Consenso e confiança: palavras-chave no dia a dia de líderes eficientes

Consenso e confiança: palavras-chave no dia a dia de líderes eficientes

Gerir pessoas, apaziguar conflitos, decidir para que lado seguir.

Essas são todas atribuições de pessoas que ocupam cargos de liderança.

Por isso, consenso e confiança são palavras-chave no dia a dia do gestor e aumentam a eficiência.

Nesta edição da Hacks da Vida Corporativa, trago dicas sobre o conceito de Equipe Número 1 e sobre a construção de relacionamento próximo ao time.

Espero que ajudem!

Qual é sua equipe número 1: seu time direto ou seus pares?

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Ao tomar uma decisão, você privilegia o consenso com o time que você lidera ou com seus pares?

Sempre faço essa pergunta para executivos de todas as idades e experiências. Em geral, a grande maioria das pessoas responde a mesma coisa: “eu privilegio a minha equipe”.

Sim, a resposta natural é privilegiar a equipe liderada, mas, do ponto de vista de gestão, NÃO é a melhor decisão. Sua equipe número 1 deveria ser a que você tem com seus PARES!

A primeira vez que li sobre isso, há anos, foi no livro Os cinco desafios das equipes, de Patrick Lencioni. Achei um insight muito poderoso e parte do princípio que equipes funcionais têm muita confiança, a ponto de terem conflitos produtivos e discordarem, e ainda assim se comprometerem com o que foi decidido pela alta gestão.

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Acontece que quando você se compromete com o consenso que chegou com seus pares, vai delegar exatamente como o combinado, mesmo que não concorde. Sua equipe vai executar aquela prioridade de maneira inequívoca, pois confia em você. Seus pares também vão descer a mesma instrução e várias pessoas de equipes diferentes estarão trabalhando juntas na ponta com a mesma prioridade.

Já se você não privilegia a equipe formada com seus pares, o risco é de discordarem e delegarem sem alinhamento e com assimetria nas mensagens que descem para os profissionais que vão operacionalizar o trabalho.

Um exemplo: a direção de uma empresa decide, por estratégia, aumentar a venda do produto A e diminuir a venda do produto B, mas um dos gerentes de vendas fica contrariado. Por isso, ele passa a meta com viés para seus analistas - “vamos aumentar a venda do produto A, mas continuem vendendo o produto B também”. Como consequência, não haverá tração suficiente no produto A. Outro possível desdobramento é a equipe de vendas cobrar a equipe de marketing por mais suporte na venda do B. Isso gerará dúvidas – “ué, o foco não era o A?” - gerando mais desconfiança e insegurança nas equipes.

Companhias que adotam modelo estruturais mais modernos e ágeis, com equipes multidisciplinares e autônomas e squads, já praticam no dia a dia o preceito da equipe número 1 ser a dos pares.

Confiança, a base do relacionamento com o time

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O alinhamento no topo é essencial para ter uma mensagem clara e única sendo cascateada na empresa, mas para privilegiar o consenso com seus pares, você precisa construir uma relação muito próxima com seus liderados.

Ainda do livro Os cinco desafios das equipes, de Patrick Lencioni, trago a pirâmide com as cinco disfunções que atrapalham as equipes de chegarem ao Flow – e os comportamentos que as impedem de surgir.

O alicerce desse relacionamento de sucesso é a confiança. É só confiando que as pessoas se despem das máscaras, ficam à vontade para admitir erros e vulnerabilidades e assumem riscos sem medo. 

O segundo patamar da pirâmide é o conflito produtivo, o que significa não fugir de debates e sempre ouvir e levar em consideração ideias e pontos de vistas diferentes.

Confiando e sendo ouvidas, as pessoas têm comprometimento, que é o terceiro nível da pirâmide. Quando a gente se compromete, a gente evita ambiguidades e fala as coisas que está pensando. Isso constrói um ambiente de respeito mútuo.

O quarto passo é a responsabilidade com o objetivo em comum. Quando a gente se responsabiliza, não aceita padrões baixos. A gente cobra alto padrão um do outro, mas sempre de forma respeitosa e racional.

O quinto é o foco nos resultados coletivos. Quando a equipe chega a este patamar, os resultados coletivos são mais importantes que os individuais. O status e o ego não atrapalham, porque o que interessa é o time ganhar, não o herói solo marcar um gol.

Construindo a confiança na prática

Mas se a base de tudo é a confiança, como podemos construir equipes onde os profissionais confiam uns nos outros?

Em síntese, Lencioni cita três fatores que explicam a confiança mútua numa equipe de alto desempenho:

1)     Experiências compartilhadas – essas pessoas tiveram tempo juntos, viveram eventos em conjunto, partilharam momentos. Isso vem com o tempo.

2)     Situações com finalização de tarefas e construção de credibilidade – essas pessoas cumpriram missões juntas. Entraram em desafios e entregaram resultados em conjunto. Finalizaram inciativas. Quando isso acontece com regularidade, cria-se uma liga inquebrável. Esse fator explica porque líderes frequentemente levam colaboradores de uma empresa para outra. Eles construíram credibilidade em várias entregas em conjunto. Esse fator é muito poderoso.

3)     Profundo conhecimento dos atributos de cada membro da equipe – as pessoas que confiam se conhecem. Sabem de pontos fortes e fracos e entendem quando cada membro é a pessoa mais indicada para uma determinada tarefa. Essa diversidade não é vista como barreira. É uma fortaleza do grupo.

O livro traz alguns exercícios práticos. Um bem básico, mas que funciona demais, é cada membro falar uma curiosidade sobre sua vida. Muitas vezes, alguma experiência marcante definiu um traço de personalidade, que a pessoa traz para o grupo. Quando sabemos a origem de um comportamento, tendemos a ser mais compassivos com os colegas. E eles conosco. Um bom primeiro passo para construir confiança.

Bom, perceberam que eu indico a leitura de Os cinco desafios das equipes, de Patrick Lencione, né? Apesar de despretensioso e fácil de ler, ele carrega conceitos poderosos para qualquer gestor.

Bom, espero que tenham gostado dos hacks de hoje!

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Cheila Biallowons

Account Director @ SalesForce | Cloud | Saas | Customer Experience | Sales on Retail Industry

2 a

Vitor, eu ouso acrescentar mais um "c" aí: constância. Consenso, constância e confiança. O crescimento nos níveis da pirâmide (como a de Maslow) só se dá quando o nível inferior foi completo/sanado. Como uma planta que nasce saudável em terreno fértil, preparado para o crescimento. A constância da gestão é fundamental para os liderados. E o crescimento dos liderados é o crescimento da empresa. 😊

Luis Anjos

Gerente de serviços na Elevadores Atlas Schindler | Gestão Comercial e Serviços

2 a

Pergunta difícil. 😥

Carla Regina Pereira

Farmacêutica clínica em Atenção Básica - Serviço Público/ Logística (gestão de suprimentos nos Serviços Públicos de Saúde)/ Gestão de RH/ Psicologia Organizacional

2 a

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