Construindo o Futuro: Como Projetar Edifícios para Atender às Necessidades de um Mercado em Evolução
No setor da construção civil, projetar para o futuro é um desafio cada vez mais evidente, especialmente em empreendimentos de grande porte que levam anos para serem concluídos. Com as rápidas mudanças nos estilos de vida e nas necessidades dos usuários, é essencial antecipar as demandas do mercado e pensar além das necessidades óbvias presentes em nossa realidade atual.
Existe hoje um alarme bem grande e uma seta apontando para o risco de se entregar um produto defasado em relação as necessidades atuais do mercado, e se em sua empresa esse alarme não existe, é porque provavelmente ele já disparou a muito tempo.
Resta a pergunta:
Quais são hoje as principais tendências de um mercado que ainda não "existe"?
Private rooms: uma extensão da sua casa para usar como quiser
À medida que as cidades crescem e os estilos de vida se transformam, o que era considerado essencial em um edifício há alguns anos pode não atender mais às demandas dos usuários modernos.
A flexibilidade tornou-se uma necessidade estratégica, por isso soluções com conceitos inovadores como as Private Rooms, introduzidas pela construtora AG7 no Age 360, em Curitiba, estão cada vez mais ganhando destaque.
Essas áreas adicionais, que não impactam o potencial construtivo do empreendimento, podem ser adaptadas para diversas funções como home offices, salas de reuniões, ou quartos de visitas, proporcionando uma flexibilidade que se ajusta à vida dos moradores ao longo do tempo, sem necessidade de reformas estruturais.
Esse tipo de espaço não só responde às demandas atuais, como também oferece aos moradores a capacidade de adaptar seu ambiente de acordo com novas necessidades, criando uma experiência mais personalizada e prática. Imagine, por exemplo, utilizar uma Private Room como um escritório que pode ser transformado em uma sala de lazer, um consultório particular, ou mesmo um quarto de hóspedes — possibilidades que agregam valor e versatilidade ao imóvel.
Co-Living e Áreas Comuns Multifuncionais: Espaços que Evoluem com o Tempo
Nos empreendimentos modernos, áreas comuns que atendem a múltiplos propósitos estão se tornando cada vez mais populares. O conceito de co-living, por exemplo, reflete uma mudança nos hábitos de consumo e nas expectativas de convivência urbana.
O The Collective Old Oak, em Londres, é um exemplo de sucesso que incorpora áreas de trabalho, convivência e entretenimento em um único espaço. Durante o dia, os lounges funcionam como espaços de coworking, equipados com internet rápida e áreas de café, enquanto à noite, esses mesmos espaços se transformam em locais para eventos, exibições de filmes e atividades sociais.
Esse modelo não só promove um estilo de vida dinâmico e flexível, como também maximiza o uso do espaço, permitindo que as unidades privadas sejam menores e mais acessíveis, enquanto as áreas comuns oferecem uma gama maior de amenidades.
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Financeiramente, esse modelo se justifica pela capacidade de compoartar mais unidades e cobrar aluguéis mais altos por metro quadrado devido à oferta de uma experiência comunitária rica e variada, além de aumentar significativamente a densidade de ocupação em comparação aos modelos tradicionais de habitação.
Pontos que diga-se de passagem se tornam muito atrativos para grupos de investidores.
A mudança dos hábitos de consumo e seu impacto no Design e Arquitetura das Edificações
As tendências de delivery também estão moldando o design das edificações para os próximos anos. Com a crescente demanda por entregas rápidas e eficientes, especialmente com o adensamento populacional nos centros urbanos, edifícios comerciais e residenciais precisarão se adaptar para acomodar novas formas de logística, como drones e veículos autônomos. Já existem exemplos em lugares como a Islândia e Carolina do Norte, onde drones são utilizados para entregas de pacotes, medicamentos e alimentos.
Essas mudanças exigirão que edifícios incorporem infraestrutura específica, como áreas de pouso e decolagem para drones nos telhados, e docas de carga para veículos autônomos, que devem ser projetadas com foco na segurança, acessibilidade e conveniência. Estima-se que o mercado global de drones de entrega cresça exponencialmente, com projeções apontando para um valor de mercado de US$ 11,2 bilhões até 2028, o que indica um caminho sem volta para a popularização dessas tecnologias e consequente mudança da nossa maneira de projetar os espaços técnicos de nossos edifícios.
O sábio não comete o mesmo erro duas vezes: Lições dos carros elétricos
A rápida evolução dos veículos elétricos exemplifica como inovações inicialmente vistas como luxos podem se tornar necessidades essenciais em um curto período. Há poucos anos, carros elétricos eram considerados uma escolha para poucos; hoje, com o aumento da preocupação ambiental e incentivos governamentais, estão se tornando uma escolha dominante no mercado automotivo. Essa transição rápida sublinha a importância de projetar edifícios que possam se adaptar às mudanças tecnológicas.
Conclusão: Projetando com Flexibilidade e Inovação como Pilares Centrais
A flexibilidade no design de edifícios é mais do que uma característica desejável; é uma estratégia essencial para enfrentar a incerteza do futuro. Incorporar espaços que evoluam com as necessidades dos usuários, utilizar soluções arquitetônicamente adaptáveis, e antecipar tendências de mobilidade e consumo são formas de garantir que os empreendimentos de hoje permaneçam relevantes e funcionais nas próximas décadas.
Na Thórus Engenharia , acreditamos que a capacidade de adaptação é a chave para o sucesso de qualquer projeto. Eu e meu sócio Cristiano Schneider estamos constantemente comprometidos em trazer soluções inovadoras e flexíveis para nossos clientes, construindo um futuro onde os edifícios não apenas acompanhem as mudanças, mas liderem o caminho para novos padrões de habitação e uso comercial.
Se você deseja explorar mais sobre como incorporar essas tendências em seus projetos, vamos conversar. A construção do futuro começa agora!