Coluna do Gui Tsubota #11
Coluna publicada no Jornal Destak, 02/Agosto/2018
Tammm tam tam tam tam tammmmmm tammmmm tammmmm
Não estou brincando de Qual É A Música, nem fazendo aposta pra ver quem descobre o que cantarolei acima. Na verdade, vou admitir que nos momentos difíceis, épicos, inesperados, aqueles momentos que te faz sentir Super, essa música sai automaticamente da minha boca.
Tema do Superman, indicada ao Oscar. Música criada por John Williams em 1978, para o filme estrelado por Christopher Reeve, o eterno Superman. Lembrou? Então assobia a música um pouco aí, porque lá vem história.
Esse ano é especial, o personagem Superman faz 80 anos. Criado em Abril de 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, apareceu pela primeira vez no gibi Action Comics #1, pela editora DC Comics. A capa dessa edição é icônica, com Superman carregando um carro, na tradicional pose com os braços erguidos. Claro que ao longo dos anos, outras poses clássicas foram imortalizadas, como a posição de voar com os dois pulsos à frente, pairando no ar em formato de cruz, ou mesmo agachado, soltando a visão de calor, com os braços pra trás.
Muitos autores usaram Superman como referência. A começar pela idéia, afinal basta imaginar que em 1938 um personagem alienígena não seria tão comum. A partir dali, grandes super-heróis foram criados, tais como o X-Men, Homem-Aranha, Capitão América e outros. Mas Kar-El, Filho de Jor-El, o Último Filho de Krypton, é especial. Um personagem que tem super-força, super-velocidade, super-audição, super-sopro congelante, visão de calor, visão de Raio-X, voa, é imune a tiros e outros artefatos, é praticamente imortal (há controvérsias) poderia ser indestrutível. Como vemos em alguns títulos: um Deus entre nós.
Superman não só é uma das marcas mais conhecidas da Humanidade, como é um símbolo. Muito além do gibi, formou-se na consciência coletiva a noção que Superman é o auge da justiça, da verdade, o Grande Escoteiro Azul. Embora nem sempre tenha sido assim, lá nos primórdios ele era rude e agressivo, e a transformação moral ocorreu ao longo dos anos, nos quadrinhos. A sua força e super-poderes também mudaram nesses 80 anos, com diversas teorias explicando a fonte disso tudo. Seria a atmosfera de Krypton? O sol vermelho Rao? O que importa é que hoje Superman consegue nos trazer histórias incríveis nos gibis.
Depois da época de ouro dos quadrinhos, tivemos a Morte do Superman (Superman #75). Uma luta incrível com seu algoz, Doomsday (Apolacypse), criado por cientistas alienígenas no planeta natal de Karl-El, muito antes dos kryptonianos dominarem a região. Esse ser era tão poderoso, que quase matou Darkseid em um episódio. Por fim, após uma batalha por quase todo os EUA, Superman conseguiu derrotar o vilão em Metrópolis. A cena é lamentável, com a capa vermelha rasgada, flamejante sobre um imenso escombro.
Superman é, definitivamente, um dos personagens mais notáveis criados. É um pássaro? É um avião? Não! É o Superman!