Bitcoin rumo aos US$ 100 mil. O que isso significa para o futuro das criptos?

Bitcoin rumo aos US$ 100 mil. O que isso significa para o futuro das criptos?

Olá. Tudo bem? 

O Bitcoin está na contagem regressiva para atingir a histórica marca de US$ 100 mil.  

No momento em que escrevo, a mais famosa das criptomoedas é negociada a US$ 96,3 mil, sofrendo uma correção natural nos últimos dias, mas ainda acumulando uma impressionante valorização de 117% desde o início do ano – isso depois de já ter disparado mais de 150% em 2023. 


Fonte: Google Finance

Em linhas gerais, o otimismo do mercado tem sido sustentado pelo apoio declarado do presidente americano recém-eleito, Donald Trump, à indústria das criptos.  

Desde sua vitória nas eleições em 5 de novembro, o setor cresceu cerca de US$ 900 bilhões, com expectativas de que os EUA possam adotar regulamentações mais favoráveis, em vez de medidas repressivas. 

Ao que tudo indica, as declarações favoráveis de Trump ao longo de sua campanha devem se traduzir em iniciativas concretas durante seu novo governo. 

Um exemplo é que, poucos dias após a confirmação da vitória, a equipe de transição já iniciou discussões sobre a criação de um cargo na Casa Branca exclusivamente dedicado à política de ativos digitais. 

Essa nova posição, se concretizada, será a primeira do tipo nos EUA e terá acesso direto ao presidente eleito, que, atualmente, é um dos maiores defensores das criptomoedas. A medida traz uma nova esperança para o setor, que ainda tem enfrentado desafios regulatórios. 

Portanto, a grande questão agora não é mais "se", mas "quando" o Bitcoin atingirá os US$ 100 mil.  

Para os defensores da criptomoeda como uma reserva de valor moderna, esse número representa um marco simbólico, um contraponto aos céticos que ainda questionam a utilidade das criptos e suas associações com atividades ilícitas. 

Não à toa, a demanda por BTC está bastante aquecida, a ponto de a MicroStrategy, maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo, ter anunciado um aumento de quase 50% na emissão de notas conversíveis, com o objetivo de levantar US$ 2,6 bilhões para adquirir ainda mais BTC. 

A empresa, que começou como uma fabricante de software, agora se posiciona como uma tesouraria de Bitcoin, com cerca de US$ 31 bilhões em reservas da criptomoeda. 

Além disso, uma dúzia de ETFs dos EUA focados em Bitcoin viu um fluxo líquido de US$ 5,8 bilhões desde o dia da eleição, atingindo a marca inédita de US$ 100 bilhões em ativos. 

Como se sabe, Trump prometeu criar um ambiente regulatório mais amigável para as criptomoedas nos EUA, além de estabelecer uma reserva estratégica de Bitcoin para o governo. 

Contudo, o cronograma de implementação dessas promessas ainda permanece incerto, e a viabilidade de uma reserva de BTC continua sendo uma incógnita. 

Antes cético em relação às criptomoedas, Trump mudou de postura após um grande apoio de empresas do setor durante sua campanha eleitoral. Além disso, ele próprio tem projetos relacionados a ativos digitais, o que tem alimentado a expectativa positiva no mercado. 

O otimismo atual é tanto que tem ofuscado as memórias do colapso de 2022, quando fraudes e práticas arriscadas expuseram vulnerabilidades do setor e levaram à falência de plataformas gigantescas, como a FTX. 

Na época, a crise resultou em ações punitivas da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), medidas que o mercado espera ver diminuídas sob a administração de Trump. 

Fato é que, à medida que o Bitcoin se aproxima da barreira psicológica dos US$ 100 mil, o cenário político dos EUA e a postura de Trump em relação às criptos prometem moldar o futuro do mercado de criptoativos. 

Vale lembrar que, já há algum tempo, o BTC tem sido visto pelos grandes gestores como uma opção legítima para diversificar portfólios compostos por ativos mais tradicionais, como as ações. 

Principalmente porque o Bitcoin tem ficado cada vez menos sensível aos dados macroeconômicos e resultados das empresas no mundo tradicional. 

Essa descorrelação, inclusive, talvez seja a principal característica das criptomoedas, uma vez que conseguem se blindar de oscilações provocadas por fatores que, normalmente, atingem em cheio os mercados. 

No caso brasileiro, diante de um cenário econômico e político repleto de incertezas, essa característica também precisa ser levada em conta, de modo que a decisão de alocar parte do seu patrimônio em BTC e outras criptos pode ser altamente estratégica.  

Não estou aqui querendo dizer que as criptomoedas estão completamente imunes a questões adversas em setores mais convencionais da economia. Em crises mais amplas, que motivam a busca por segurança, os ativos digitais geralmente acabam sofrendo como qualquer outra aplicação de risco. 

Meu objetivo hoje aqui é deixar clara a função do Bitcoin e de outras criptomoedas em um portfólio, explicando por que você deve separar uma fatia dos seus investimentos para eles. 

E é justamente pelo fato de não estar correlacionado aos mercados tradicionais que o BTC pode cumprir uma importante função de mitigar o risco de sua carteira ao mesmo tempo em que pode potencializar o retorno da mesma. 

Por outro lado, é importante ter em mente que mitigar o risco, neste caso, é bem diferente de oferecer proteção. Afinal, estamos falando de uma modalidade de renda variável que apresenta altos níveis de volatilidade. 

Diante dessa dualidade, é recomendável que as criptos não representem uma parcela muito grande do montante total que você tem investido. Mas elas precisam estar na sua carteira! 

Algo em torno de 5% dentro de uma cesta diversificada de ativos já é suficiente para cumprir a importante função descrita acima, mas esse percentual obviamente vai depender de seu perfil de investidor e, principalmente, do seu apetite por risco. 

Independente disso, lembre-se que ativos que apresentem baixa correlação entre si são importantes quando se está buscando uma otimização da carteira por meio da diversificação. 

Colocando em termos práticos, significa que o Bitcoin e outras criptomoedas podem ser vistos como opção bastante estratégica na composição de um portfólio diversificado, uma vez que os elementos que afetam os mercados tradicionais têm impacto menor nos preços destes ativos. 

Especialmente agora, às vésperas de um novo governo muito mais amigável ao setor assumir os EUA, contribuindo para as apostas de que o BTC continue renovando suas máximas. 

Dito isto, gostaria de lembrar que aqui na Acqua Vero você tem algumas possibilidades de diversificar sua carteira de investimentos com o Bitcoin. 

Temos desde alguns fundos de investimento e ETFs disponíveis até a opção de aplicar diretamente na criptomoeda, variando conforme seu perfil e objetivos financeiros. 

Agende uma reunião gratuita com um de nossos assessores e veja qual é a que mais se adequa ao seu portfólio. 

É só clicar aqui e escolher a data e o horário que sejam mais convenientes para você.

Se você pretende reduzir o risco geral da sua carteira e, de quebra, potencializar os retornos, não hesite em alocar uma parcela do seu capital em Bitcoin. 

Um abraço e até a próxima!

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