Crise fiscal à vista? Descubra como proteger seus investimentos agora
Olá. Tudo bem?
Quando o presidente Lula iniciou seu terceiro mandato, em janeiro de 2023, a dívida pública do Brasil era de R$ 7,2 trilhões. Menos de dois anos depois, esse número saltou para R$ 8,9 trilhões, um crescimento de 23,6% no período.
Embora os dados possam parecer distantes da nossa realidade diária, eles têm um impacto direto sobre o bolso e os investimentos dos brasileiros. O aumento da dívida pública traz uma série de implicações importantes para o cenário econômico e, por consequência, para as suas aplicações.
O endividamento maior afeta a capacidade do governo de manter suas finanças em equilíbrio, forçando a necessidade de juros mais altos para atrair investidores que ainda tenham confiança na saúde econômica do país.
Esses juros, por sua vez, pressionam o valor de mercado dos títulos públicos, especialmente os atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+.
Lembrando que a rentabilidade do Tesouro IPCA+ é baseada em uma taxa de juros predefinida no momento da compra acrescida da inflação do período até o vencimento, calculada justamente a partir do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O impacto da dívida pública no Tesouro IPCA+
Se você é um investidor que possui Tesouro IPCA+ ou mesmo fundos de previdência baseados nesses papéis, já deve ter percebido o impacto da crise fiscal no valor atual dos seus investimentos.
Para citar um exemplo recente, quem investiu no IPCA+ 2045 viu o valor de mercado desses títulos cair quase 10% desde o início do ano.
Isso pode parecer surpreendente, já que estamos falando de um investimento de renda fixa, tradicionalmente entre os considerados mais seguros do mercado. Mas o fato é que isso acontece, e o motivo é a taxa de juros.
Como eu escrevi acima, quando a dívida pública aumenta, o governo precisa oferecer juros mais altos para convencer investidores a continuarem comprando seus títulos. E quando os juros sobem, o valor de mercado dos títulos antigos cai.
Essa lógica simples pode causar dor de cabeça para quem já possui na carteira o Tesouro IPCA+, especialmente aqueles com prazos mais longos, e, por algum motivo, está pensando em vender esses ativos antes do vencimento – já que a pessoa pode ter que vender num preço abaixo do que pagou.
Vale lembrar que, para quem carrega seus títulos até o vencimento, a situação em termos de rentabilidade é muito mais tranquila.
Cenário atual também apresenta oportunidades
Falando do lado positivo dessa história, o cenário atual de juros mais altos também apresenta ótimas oportunidades.
Para novos investidores, a elevação dos juros nos títulos IPCA+ significa a chance de garantir retornos muito maiores no longo prazo.
Atualmente, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 está oferecendo um rendimento de 6,74% ao ano, acima da média histórica. Colocando isso em perspectiva, se você investir R$ 100 mil neste título, em 21 anos você irá resgatar cerca de R$ 380 mil, já considerando a correção pela inflação.
Significa que, ao invés de obter um retorno real na casa dos 4% ao ano, patamar mais comum ao longo da história deste título, você tem a chance de multiplicar seu investimento em uma proporção muito maior.
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E isso não inclui oportunidades ainda mais agressivas em títulos de renda fixa privados, que chegam a pagar IPCA + 10% no cenário atual.
E o risco de uma crise fiscal?
Contudo, é importante ter em mente que a situação de juros elevados não é sustentável a longo prazo. O aumento constante da dívida pública eleva o custo da rolagem dessa dívida, o que pode se transformar em um ciclo vicioso.
Atualmente, quase metade da dívida brasileira está atrelada à Selic, a taxa básica de juros. Cada ponto percentual de aumento na Selic representa um custo adicional de R$ 50 bilhões para o governo, o que eleva ainda mais o endividamento do governo.
Se o governo não conseguir controlar seus gastos ou aumentar a arrecadação, a pressão sobre a dívida continuará crescendo. Isso pode gerar desconfiança no mercado em relação à solvência do país, elevando ainda mais os juros.
Embora o cenário de um calote seja improvável, ele não é impossível. E mesmo que o governo nunca chegue a esse ponto, as consequências de uma crise fiscal prolongada podem ser devastadoras para os investidores e a economia como um todo.
Proteja seus investimentos
Diante desse cenário de risco fiscal e incerteza econômica, é essencial que os investidores busquem maneiras de proteger seus patrimônios.
Neste sentido, a diversificação é uma das estratégias mais inteligentes. E ela pode incluir não apenas a escolha de diferentes classes de ativos, mas também a diversificação geográfica, com a alocação de parte do capital em ativos no exterior.
Além disso, o investimento em ativos reais, como imóveis ou ações de empresas com forte geração de caixa e pouca dependência de financiamento público, pode ser uma forma eficaz de reduzir a exposição ao risco fiscal.
Investimentos em infraestrutura e energia renovável, por exemplo, são setores que tendem a se beneficiar de políticas de longo prazo e que podem oferecer retornos robustos, independentemente das oscilações fiscais.
Para aqueles que preferem o caminho mais seguro, os títulos Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+ ainda são opções sólidas, desde que o investidor compreenda os riscos e oportunidades do cenário atual.
Esses ativos oferecem segurança em tempos de volatilidade, mas precisam ser monitorados de perto, especialmente em momentos de alta dos juros, caso o investidor precise vendê-los antes do vencimento.
Como se proteger e aproveitar as oportunidades
O cenário econômico brasileiro está em constante mudança, e o risco fiscal é uma variável que precisa ser levada em consideração ao planejar seus investimentos.
Embora o aumento da dívida pública traga desafios, também cria oportunidades para investidores atentos e dispostos a ajustar suas carteiras.
Se você quer saber como proteger seus investimentos e aproveitar as oportunidades em um cenário de juros elevados e incerteza fiscal, agende uma reunião gratuita com um de nossos especialistas clicando aqui.
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Um abraço e até a próxima!