Covid-19 - Alerta para desinfectar a mente!
O COVID-19, surgiu inesperadamente para os governos, tanto quanto para os cidadãos de muitos países do mundo, causando quedas assustadoras nas economias mundiais e nos sonhos pessoais. Há aqueles que nem sonham, só vivem a cada dia à sua maneira, mas não deixaram de ser afectados por essa pandemia.
Para algumas pessoas, trata-se de uma novidade que chega num momento errado. Para outras, trata-se de uma situação como qualquer outra que tenha acontecido há alguns anos atrás como sempre, passível de ser ultrapassada com o tempo. Para poucos, trata-se um momento oportuno para testes de todo um trabalho que foi feito ao longo do tempo, seja físico, mental ou espiritual.
Eu ficaria mais confortável com a terceira situação: Como consabido, oportunidades surgem para mentes preparadas. O impacto das consequências do Covid-19, está a ser mais tenebroso para os países que ao longo dos tempos não investiram num sistema de saúde confiável, seguro e sólido, ao contrário disso, possuem um sistema de saúde precário, instável e deficitário, como é o caso de Angola 🇦🇴. Durante 40 anos, o governo não soube criar condições para melhorar o sistema de saúde do país nem incentivar investimentos neste sector por causa do nepotismo, ganância, corrupção e falta de sentido patriótico, como consequência, estas acções vitimaram milhares de mortes por todo o país deixando um exíguo legado em termos estruturais que mal suportaria poucos infectados caso venha se verificar.
Sabemos que mudam-se as pessoas nos dias de hoje, mas permanece a mesma estrutura governamental que há 40 anos está a (mal)administrar o nosso riquíssimo País, Angola. É nisso que basta-se a minha alerta:🚨
1- O Coronavirus chegou no tempo certo e na hora certa. Este é o tempo para refletir-mos no que fizemos ao longo do tempo para mitigar ou reduzir o impacto destas situações e de outras mais que veem pela frente. É tempo de parar para reflectir, paragem esta que não pode ser demorada, é urgente pensar se vale a pena prosseguir do modo como estamos a caminhar ou se devemos alterar a ordem das prioridades. Isso serve para o governo e para os cidadãos em geral.
2- Temos que parar de chorar pelo leite derramado. Identificado o problema, está na hora de encontrar a raiz do mesmo e canalizar recursos e esforços para evitar que da raiz venha a nascer novos ou outros problemas maiores que os anterior. Para isso, nada melhor do que reprogramar a ordem ou a sequência de execução. Para o governo, é imperativo num primeiro momento substituir as pessoas coniventes, por outras novas no sistema; delegar responsabilidades e compromisso de honra à pátria. Para os cidadãos, é imprescindível reprogramar a mentalidade de curto prazo e focar para a mentalidade de longo prazo.
3- Não se chega um objectivo tão bem quanto dividi-lo por fases e acompanhar periodicamente. Um problema frequentemente visto em Angola é aversão a prática de fiscalização e prestação de contas; razão pela qual herdamos dos anteriores Executivos estradas mal feitas, hospitais, escolas e muitas infraestruturas degradadas em pouco tempo de existência. É uma obrigação do governo actual mudar este paradigma, se possível, imitar tal qual fazem outros Executivos ocidentais. Para os cidadãos não foge à regra: que é acompanhar a execução por meio de várias ferramentas disponíveis gratuitamente. Se não está em conformidade, deve ser repetido até ser feito o melhor para evitar futuras rupturas desastrosas.
4- O timing e a disposição para criar uma cadeia ou automação é fundamental. Todos os dias, a exemplo, vemos obras que seriam feitas em 3 anos mas depois de 10 anos quase nada se fez, tudo por causa da falta de responsabilização e do compromisso patriótico. A pátria não é mera residência sem normas que regem o funcionamento da mesma, é mais do que um organismo e precisa ser respeitado e honrado. Quem não serve com idoneidade não pode liderar. Assim também para nossos sonhos pessoais, sem o comprometimento e vontade de fazer da nossa realização um ciclo constante, é difícil atingir-mos objectivo e vencer o desafio. Constância e responsabilidade devem andar juntos.
Se o COVID-19 não transformar a mentalidade do governo de Angola e dos angolanos, teremos caos nos próximos tempos e acabaremos por perder a nossa soberania. É tempo de nos reinventar-mos e lutar em prol do nosso desenvolvimento mental e do nosso belo e riquíssimo país.