Crie rapport, mas nem sempre
Se eu passar duas semanas no RJ, volto chiando. Da mesma forma, em SP, começo a trocar o “tu” pelo “você”. Coloco essa suscetibilidade na conta do rapport. Mas claro: basta voltar pro Sul e tomar duas cuias que isso passa.
Você já deve ter ouvido em algum curso de comunicação que precisamos criar rapport com a pessoa com quem falamos. Esse termo vem do francês rapporter e significa “trazer de volta” – algo como entrar em sintonia, afinidade ou conexão.
Isso é realmente interessante e funciona muitas vezes naturalmente, sem esforço, graças aos nossos neurônios-espelho: os mesmos responsáveis pela empatia.
Criar rapport parece algo muito bacana. Então, por que nem sempre? 🤔
Porque, como eu disse, isso acontece naturalmente. E quanto mais sintonizados, mais influenciamos e somos influenciados pelo outro, e você nem sempre quer entrar em sintonia, afinidade e conexão com as pessoas. Se o rapport funciona tão bem para o positivo, por que não funcionaria para o negativo? 🤭
- A pessoa se altera e eleva o tom de voz, e eu já subo o meu tom imediatamente.
- Me conecto com alguém pessimista, e logo estou repensando minhas escolhas.
- O outro está sendo grosseiro, então rapidamente eu perco a minha polidez.
E, fazendo isso, como me diferencio do que condeno? Como estou sendo melhor do que considero errado? 🤷♀️
Negatividade, raiva, agressividade, desrespeito, tristeza: todos estados passíveis de gerar rapport.🤯
Nossa tendência é investir energia e vibrar na mesma frequência do outro. Escolha sempre que tipo de conexão você quer criar com as pessoas. Crie rapport, mas nem sempre 😉
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