Como anda a sua saúde mental no trabalho? Ou fora dele?
No mês da campanha “Janeiro Branco” decidi trazer para você uma reflexão importante, voltada ao mundo da Carreira: como anda a sua saúde mental no trabalho? Ou fora dele?
Antes de entrar nessa reflexão, gostaria de explicar a quem ainda não conhece, sobre o que se trata essa campanha. Janeiro Branco é uma iniciativa que convida as pessoas a pensarem sobre suas vidas, o sentido e o propósito dela, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas e sobre suas emoções, seus pensamentos e seus comportamentos.
Nesse sentido, convido você a pensar: como você está lidando com suas emoções, pensamentos e comportamentos no âmbito profissional?
Você está feliz e realizado com o seu trabalho?
Existem ações que você pratica que não estão fortalecendo seu lado emocional onde trabalha?
Está passando por situações difíceis e não está sabendo lidar com elas?
Ou mesmo está sem um trabalho e não está conseguindo lidar com isso?
Essas reflexões são importantes para identificarmos a causa daquilo que estamos passando. Como muitos acreditam, nada é por acaso, e tudo o que estamos passando tem um propósito e um sentido.
Muitas vezes não conseguimos identificar isso sozinhos, outras até conseguimos identificar mas não conseguimos resolver.
Acredito muito que a melhor forma de resolver ou melhorar uma situação é primeiro identificar as causas, o porquê daquilo, e é necessário “sair do círculo” ou do olho do furacão para enxergar. É pensar calmamente o que levou a chegar naquela situação, quais fatores influenciaram para isso, e depois, com uma visão mais apurada da situação, pensar nas formas de se resolver.
Nos momentos de desespero ou de tristeza nossas lentes embaçam e não conseguimos enxergar. Por isso, é preciso reservar um tempo, junto com um bom suco de maracujá ou um chá de camomila, e refletir sobre todos os pontos da situação.
Dessa forma, com o objetivo de ajudar, coloco abaixo algumas reflexões para duas situações mais comuns que encontramos:
São muitas as situações que geram desgastes emocionais e conflitos no trabalho. As mais comuns são: desentendimento com chefes ou colegas de trabalho, falta de valorização, realização de funções abaixo do seu potencial, entre inúmeras outras. E o problema é que isso acontece em todas os lugares, com todas as pessoas, uma hora ou outra. Quem nunca passou por alguma situação desgastante no trabalho?
O que vale aqui é não se deixar abater. Em um primeiro momento pode ser difícil, mas o importante é não ficar carregando isso para que o problema se torne ainda maior, ou mesmo abale de forma arrasadora o seu emocional.
É preciso pensar: de que forma essa situação te atinge e como você pode fazer para modificar isso?
Parece cruel, mas o responsável por resolver isso somos nós mesmos. A tendência é culpar o outro ou a situação e deixar que o problema se resolva por lá. Por mais que a culpa seja do outro, ele pode não resolver, e nesse caso quem sofre é você. Então, nada melhor do que você mesmo ir atrás da resolução, por amor à sua saúde mental.
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O descontrole emocional cria uma reação em cadeia, quanto mais você se descontrola mais a situação piora e mais contamina as pessoas ao seu redor. O que está no seu controle, e ao seu alcance, para que seja feito logo?
Reflita:
Onde está o problema? Por que ele começou? Quais foram as causas?
O quanto você gasta de tempo se entregando às preocupações em vez de agir para solucionar o problema?
Como pode resolvê-lo? O quanto depende de você agir para eliminar ou minimizar essa situação?
As contas vão apertando, as necessidades vão aumentando, e aí vem o desequilíbrio (financeiro, pessoal e principalmente emocional). E é justamente aí que o perigo entra.
O desequilíbrio só serve para piorar ainda mais as coisas. Não é aumentando o desespero que uma nova recolocação virá. Nesse caso, é respirar fundo e agir com estratégia.
Ouço de muita gente: “qualquer coisa serve, o que preciso é trabalhar e me sustentar”. Não cabe julgamento aqui, mas ao cair nessa situação de pegar qualquer vaga, ou de sair mandando currículo para tudo e todos, a chance disso se repetir mais pra frente ou de demorar para dar certo é muito grande. Quando falo de estratégia, é separar um tempo para pensar e se programar:
Quais são as empresas que contratariam o seu trabalho?
Como você pode entrar em contato com elas e divulgar o seu diferencial?
Quanto tempo por dia vai se dedicar a pesquisar as vagas e mandar currículos direcionados para que suas chances aumentem?
O que vai fazer de diferente em relação aos seus concorrentes para conseguir a vaga que quer?
Pensar nisso tudo é importante, e com certeza melhor do que se desesperar.
De qualquer forma, se você já tentou praticar as dicas aqui sugeridas e ainda não conseguiu se reequilibrar, recomendo que procure ajuda especializada. Tem situações que viram bola de neve quando não resolvemos, e quando vamos ver o tamanho do estrago já está bem grande e dá mais trabalho para resolver.
Não deixe de se cuidar. A saúde mental é o bem mais precioso que possuímos e devemos valorizar.
Fernanda Massote é Psicóloga, Especialista em Carreira, e pós graduada em Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas. Experiência de mais de 12 anos em empresas na área de Gestão de RH. Trabalha com desenvolvimento de lideranças, coaching, orientação profissional e recolocação.
www.fernandamassote.com.br
Talent Acquisition Specialist @ Grupo Boticário | HR Project & Process | Tech Recruiting | Candidate Experience | Employer Branding
6 aMuito bom Fer!
Gerente de Vendas Brasil
6 aÓtima reflexão Fernanda e excelentes sugestões.
Analista Financeiro Sr
6 a👏👏👏Show!!! Excelente matéria! Me identifico totalmente! 🙏🙏🙏