CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA: DEI VERBUM SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
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CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA: DEI VERBUM SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA

PROÉMIO – [1]. A intenção do sagrado Concilio, seguindo os caminhos dos Concílios Tridentino e Vaticano I, entende propor a genuína doutrina sobre a Revelação divina e a sua transmissão.

CAPÍTULO I – A REVELAÇÃO EM SI MESMA – E assim, [2]. Aprouve a Deus, na sua Sabedoria, revelar-se a Si mesmo e em virtude desta revelação, na riqueza do seu amor, “falando” aos homens como amigos e convivendo com eles, os convidar e admitir à comunhão. Neste sentido, no processo é importante saber que Cristo é, simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a revelação. Na continuidade do documento, [3]. Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo, oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação, que após a queda, e com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação, cuidando continuamente do gênero humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando nas boas obras, alcançassem a salvação. Neste sentido, [4]. Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos pelos profetas, falou-nos Deus nestes nossos dias, que são os últimos, através de Seu Filho, Jesus Cristo, Verbo feito carne, enviado «como homem para os homens», «fala, portanto, as palavras de Deus» e consuma a obra de salvação que o Pai lhe mandou realizar com palavras e obras, sinais e milagres, e, sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição, enfim, com o envio do Espírito de verdade. [5]. Portanto, Deus se revela, e o homem, com ajuda da graça divina, abre os olhos do entendimento e se entrega total e livremente a Sua vontade e revelação. [6]. Pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar-se a Si mesmo. O sagrado Concílio professa que Deus, se pode conhecer com certeza pela luz natural da razão, mas ensina também que deve atribuir-se à Sua revelação que há certas verdades que não são é acessíveis à razão humana, por isso a adesão pela fé.

CAPÍTULO II – A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA – [7]. Deus enviou Jesus que enviou os Apóstolos que pregassem a todos o Evangelho da Boa Nova. Para que fosse realizado com fidelidade, a pregação, os exemplos e os escritos de Cristo – eles tinham inspiração do Espírito Santo. Porém, para que o Evangelho fosse perenemente conservado integro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os Bispos como seus sucessores, «entregando lhes o seu próprio ofício de magistério» – Sagrada Tradição. [8]. A pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Ora, transmitido pelos Apóstolos, a tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo. Os Bispos guardam esta mensagem da fé (e guardam as afirmações dos santos Padres que testemunham a presença vivificadora desta Tradição). [9]. A sagrada Tradição (transmissão integral dos tempos apostólicos: conservar, expor e a difusão da pregação) e a Sagrada Escritura (inspiração na fonte divina) estão intimamente unidas e compenetradas entre si, pois derivam da mesma fonte divina, tendendo ao mesmo fim, o Espírito Santo. [10]. A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja. Nelas (Nela) o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos, na comunhão, na fração do pão, na oração, na conservação, na atuação e profissão da fé transmitida. Contudo, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo.

TAREFALeitura da Sagrada Escritura – [25]. É necessário que todos os clérigos [sobretudo os sacerdotes de Cristo] e outros, como os diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da palavra, mantenham um contato íntimo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo aturado, tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque «a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo». Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem. Compete aos sagrados pastores «depositários da doutrina apostólica», ensinar oportunamente os fiéis que lhes foram confiados no uso reto dos livros divinos, de modo particular do Novo Testamento, e, sobretudo dos Evangelhos. E isto por meio de traduções dos textos sagrados, que devem ser acompanhadas das explicações necessárias e verdadeiramente suficientes, para que os filhos da Igreja se familiarizem dum modo seguro e útil com a Sagrada Escritura, e se penetrem do seu espírito. Além disso, façam-se edições da Sagrada Escritura, munidas das convenientes anotações, para uso também dos não cristãos, e adaptadas às suas condições; e tanto os pastores de almas como os cristãos de qualquer estado procuram difundi-las com zelo e prudência.

CAPÍTULO III: A INSPIRAÇÃO DIVINA DA SAGRADA ESCRITURA E A SUA INTERPRETAÇÃO – [11]. A revelação de Deus, contida e manifestada na Sagrada Escritura, foi escrita por inspiração do Espírito Santo. Cabe à Igreja, segundo a fé apostólica, por confiança divina, considerar como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento, que têm Deus por autor. Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens (hagiógrafos) na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria, a fim de manter para a salvação dos homens a certeza dos livros e a fidelidade, sem erro da verdade que Deus. [12]. Deus na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras. Para descobrir a intenção dos hagiógrafos, devem ser tidos também em conta, entre outras coisas, os «géneros literários». Importa, além disso, que o intérprete busque o sentido que o hagiógrafo em determinadas circunstâncias, segundo as condições do seu tempo e da sua cultura, pretendeu exprimir e de facto exprimiu servindo se os géneros literários então usados. Cabe aos exegetas trabalhar, de harmonia com estas regras, por entender e expor mais profundamente o sentido da Escritura, e tudo quanto diz respeito à interpretação da Escritura. [13]. Portanto, na Sagrada Escritura, salvas sempre a verdade e a santidade de Deus, manifesta-se a admirável «condescendência» da eterna sabedoria, «para conhecermos a inefável benignidade de Deus e com quanta acomodação Ele falou, tomando providência e cuidado da nossa natureza»

CAPÍTULO IV – O ANTIGO TESTAMENTO – [14] Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude a salvação de todo o gênero humano, escolheu por especial providência um povo a quem confiar as suas promessas. Tendo estabelecido aliança com Abraão (Gn. 15,18), e com o povo de Israel por meio de Moisés (Ex 24,8), revelou-se ao Povo escolhido como único Deus. Para ampliar seu “rosto” e a PREPARAÇÃO DEFINITIVA capacitou e falou pela boca dos profetas e sábios. Por isso, estes livros divinamente inspirados conservam um valor perene: «Tudo quanto está escrito, para nossa instrução está escrito, para que, por meio da paciência e consolação que nos vem da Escritura, tenhamos esperança» (Rom 15,4). [15] A «economia» do Antigo Testamento destinava-se, sobretudo, a preparar, a anunciar profeticamente (cfr. Lc. 24,44; Jo. 5,39; 1 Ped. 1,10) e a simbolizar com várias figuras (1 Cor. 10,11) o advento de Cristo, redentor universal, e o do reino messiânico. Por isso, os fieis devem receber com devoção estes livros que exprimem o vivo sentido de Deus, nos quais se encontram sublimes doutrinas a respeito de Deus, uma sabedoria salutar a respeito da vida humana, bem como admiráveis tesouros de preces, nos quais, finalmente, está latente o mistério da nossa salvação. [16] Foi por isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos dois Testamentos, dispôs tão sabiamente as coisas, que o Novo Testamento está latente no Antigo, e o Antigo está patente no Novo

 CAPÍTULO V – O NOVO TESTAMENTO – [17] A palavra de Deus, que é virtude de Deus para a salvação de todos os crentes (Rom. 1,16), apresenta-se e manifesta o seu poder dum modo eminente nos escritos do Novo Testamento. Com efeito, NA PLENITUDE DOS TEMPOS (Gl 4,4), o Verbo fez-se carne e habitou entre nós (Jo. 1,14), estabelecendo o reino de Deus na terra, manifestou com obras e palavras o Pai e a Si mesmo, e levou a cabo a Sua obra com a Sua morte, ressurreição, e gloriosa ascensão, e com o envio do Espírito Santo. Enviou os Apóstolos sob a força do Espírito Santo para que pregassem o Evangelho, e despertassem a fé em Jesus Cristo e Senhor, e congregassem a Igreja. [18] Ninguém ignora que entre todas as Escrituras, mesmo do Novo Testamento, os Evangelhos têm o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador. [19] A santa mãe Igreja defendeu e defende firme e constantemente que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando, finalmente, o carácter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu (At 1, 1-2). Após a ascensão do Senhor, os Apóstolos transmitiram aos seus ouvintes, com aquela compreensão mais plena de que eles, instruídos pelos acontecimentos gloriosos de Cristo e iluminados pelo Espírito de verdade gozavam, as coisas que Ele tinha dito e feito. Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo algumas coisas entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito. [20]. O cânon do Novo Testamento contém igualmente além dos quatro Evangelhos, as Epístolas de S. Paulo e outros escritos apostólicos redigidos por inspiração do Espírito Santo, com os quais, segundo o plano da sabedoria divina, é confirmado o que diz respeito a Cristo Senhor.

TEXTOS LIDOS NO VÍDEO

Alguns exemplos de “Inspiração Divina”

Isaias 1, 11-20

"11.“De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas?” – diz o Senhor –. “Já estou farto de holocaustos de cordeiros e da gordura de novilhos cevados. Eu não quero sangue de touros e de bodes. 12.Quando vindes apresentar-vos diante de mim, quem vos reclamou isto: atropelar os meus átrios? 13.De nada serve trazer oferendas; tenho horror da fumaça dos sacrifícios. As luas novas, os sábados, as reuniões de culto, não posso suportar a presença do crime na festa religiosa. 14.Eu abomino as vossas luas novas e as vossas festas; elas me são molestas, estou cansado delas. 15.Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós os meus olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço. Vossas mãos estão cheias de sangue. 16.Lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más ações de diante de meus olhos. 17.Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva.” 18.“Pois bem, justifiquemo-nos” – diz o Senhor –. “Se vossos pecados forem escarlates, se tornarão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!* 19.Se fordes dóceis e obedientes, provareis os melhores frutos da terra; 20.se recusardes e vos revoltardes, provareis a espada.” É a boca do Senhor que o declara."

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At 15, 7-12; 22. 25-30

"7.Ao fim de uma grande discussão, Pedro levantou-se e lhes disse: “Irmãos, vós sabeis que já há muito tempo Deus me escolheu dentre vós, para que da minha boca os pagãos ouvissem a palavra do Evangelho e cressem. 8.Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a seu respeito, dando-lhes o Espírito Santo, da mesma forma que a nós. 9.Nem fez distinção alguma entre nós e eles, purificando pela fé os seus corações. 10.Por que, pois, provocais agora a Deus, impondo aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? 11.Nós cremos que pela graça do Senhor Jesus seremos salvos, exatamente como eles”. 12.Toda a assembleia o ouviu silenciosamente. 22.Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos com toda a comunidade escolher homens dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé: Judas, que tinha o sobrenome de Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos. [...] 25.Assim nós nos reunimos e decidimos escolher delegados e enviá-los a vós, com os nossos amados Barnabé e Paulo, 26.homens que têm exposto suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27.Enviamos, portanto, Judas e Silas que de viva voz vos exporão as mesmas coisas. 28.Com efeito, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor outro peso além do seguinte indispensável: 29.que vos abstenhais das carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da impureza. Dessas coisas fareis bem de vos guardar conscienciosamente. Adeus!”. 30.Tendo-se despedido, a dele­gação dirigiu-se a Antioquia. Ali reuniram a assembleia e entregaram a carta."

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“A IGNORÂNCIA DAS ESCRITURAS É IGNORÂNCIA DE CRISTO”
(São Jerônimo)

CAPÍTULO VI: A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DA IGREJA – [21]. A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo. É preciso, pois, que toda a pregação eclesiástica, assim como a própria religião cristã, seja alimentada e regida pela Sagrada Escritura. Com efeito, nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de Seus filhos, a conversar com eles; pois a Sagrada Escritura é alimento da alma, é «a palavra de Deus viva e eficaz» (Hebr. 4,12). [22]. É preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada Escritura. Por esta razão, a Igreja logo desde os seus começos fez sua aquela tradução grega antiquíssima do Antigo Testamento chamada dos Setenta; e sempre tem em grande apreço as outras traduções, quer orientais quer latinas, sobretudo a chamada Vulgata. Vale a menção da preocupação da Igreja em relação a traduções aptas e fiéis nas várias línguas, sobretudo a partir dos textos originais dos livros sagrados, tendo o consentimento e aprovação da autoridade da Igreja. [23]. A Igreja, ensinada pelo Espírito Santo, fomenta também convenientemente o estudo dos santos Padres do Oriente e do Ocidente, bem como das sagradas liturgias. É preciso, porém, que os exegetas católicos e os demais estudiosos da sagrada teologia, trabalhem em íntima colaboração de esforços, para que, sob a vigilância do sagrado magistério, lançando mão de meios aptos, estudem e expliquem as divinas Letras de modo que o maior número possível de ministros da palavra de Deus possa oferecer com fruto ao Povo de Deus o alimento das Escrituras. [24]. A sagrada Teologia apoia-se, como em seu fundamento perene, na palavra de Deus escrita e na sagrada Tradição, e nela se consolida firmemente e sem cessar se rejuvenesce, investigando, à luz da fé, toda a verdade contida no mistério de Cristo. As Sagradas Escrituras é a alma da sagrada teologia, por isso valoriza-se o ministério da palavra, a pregação pastoral, a catequese, e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal. [25]. É necessário, por isso, que todos os clérigos e, sobretudo os sacerdotes, os diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da palavra, mantenham um contato íntimo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo aturado, sobretudo na sagrada Liturgia. O Sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» (Fil. 3,8). Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada de oração para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem; UM COLÓQUIO. E novamente reforça-se a importância das traduções dos textos sagrados, que devem ser acompanhadas das explicações necessárias e verdadeiramente suficientes, para que os filhos da Igreja se familiarizem dum modo seguro e útil com a Sagrada Escritura, e se penetrem do seu espírito. [26]. Deste modo, com a leitura e estudo dos livros sagrados, «a palavra de Deus se difunda e resplandeça” (2 Tess. 3,1), e o tesouro da revelação confiado à Igreja encha cada vez mais os corações dos homens. Assim como a vida da Igreja cresce com a assídua frequência do mistério eucarístico, assim também é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que «permanece para sempre» (Is. 40,8; cfr. l Pedr. 1, 23-25).

Roma, 18 de Novembro de 1965
PAPA PAULO VI

Notas do Texto Original por Capítulo

(As notas revelam a Tradição e o Magistério embasando a Sagrada Escritura. Pra customizar, as notas, ou melhor, as citações bíblicas estão no texto mesmo, eu decidi por ser síntese suprimí-las).

1. Cfr. S. Agostinho, De catechizandis rudibus, c. IV, 8: PL 40, 316.

2. Cfr. Mt. 11,27; Jo. 1,14 e 17; 14,6; 17, 1-3; 2 Cor. 3,16 e 4,6; Ef. 1, 3-14.

3. Epist. ad Diognetum, c. VII, 4: Funk, Patres Apostolici, I, p. 403.

4. Conc. Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 3: Denz. 1789 (3008).

5. Conc. Araus. II, can. 7: Denz, 180 (377); Conc. Vat. I, 1. c.: Denz. 1791 (3010).

6. Conc. Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 2 Denz. 1786 (3005).

7. Ibid.: Denz. 1785 e 1786 (3004 e 3005).

Capítulo II

1. Cfr. Mt. 28, 19-20 e Mc. 16,15; Concilio Tridentino decr. De canonicis Scripturis: Denz. 783 (1501).

2. Cfr. Concílio Tridentino, I. c.; Concílio Vat I, sess. III, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 2. Denz. 1787 (3006).

3. S. Ireneu, Adv. Haer. III, 3, 1: PG 7, 848: Harvey, 2, p. 9.

4. Cfr. II Concílio Niceno, Denz. 303 (602); IV Concilio Constantinopolitano, sess. X, can. 1: Denz. 336 (650-652).

5. Cfr. Concílio Vat. I, Const. dogm. De fide catholica, Dei Filius, cap. 4: Denz. 1800 (3020).

6. Cfr. Concílio Tridentino, Decr. De canonicis scripturis: Denz. 783 (1501).

7. Cfr. Pio XII, Const. apost. Munificentissimus Deus, 1 nov. 1950: AAS 42 (1950) 756; conforme as palavras de S. Cipriano, Epist. 66,8: CSEL, 3,2, 733: «A Igreja e o povo unido ao sacerdote e o rebanho unido ao seu pastor».

8. Cfr. Concilio Vat. I, Const. dogmatica De fide catholica, Dei Filius, cap. 3: Denz. 1792 (3011).

9. Cfr. Pio XII, Enciclica Humani generis, 12 ago. 1950: AAS 42 (1950) 568-569: Denz. 2314 (3886).

Capítulo III

1. Cfr. Conc. Vat. I, Const. dogm. de fide cath., Dei Filius, cap. 2: Denz. 1787 (3006). Denz. da Comissão Biblica, 18 jun. 1915: Denz. 2180 (3629) ; EB 420. Santo Officio, Epist.; 22 dez. 1923: EB 499.

2. Cfr. Pio XII, Encíclica Divino afflante Spiritu, 30 set. 1944: AAS 35 (1943) 314; EB 556.

3. Em o por o homem: cfr. Hebr. 1,1 e 4,7 (Em); 2 Sam. 23,2; Mt. 1,22 e passim (por); Conc. Vat. I: schema de doctr. cath., nota 9: Coll. Lac. VII, 522.

4. Leão XIII, Encíclica Providentissimus Deus, 18 nov. 1893: Denz. 1952 (3293) EB 125.

5. Cfr. S. Agostinho, De Gen. ad Litt. 2, 9, 20: PL 34, 270-271; CSEL 28, 1, 46-47 e Epist. 82, 3: PL 33, 277: CSEL 34, 2, p. 354.—S. Tomás, De Ver. q. 12, a. 2 c. —Conc. de Trento, decr. De canonicis Scripturis: Denz. 783 (1501) —Ledo XIII, Enc. Providentissimus: EB 121, 124, 126-127—Pio XII, Enc. Divino afflante Spiritu: EB 539.

6. S. Agostinho, De civ. Dei, XVII, 6, 2: PL 41, 537: CSEL XL 2, 228.

7. S. Agostinho, De doct. christ., III, 18, 26: PL 34, 75-76; CSEL 80, 95.

8. Pio XII, 1. c.: Denz. 2294 (3829-3830); EB 557-562.

9. Cfr. Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus, 15 set. 1920: EB 469.- S. Jerónimo, In Gal., 5, 19-21: PL 26, 417 A.

10. Cfr. Conc. Vat. I, Const. dogm. De fide catholica, Dei Filius, cap. 2: Denz. 1788 (3007).

11. S. João Crisóstomo, In Gen. 3,8 (hom. 17,1): PG 53, 134. «Acomodação», em grego synkatábasis.

Capítulo IV

1. Pio XI, Enc. Mit brennender Sorge, 14 mar. 1937: AAS 29 (1937) 151.

2. S. Agostinho, Quaest. in Hept. 2, 73: PL 34, 623.

3. S. Ireneu, Adv.: Haer. III, 21, 3: PG 7, 950: ( = 25, 1: Harvey 2, p. 115). S. Cirilo de Jerusalém, Caech. 4, 35: PG 33, 497, Teodoro de Mopsuesta, In Soph. 1, 4-6: PG 66, 452 D-453 A.

Capítulo V

1. Cfr. S, Ireneu, Adv. Haer. III, 11, 8: PG. 7, 885; ed. Sagnard, p. 194.

2. Cfr. Jo. 14,26; 16,13,

3. Cfr. Jo. 2,22; 12,16; de acordo com 14,26; 16, 12-13; 7,39.

4. Cfr. Instrução Sancta Mater Ecclesia, da Pontifícia Comissão Bíblica: AAS 56 (1964) 715.

Capítulo VI

1. Cfr. Pio XII, Enc. Divino afflante, 30. set. 1943: EB 551, 553, 567. — Pontifícia Comissão Bíblica, Instructio de S. Scriptura in Clericorum seminariis et Religiosorum Collegiis recte docenda, 13 maio 1950: AAS 42 (1950) 495-505.

2. Cfr. Pio XII, 1. c.: EB 569.

3. Cfr. Leão XIII, Enc. Providentissimus Deus: EB 114; Bento XV, Enc., Spiritus Paraclitus, 15. set. 1920: EB 483.

4. S. Agostinho, Serm. 179, 1: PL 38, 966.

5. S. Jerónimo, Comm. in Is. Prol.: PL 24, 17. — Cfr. Bento XV, Enc. Spiritus Paraclitus: EB 475-480; Pio XII, Enc. Divino afflante: EB 544.

6. S. Ambrósio, De officiis ministrorum I, 20, 88: PL 16, 50.

7. S. Ireneu, Adv. Haer. IV, 32, 1: PG 7, 1071; (= 49, 2), Harvey, 2, p. 255.


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