Chapéus e talentos. Não é sobre moda... é sobre algo que acontece todos os dias na sua empresa.

Seja bem-vindo(a) à 14ª edição dessa newsletter preparada com todo o carinho para trazer aquela dose de conhecimento que vai ajudar você e as pessoas que você lidera a trilhar o caminho da excelência e gerar resultados acima da média.

Imagine a cena.

Você, líder, tem um problemão para resolver e reúne um grupo de pessoas numa sala para encontrarem, juntos, a melhor solução.

Sabe qual são cenários bem comuns nesse caso?

Todo mundo fala, fala, fala e a reunião termina sem conclusões ou próximos passos bem definidos.

Algumas poucas pessoas com mais autoridade falam, as outras escutam e seguem a decisão proposta sem questionar.

Mas não precisa ser assim e eu vou te mostrar como evitar que isso aconteça compartilhando 2 boas práticas.

Método

Uma ótima ferramenta para essas situações é a técnica dos 6 chapéus do pensamento, criada pelo escritor e professor Edward de Bono. O objetivo é analisar uma situação sob diferentes perspectivas para encontrar a melhor solução para o problema.

Cada chapéu representa uma forma diferente de pensar, e a ideia é que, ao "vestir" um chapéu, a pessoa adote temporariamente aquele modo de pensar. Isso permite explorar todos os ângulos de uma questão antes de tomar uma decisão. A técnica promove um pensamento organizado e evita que as discussões fiquem enviesadas ou unilaterais.

Chapéu Branco: Representa o pensamento objetivo e baseado em fatos. Ao usar o chapéu branco, você se concentra em dados, informações disponíveis e fatos concretos. Perguntas típicas são: "O que sabemos?" ou "Quais informações estão faltando?".

Chapéu Vermelho: Simboliza o pensamento emocional e intuitivo. Com o chapéu vermelho, você expressa sentimentos, emoções e intuições sem precisar justificar ou explicar racionalmente. Perguntas como "O que eu sinto sobre isso?" são comuns.

Chapéu Preto: Refere-se ao pensamento crítico e cauteloso. O foco é nos riscos, problemas e obstáculos. Este chapéu ajuda a identificar os pontos negativos de uma ideia ou plano. Perguntas como "Quais são as desvantagens?" ou "Quais os perigos?" são exploradas aqui.

Chapéu Amarelo: Representa o pensamento positivo e otimista. Com o chapéu amarelo, você se concentra nos benefícios e nas oportunidades. A ideia é explorar as vantagens e os aspectos positivos de uma decisão. Perguntas como "O que pode dar certo?" ou "Quais são as oportunidades?" são levantadas.

Chapéu Verde: Relaciona-se ao pensamento criativo e inovador. O chapéu verde é usado para gerar novas ideias, soluções alternativas e abordar problemas de maneira inovadora. Perguntas típicas são: "Como podemos fazer isso de forma diferente?" ou "Quais são as novas possibilidades?".

Chapéu Azul: É o chapéu do controle e da organização. Este chapéu é usado para gerenciar o processo de pensamento. Quem "veste" o chapéu azul coordena a reunião ou discussão, decide a ordem dos chapéus e garante que o processo esteja fluindo bem. Perguntas incluem: "O que precisamos fazer a seguir?" ou "Como vamos organizar isso?".

Pessoas certas

Times diversos são mais propensos a analisar problemas de forma ampla e propor soluções mais criativas. Beleza... Quase todos os dias lemos sobre isso aqui no LinkedIn, onde a diversidade é frequentemente trazida sob a ótica de gênero, raça, gerações.

Hoje quero propor um olhar para a diversidade de talentos.

Importante ressaltar que a palavra talento aqui é usada dentro do contexto da abordagem de pontos fortes, onde:

Talento é uma forma natural e recorrente de pensar, sentir e agir que pode ser usada de forma produtiva.

Ao aplicar a técnica dos 6 chapéus envolvendo pessoas que possuem talentos alinhados à cada cor de chapéu, a dinâmica fica facilitada e os resultados tendem a ser melhores.

Alguns exemplos:

A lista acima não pretende estabelecer uma relação direta e única entre chapéus e talentos, até porque cada pessoa manifesta seu talento de forma diferente e os talentos combinados conferem habilidades distintas às pessoas, o que gera infinitas possibilidades.

A ideia é provocar a reflexão sobre quão diversa é a equipe que você chama para os projetos e desafios que precisa resolver.

Por fim, um lembrete: o método por si só já ajuda muito. Agora, quando você combina a técnica com as pessoas certas na sala, aí o nível das discussões, das soluções propostas e do resultado sobre a patamares de excelência.

E é isso que a gente quer, porque aqui mediocridade não tem vez.