Consumo de notícia com moderação

Já notou como hoje em dia, mesmo que você não queira, é bombardeado por informações e ideias que, sem pedir licença, invadem a tela do seu celular e parecem ser assuntos obrigatórios nas rodas de conversa com amigos e a família? De repente, parece que o divórcio de um ator, a morte de um político desconhecido em um país sobre o qual pouco você ouviu falar ou uma crise econômica distante parecem entrar na sua casa e na sua mente.

Isso acontece como parte do fenômeno da globalização da informação, impulsionado pelo uso das redes sociais, pela necessidade de sites e plataformas receberem cliques e gerarem o tal do engajamento (que nada mais é que sua atenção plena) para que possam “monetizar” (faturar) em cima do tempo que você passa olhando para suas telas. Sem que você saiba, algoritmos poderosos são cada vez mais treinados para monopolizar sua atenção.

Na era digital, o acesso à informação nunca foi tão fácil e abundante. No entanto, esse excesso de informação pode, paradoxalmente, confundir o indivíduo médio ao invés de ajudá-lo a formar ideias e convicções sólidas. Assim como consumir alimentos de baixa qualidade pode prejudicar a saúde física, consumir informações de baixa qualidade pode afetar a saúde mental.

A analogia entre comida e informação é bastante pertinente. Alimentos processados e cheios de aditivos podem parecer atraentes e convenientes, mas frequentemente carecem de valor nutricional, levando a problemas de saúde. Da mesma forma, informações superficiais ou distorcidas, como fake news e manchetes sensacionalistas, podem parecer atraentes e fáceis de consumir, mas oferecem pouco valor intelectual ou emocional, podendo causar confusão e desinformação.

O consumo contínuo de notícias de baixa qualidade pode levar a uma visão distorcida da realidade, polarização de opiniões e até ansiedade. Isso se deve ao fato de que essas informações frequentemente são projetadas para evocar reações emocionais fortes ao invés de promover a compreensão crítica.

A habilidade de filtrar o que consumimos de informações é tão importante quanto o próprio ato de consumi-las. Para isso, é essencial buscar fontes confiáveis e diversificadas, que ofereçam uma perspectiva equilibrada e fundamentada. Isso significa, muitas vezes, deixar de lado o excesso de exposição a fake news, notícias de baixa qualidade e ideias distorcidas criadas por pessoas mal intencionadas.

Assim, tratando de informação e alimentação, é importante lembrar que nem tudo que é acessível deve ser consumido indiscriminadamente. Assim como escolhemos cuidadosamente o que comemos para manter nossa saúde física, devemos ser igualmente seletivos com o que lemos e ouvimos para proteger nossa saúde mental. A capacidade de filtrar informações não apenas nos protege da desinformação, mas também nos capacita a formar ideias e convicções mais claras e fundamentadas, impactando positivamente nossas vidas.

Olá

Sou Gustavo de Oliveira, um entusiasta dos temas relacionados à economia, negócios e inovação.

Atuo como comentarista de economia e negócios na RMC - Rede Matogrossense de Comunicação (filiada à Globo em Mato Grosso) e escrevo artigos de opinião para sites e jornais de Mato Grosso. Também faço palestras com o objetivo de compartilhar conhecimentos e trocar experiências com aqueles que desejam aprofundar-se em tendências econômicas, negócios e futuro do trabalho.

Tenho mais de 25 anos de experiência como empresário no setor de mineração em Mato Grosso e na liderança em instituições públicas e do terceiro setor, com foco na indústria, que me permitiram aprimorar minhas habilidades de comunicação, negociação e relacionamento interpessoal.

Sou conselheiro em duas empresas privadas e tenho disponibilidade para compor Conselhos Consultivos ou de Administração Empresarial.

Nesta newsletter semanal quero trocar ideias sobre economia, inovação, tecnologia e futuro do trabalho.

Se você, assim como eu, é apaixonado (a) por aprender e compartilhar informações, vamos conversar e trocar ideias!

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