Diretamente do SUS para o mundo, as Health Techs: Como o EuSaúde conseguiu reduzir em 28% os custos com saúde em operadora nacional
Uma nova potência: Veja como a inteligência ligada ao SUS e a telemedicina do EuSaúde reduzem os custos com a saúde
Desde as premissas propostas na Reforma Sanitária brasileira, na década de 70, sabemos que a saída estaria na promoção e prevenção em saúde, ou na Atenção Primária em Saúde (APS).
Ao final dos anos 80, com a inclusão na nova constituição do SUS e da universalidade do cuidado, o problema era ainda mais premente. Como tratar de todo mundo, manter os índices de saúde e os custos controlados em um sistema universal e integral? Um desafio para grandes líderes.
Havia uma resposta e o Brasil a tornou oficial a partir de meados de 90s, com a implantação da Estratégia de Saúde da Família (atual PSF).
O maior e mais revolucionário programa de saúde estava começando, e ainda hoje é a base de sustentação do sistema público, com seus derivados e benefícios. É o espelho da inteligência ligada ao SUS e sua melhor chance de vencer: combater os custos com bons médicos na ponta, atendimentos eficazes e controle do gasto hospitalar. Mas ainda há desafios a serem vencidos, e um deles é a capacidade real de o médico de família, que está na linha de frente, atendendo aos pacientes, o fazer de forma adequada, com bons métodos, apoio de estruturas de saúde consistentes e acesso aos exames e terapias complementares atempadamente.
E por que seria diferente na saúde privada? Os convênios e operadoras não têm a ganhar da mesma forma? Controle de custos, combate à inflação médica e pacientes mais saudáveis?
Estas são premissas universais, e em qualquer sistema de saúde, público, misto ou privado, é a base da sobrevivência a longo prazo. Sabemos que os custos crescentes que ultrapassam os dois dígitos de inflação médica constantes tem sido um grande desafio para operadoras, empresas e prestadores de serviços, em uma contínua dor em termos de gestão de benefícios empresariais e saúde laboral.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), atenta a este tema, já tem inclusive programas de estímulo ao desenvolvimento da Atenção Primária em Saúde desde meados desta década, e os promove com certificação e propostas para contenção de despesas, favorecendo sua implementação.
Mas, nem todas as operadoras já conseguiram formas eficazes de o fazer, e ainda há muito a conhecermos deste universo - adesão de pacientes, críticas à porta de entrada única, legislação que impede migração de planos de operadoras antigos para um sistema com APS; resistência do sistema como um todo para um novo modelo de financiamento é apenas a ponta do iceberg da mudança.
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Hoje, podemos contar com uma grande ferramenta de acesso, a telemedicina que é a porta de entrada que faltava para que a APS pudesse estar na casa de todos, a tempo integral.
Conseguimos hoje, por meio de muito emprego de tecnologia e processos gerir populações muito grandes com o suporte da telemedicina, o fornecimento de pronto-atendimento virtual (PA Virtual) e controle de casos de forma personalizada. Levando a contínuas e expressivas reduções de custos e melhores índices de saúde, como mais exames preventivos e menos internações hospitalares.
Em uma análise retrospectiva realizada em uma população de beneficiários de uma operadora de saúde privada nacional atendida pela plataforma EuSaúde, constatou-se uma redução de custos com a saúde de 28% do total gasto, sendo que houve economia de 52% nos custos de atenção secundária e terciária e uma redução de 21,7% nas internações hospitalares. Conseguiu-se por métodos de seguimento pós alta de pacientes uma redução de 38,9% no tempo de duração das internações hospitalares, e por fim um retorno para o investimento real de R$ 1,44 para cada R$ 1,00 real investido em APS.
Um dos números mais importantes, dentre todos que conseguimos levantar foi que, ao final do período, conseguiu-se praticamente substituir na totalidade a busca ao pronto socorro presencial, resumindo os atendimentos a um local mais seguro e tão assertivo quanto, a residência, pelo telefone celular de cada um.
Este caso demonstra que é possível implementar estratégias consistentes em saúde coletiva com emprego intenso de tecnologia tragam benefícios para a saúde, controle de custos e mais sustentabilidade para o sistema.
Há muito que aprender, mas sabemos que há esperança para controle de custos em saúde, e podemos sim acreditar em um futuro melhor para todas as pessoas.
Texto de Ricardo Cabral
CEO and Founder at RentzApp | Startups | Developer | Healthtech | Fintech | Accounting
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