desconhecido dá lugar à vontade de vencer e, no caminho, serão inúmeras provas de resistência e dinâmicas desafiadoras com o propósito de sobreviver na casa e até sair de lá como o grande vencedor. Enxergam a semelhança?
Talvez o maior dos desafios, em ambos os casos, seja a exposição sem filtro aos olhos de quem tem o poder de te levar até a final ou te eliminar no paredão. Afinal, o Brasil tá vendo! Para uma startup, a decisão final também está sempre na mão do consumidor, porque é ele que observa, analisa, vive a experiência e fecha a questão: a empresa, seus produtos e serviços seguem no jogo ou voltam pra casa? No icônico reality show, assim como em um aplicativo, como é o caso do Chama, a gente deve aprender com os erros e mudar rotas sempre que isso se fizer necessário. Durante o caminho de uma startup, surgem elogios e críticas a partir de experiências, e é daí que nascem insights e alterações na operação do negócio, gerando mudanças que aproximem, criem laços fortes e duradouros com o público.
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Outra característica interessante do BBB é a divisão de participantes em grupos que ficam no “vip” ou na “xepa”. Essa divisão define quem terá acesso a mais e melhores comidas (caso do primeiro grupo), e quem terá uma alimentação mais restrita - esse grupo deve se unir e usar muita imaginação para otimizar os alimentos e ninguém passar fome. Outro ponto de convergência com uma empresa: também nos deparamos com épocas de vacas magras e vacas gordas, temos que administrar o orçamento, esticar a corda ao máximo para que nada, absolutamente nada, afete a experiência positiva do cliente e os projetos sigam seu curso sem grandes intercorrências. Dentro do programa - e em uma startup -, tudo pode acontecer… joga y joga.
Prosperar no universo das startups não é fácil e talvez por isso um dos termos mais populares para se avaliar este sucesso seja “unicórnio”, definição para empresas avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares. É verdade também que apenas um dos finalistas ganhará o prêmio de um milhão e meio, mas entrar no Big Brother Brasil (que pode ser considerado quase tão difícil quanto encontrar a tal criatura mitológica), assim como estar a frente de uma startup, representa um mar de oportunidades. Você pode não chegar lá, mas viver essa experiência irá te preparar para muitos desafios e uma coisa é certa: seja no mundo empresarial ou dentro do programa, aqueles que decidem encarar um personagem não se sustentam. É preciso ser resiliente aos “paredões” que virão pela frente, fiel ao seu propósito e a sua essência. Do contrário, propagandas enganosas não tem futuro quando estão à mercê do consumidor.
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2 aBoa, no mundo dos negócios não tem nada mais assistido, comentado e trendtopic do que as startups, bela comparação! No BBB tem outra lição importante pros negócios… Pra mim os personagens da casa são retrato um retrato dos diferentes perfis de consumidor que temos e teremos para as marcas e para os negócios. O casting da Globo já fez parte do trabalho de marketing. O programa e sua repercussão nas redes sociais são um aulão pra entender o mercado, não acha?