Como a inovação impacta a performance e o crescimento das empresas?
CRI Ceará 29/08/2018

Como a inovação impacta a performance e o crescimento das empresas?

Em um momento de reflexão e troca de experiências realizado em Fortaleza, na 3ª reunião do Centro de Referencia em Inovação do Ceará, convidamos as empresas M.Dias Branco, CRC, Lanlink e Polibrás para compartilhar conosco suas experiências e práticas de inovação visando resultados no curto, médio e longo prazos.

Com experiências bastante diferentes, mas complementares, as empresas destacaram que inovar requer entre outros aspectos um comprometimento estratégico com a definição de objetivos e metas, uma engajamento das lideranças que de forma continuada envolvam as pessoas na identificação de desafios e oportunidades para inovação, na geração de ideias e no seu desenvolvimento e implementação e na implementação de diferentes processos que sistematize o esforço de inovar em toda a organização.

Quando perguntados sobre os resultados destes esforços de inovação, as empresas, de uma maneira geral, enfatizaram o ganho de eficiência no curto prazo associado ao crescimento da capacidade competitiva e da receita no médio e longo prazo. Apesar de provocados, não há evidencia de que inovar geraria mudança no valor (valuation) das empresas, mas sim na sua capacidade de competir e em sua continuidade e sobrevivência.

Entre outras experiências relatadas foi destacada a dificuldade de envolver universidades nos projetos de inovação seja pelas dificuldades na formalização dos contratos de parceria, seja na falta de objetividade e aplicabilidade dos projetos de pesquisa. Por outro lado, as empresas estão ou iniciando, ou interessadas em iniciar, experimentos de cooperação com startups. Empreendedores de startups cearenses participantes do evento destacaram as iniciativas do Banco do Nordeste no Hubine que visa criar em Fortaleza um ambiente de apoio a empreendedores e de aproximação das startups residentes com empresas locais. Outras empresas participantes, como a Enel, relataram experimentos diferenciados como a incubação de empresas de intra-empreendedores permitindo que estes tenham um período de dedicação a novas empresas que eventualmente poderão se tornar independentes (spin-offs).

Finalmente os diferentes grupos, formados em torno das empresas anfitriãs debateram as barreiras à inovação tendo destacado a necessidade permanente de criação de um ambiente interno (cultura) que estimule aos colaboradores a participar do esforço de inovar e a necessidade de lidar com as barreiras jurídicas e regulatórias. Neste caso foi bastante debatido os mecanismos e restrições legais de incentivo e bonificação aos colaboradores que participarem na geração de ideias inovadoras e as regras de compliance na contratação de startups como fornecedores.

A diversidade do grupo permitiu que todos aprendessem com as diferentes experiências das grandes e das medias empresas, das startups e dos empreendedores tecnológicos não chegando, necessariamente, a uma conclusão definitiva sobre o impacto da inovação como alavancador da performance e do crescimento, mas sim da sua importância vital para a competitividade e longevidade das empresas.

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