Decisões Financeiras Estratégicas para Conselhos: Lições para o Futuro das Empresas
Em tempos de transformações intensas, tanto tecnológicas quanto econômicas, a relevância de um Conselho eficiente e bem preparado nunca foi tão evidente. Nos últimos anos, a necessidade de decisões financeiras estratégicas alinhadas ao futuro dos negócios tem desafiado conselheiros a uma atuação mais profunda e impactante.
Uma das responsabilidades centrais dos Conselhos é ajudar a definir as políticas de remuneração das empresas, desde os altos executivos até os funcionários da linha de frente. Essa definição reflete a saúde financeira e a visão estratégica da organização. No entanto, para ocupar uma cadeira no Conselho, é imperativo que o conselheiro tenha experiência avançada e compreensão financeira sólida — caso contrário, a própria viabilidade do negócio pode estar em risco.
Perguntas Estratégicas para o Início de Mandatos
Ao assumir uma nova posição em um Conselho, a primeira pergunta que um conselheiro deve fazer é: “Como está a geração de fluxo de caixa da empresa?” ( Julio Damiao obrigado por trazer essa pergunta tão relevante para o centro da discussão). Esse é o termômetro da sustentabilidade financeira do negócio. Empresas que não têm um fluxo de caixa saudável enfrentam maiores riscos, e decisões baseadas nessa análise precisam ser rápidas e precisas.
Além disso, a auditoria deve ser uma prioridade. Ela não só detecta não-conformidades, mas também aponta os riscos que podem comprometer a longevidade do negócio. Seu papel vai muito além de uma mera formalidade legal, sendo uma ferramenta essencial para decisões de alto impacto no Conselho.
Gestão de Dívidas e Fluxo de Caixa
Outro tema crítico é a gestão de dívidas. Hoje, no Brasil, muitas empresas estão trocando dívidas de curto prazo por dívidas de longo prazo, tentando equilibrar seu caixa diante de altas taxas de juros — atualmente cerca de 20% ao ano. A reflexão aqui é: como uma empresa de porte médio pode gerar lucro suficiente para cobrir esses custos e ainda assim manter suas operações saudáveis? Conselheiros precisam estar atentos a essas dinâmicas e considerar alternativas como a emissão de debêntures, que pode gerar fôlego financeiro, desde que bem gerida.
Empresas também devem estar vigilantes sobre o custo de seus insumos, especialmente aqueles atrelados ao dólar, e as variações no frete, que sofrem impacto de crises geopolíticas, como os recentes conflitos no Mar Vermelho. Essas variáveis afetam diretamente a estrutura de capital e a competitividade das empresas.
A Eficiência na Execução Estratégica
Apesar de todo o planejamento estratégico, é a execução que se transforma em vantagem competitiva. Em um cenário onde todas as empresas terão as mesmas ferramentas à disposição, como a Inteligência Artificial (IA), será a capacidade de implementar essas estratégias com precisão que determinará o sucesso.
Um exemplo disso pode ser visto no mercado automotivo. A China, com empresas como a BYD, conseguiu transformar a fabricação de carros em uma commodity, impactando de forma significativa o mercado global. A eficiência e a capacidade de oferecer produtos de qualidade com custos mais baixos estão redefinindo as regras do jogo.
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O Papel da IA e o Futuro do Trabalho
A IA está causando mudanças drásticas no mercado de trabalho. Embora algumas empresas estejam utilizando essa tecnologia para aumentar a eficiência e reduzir custos, também estamos vendo um impacto direto nas demissões. Esse movimento não é novo no capitalismo — vimos o mesmo acontecer com o advento dos computadores pessoais, e antes disso, com a revolução industrial.
O ponto de atenção aqui é que a IA não é uma panaceia. Como o "cinto de utilidades do Batman", a IA deve ser utilizada de forma estratégica, mas o sucesso de uma empresa não pode depender exclusivamente dela. Aqueles que não souberem utilizá-la de maneira correta correm o risco de serem substituídos.
Importante ressaltar que o uso da IA também pode gerar notícias falsas, como as deep fakes, portanto, os Conselhos devem estar muito atentos para não tomarem decisões com base em fatos falsos fabricados.
Considerações Finais
Em 2024, o Brasil bateu recordes de recuperações judiciais. Dados mostram que apenas 3% das empresas conseguem sair desse processo com sucesso. A geração de caixa e a liquidez são, agora mais do que nunca, os "goleiros de segurança" para qualquer negócio.
A pergunta final que os Conselhos devem se fazer constantemente é: “Temos as pessoas certas à bordo?” O ativo mais importante de uma empresa não são as pessoas. São as pessoas certas, como bem disse Jim Collins. A capacidade de tomar decisões difíceis e focadas na perenidade do negócio é o que separa uma empresa resiliente de uma que sucumbirá às adversidades do mercado.
Nota: esse artigo foi produzido com ajuda do ChatGPT
Conselheira I Board Member I ERM & Associados | Nexialista I Advisor I Coach | Mentor
2 mThiago, de forma fluida você compartilhou conceitos e mensagens importantíssimas. Parabens pelo artigo!
CEO ATTIVA ESTRATÉGIA | Gestão Empresarial | Advisor | Conselheiro Consultivo | IA| Gerente de Projetos | Políticas Públicas | Empreendedorismo | Consultora SEBRAE | Ecossistema de Inovação | Inovação Aberta
2 mParabéns Thiago Junqueira Penteado gostei do seu artigo, foca no ponto nevrálgico do caixa e gestão financeira.
Gerente de Portfolio e Servicos EI na Philips | Gerenciamento de Projetos
2 mGenial! Super importante considerar a saúde financeira nas primeiras ações
Estrategista em Finanças e Negócios / Prêmio de Administrador do ano (2024) /Autor Livro: Tecla SAP / Conselheiro Independente / Mestrado (Business) / IBEFMG (CEO) / (IA) Intelligent Approach.
2 mPilotar é fácil, o difícil é quando pega a turbulência ou pousar o avião com o “trem de pouso” invertido!!!
Estrategista em Finanças e Negócios / Prêmio de Administrador do ano (2024) /Autor Livro: Tecla SAP / Conselheiro Independente / Mestrado (Business) / IBEFMG (CEO) / (IA) Intelligent Approach.
2 mPerguntas certas importam!!!!