Dez Princípios de Economia (5/10)
Princípio 5: O comércio pode ser bom para todos
Você já deve ter ouvido, e percebido, que o homem é um ser social. Não consegue viver isolado dos seus pares. Em algum momento da humanidade o homem percebeu que otimizaria o uso do seu tempo, um bem escasso e, portanto, econômico, se se dedicasse a um número restrito de atividades essenciais a sua sobrevivência. Deixaria, assim, que outros se especializassem nas demais atividades e, posteriormente, todos trocariam o resultado de seu trabalho num mercado pré-monetário através de escambo (trocas diretas). Por exemplo, alguns homens perceberam que eram melhores pescando, ao passo que outros se reconheceram mais habilidosos no cultivo agrícola, e assim por diante. Como todos queriam ter uma refeição completa, e da melhor qualidade, trocavam o peixe e o arroz num ambiente público chamado aqui por nós de mercado primitivo.
Pode-se pensar, num primeiro momento que dois homens, na verdade, dois grupos familiares, poderiam optar por se especializar na mesma atividade, o que geraria conflito. Entretanto, assim que cenários competitivos como esse surgiam, ou se buscava ampliar a comunidade com a incorporação do grupo familiar que se dispusesse a produzir o que ainda não se fazia de forma especializada, ou a autoridade constituída (governo?) determinava quem faria o quê.
Por outro lado, a concorrência era benéfica para os demais produtores, pois melhorava a qualidade dos produtos e reduzia cotação das unidades de troca direta. Para o grupo familiar encarregado da criação de gado e produção da carne era conveniente que houvesse mais de um produtor de feijão, arroz e hortaliças a fim de aumentar seu poder de negociação (barganha!), e vice-versa.
Seguindo esse instinto natural, as sociedades foram crescendo e se desenvolvendo nos mais diversos espaços geográficos do planeta até o ponto em que conhecemos hoje os países e sua divisão internacional do trabalho/comércio. Nesse mercado global todos concorrem e se beneficiam da especialização das atividades comerciais. Na verdade, todos sobrevivem dessa forma já que não faltam exemplos históricos do fracasso daquelas sociedades que se isolaram comercialmente em torno de economias centralizadas/planificadas.
Referências
MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia. Tradução Allan Vidigal Hastings, Elisete Paes e Lima, Ez2 Translate. São Paulo: Cengage Learning, 2016.