DISCUSSÃO - IARA E RODRIGO sobre SCHOPENHAUER (Principii)
(IARA 1) – Pratica uma filosofia pessoal, existencial. Não só Hegel e os seus cúmplices ultrarracionalistas, mas quase todos os grandes pensadores - desde Platão a Espinosa e outros -, consideram que a filosofia é uma disciplina abstrata, da qual deve ser removido qualquer rastro subjetivo de paixão e despropósito; há consenso de que existe uma verdade objetiva, estável e acessível, e que a tarefa do pensador é preparar e polir bem o seu instrumento, a razão, para conhecê-la. (PENSADORES, Schopenhauer, 20).
(IARA 2) – Então...agora vem a segunda parte ... Acho que vocês também vão gostar de analisar o outro lado. Schopenhauer escreveu, "O verdadeiro filósofo procura sempre a luz e a clareza e esforça-se para ser como um lago suíço, capaz de juntar uma grande profundidade e uma grande clareza que é, precisamente, o que revela a sua profundidade", então Johann Wolfgabg von Goethe o grande escritor admirava Schopenhauer ao perceber que ele privilegiava o conhecimento intuitivo em detrimento do conceitual,( tudo bem que ele deixou Goethe muito chateado em acontecimentos da vida, mas isso podemos escrever outra hora). Schopenhauer transforma as ideias mais abstratas em poderosas imagens, valendo-se de comparações e metáforas com as quais o leitor passa, de imediato, da dimensão conceitual á da intuição poética, acabando por se reforçarem mutuamente.
Em algumas de minhas pesquisas vejo que Schopenhauer é muito mais admirado pelos escritores do que pelos filósofos...
Então aquela passagem acima que mencionei a primeira postagem de outro dia, eu concordo com ela, mas concordo e admiro também com está que irei colocar hoje...e chego a ficar confusa em achar que eu não entendi ou preocupada em gostar das duas posições, afinal no livro do Schopenhauer. Aforismo para sabedoria de vida, lá tem uma parte que ele diz que os "sábios falam sempre a mesma coisa e os tolos o contrário", vou colocar as palavras dele mesmo, ele é um pouco bruto também com as palavras,
"De maneira geral, decerto, os sábios de rodos os tempos sempre disseram o mesmo, e os tolos, quer dizer, a maioria incomensurável de todos os tempos, sempre fizeram o mesmo, a saber, o contrário."
– Então agora vou colocar a segunda parte a de Schopenhauer.
(IARA 3) – Schopenhauer prescinde da proibição do obsceno e, em vez disso, sublinha nas suas reflexões aspectos como a dor física, impulsos irracionais, como a fome ou o desejo sexual, estado como a insatisfação e o aborrecimento; em suma, atreve-se a penetrar no lado menos elegante da natureza humana. É o primeiro filósofo que instituiu o irracional como algo substancial da vida e não como algo que é preciso ignorar ou reprimir de forma a poder concentrar-se em questões transcendentais.
Em um dos seus magníficos aforismos, escreve que a boa filosofia procede da vida e que a má procede dos livros.
É coerente com essa percepção que dê a máxima importância e credibilidade à intuição, à percepção direta de estados interiores, em oposição às demonstrações do saber discursivo dominante na tradição filosófica. Naturalmente, expõe a sua filosofia no plano abstrato dos conceitos, mas limita o uso da razão ao que intui previamente, ao que ficou registrado na consciência por meio da vivência. Muda o tom da filosofia. Um dos principais traços do pensamento de Schopenhauer é o seu pessimismo metafísico e ético. Então aqui... – Abro um parêntese para colocar que (Jair Barbosa um dos tradutores de Schopenhauer escreve, fala, a filosofia de Schopenhauer não é uma filosofia necessariamente, mas o que ele propõe é um prático realismo, que o Schopenhauer tem uma perspectiva realista e de uma maneira prática de encarar a vida, ele era bem direto e isso soa como modo agressivo). Gente só uma curiosidade ele coloca a mulher, assim... como explicar... Como elemento da vontade, afinal a mulher e o belo ela seduz para que a espécie perpétua, quando eu li isso😱, não deixa de ser verdade📜. Amigos e amigas gratidão pela atenção☺️🌻🌳📜.
(IARA 4) – A outra coisa que considero importante, lembrando que o homem e filho do seu tem, a Josi que me disse isso pela primeira vez... Schopenhauer vem depois de Kant, contemporânea de Hegel idealista... olha segundo o segundo o Prof. de filosofia do Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia, mestre em filosofia "Schopenhauer viveu nos séculos XVlll e XlX. Nesse sentido, ele acompanhou as transformações culturais que atravessaram a Europa. O Iluminismo acentuou o primado da razão em relação aos sentidos e o Romantismo priorizou os sentimentos em relação a razão. Esses movimentos firam determinantes para que o filósofo pudesse desenvolver o seu pensamento, tornando sua obra magna O Mundo Como Vontade e Representação uma das maiores expressões do pensamento romântico alemão. Gente estou me empolgando, mas uma coisa puxa a outra, vou parar prometo, última coisa. Lembrando que sua mãe Johanna Schopenhauer foi amiga de Goethe e assim que o pai de Schopenhauer morreu ela se tornou uma das escritoras mais popular da Alemanha... aí tem outra curiosidade...
(IARA 5) – Sim era um grande critico de Hegel... Então um ponto aí, não irei colocar o meu ponto de vista, mas veja só... – Ele tinha acabado de escrever sua obra magma O Mundo Como Vontade e Representação, então sua educação foi exemplar no ramo dos negócios, seu pai um dos maiores comerciantes educou o filho para ser seu herdeiro, mas Schopenhauer não deseja este destino, mas seu pai colocou que ele deveria falar vários idiomas e estudou nas melhores escola para a formação de um comerciante, até quando seu pai morre e a sua mãe o livra da promessa que ele tinha feito para o pai de ser comerciante, para ser um acadêmico precisava dominar o latim e o grego, coisa que ele resolveu com muita facilidade. Então... Ele tinha acabado de escrever O Mundo Como Vontade e Representação, o público nem ligou para a obra dele e uma das empresas que ele tinha estava ruim de negócios mas ele com seus aprendizados que obteve na juventude a força do pai resolveu rapidinho, afinal muitos escritos, pessoas falavam que ele era muito inteligente, então diante da obra ter fracassado (ahhh mas este ponto o doutor em Schopenhauer o Flamarion ele disse que "Schopenhauer escreveu que sua obra não era para os seus contemporâneos e sim para gerações futuras"
(RODRIGO – BEM TIPINHO DO NIETZSCHE kkkk Porque eu sou um destino? Ecce Homo!), enfim em 1820 Schopenhauer pede para dar aula na Universidade de Berlin e quem faz parte da banca para avaliar o jovem Schopenhauer e Hegel, que fez comentários e foi corrigido primeiro pelo jovem Schopenhauer, ai ficou uma ponta de discórdia ele já não gostava muito de Hegel pelo seu racionalismo, criticava muito a filosofia de Hegel, aí ele pede para dar aula no mesmo horário de Hegel, conclusão o curso de Hegel é um sucesso com 200 alunos e de Schopenhauer um fracasso com 5 alunos apenas no primeiro semestre, ele tenta por mais um tempo mais depois ele desiste, um jovem querer competir com uma celebridade da época... Então mas em 1831 quando Hegel morre por causa daquela epidemia de cólera Schopenhauer não se atrai para dar aula, agora ele não deseja mais. Ah olha como ele trata o Hegel, queria derrotar o que classificava como filosofastro? Autor de uma ladainha inteligível. Olha agora o que ele escreve de Fichte, nesse momento ele é um estudante de filosofia, Fichte um pensador já conceituado, quem substitui Fichte na cátedra berlinense e Hegel... Então olha o que ele escreve de Fichte. O mais célebre era Johann Gottlie Fichte, o idealista que acabaria se tornando alvo da troça e do desprezo de Schopenhauer, assim como seria Hegel. Não aceitou a filosofia conceitual doa idealistas, já que toda sua construção intelectual lhe parecia um enorme disparate sem qualquer relação com a vida. O entusiasta e insatisfeito estudante escreveu nos seus apontamentos:
"[Fichte] disse coisas que me despertaram a vontade de apontar-lhe uma pistola ao peito e dizer-lhe: vais morrer sem compaixão; mas antes diz-me, por amor a tua pobre alma, se no meio dessa confusão de ideias pensaste realmente alguma coisa ou, simplesmente, queria gozar de nós". E aí que ele conhece Schelling. "Dessa forma, teve de fazer sua vida nos livros, em que conheceu a filosofia mítica de Schelling, que foi caindo na sua consideração e, com muito mais constância e admiração, o pensamento naturalista e cético de Montaigne, assim como já consolidado Platão e Kant."
– Afinal a filosofia de Schopenhauer e baseada em um tripé Kant, Platão e oriente.
(ii) Então agora como ele descobriu a filosofia oriental o Schlegel contribuiu de certa forma e ele ira odiar atacar o Schlegel também... A Dra. Maria Lúcia Cacciola da USP diz a lembra do Flamarion ele foi orientado por ela Maria Lúcia.... – Olha o que ela diz em uma palestra, achei muito interessante.
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"E as leituras de Kant foram muito variada e as interpretações desde a interpretação cética até várias outras interpretações que fizeram da filosofia kantiana um sistema, por exemplo a doutrina da ciência de Fichte (1762-1814), Schelling (1775-1854) com sua filosofia da identidade, Hegel (1770-1831)com sua dialética. Então Dra Maria L. Cacciola coloca Schopenhauer a minha escolha foi baseada nesta ida para a contemporâneidade e Schopenhauer de alguma maneira já que ele é um idealista atípico, que ele vai fazer a crítica dos idealistas propriamente ditos Fichte, Schelling e Hegel, mas a professora disse que vai se fixar no Schopenhauer justamente porque ele não e um idealista verdadeiro, já que ele fez uma mistura de realismo com idealismo"
Schopenhauer considerava um discípulo fiel de Kant e ele divergia com o mestre vai corrigir o que ele acha que são os erros de Kant. ( Palavras da professora). Na verdade o objetivo de Schopenhauer não é criticar Kant, afinal realmente Kant era seu mestre, as críticas dele estava em cima dos colegas idealistas, Fichte Schelling e Hegel, esses que que ele quer realmente atacar. Ele diz que a filosofia tem que falar do homem e da vida, ele vai criticar o predomínio do abstrato sobre o intuitivo e diz que o que tem que prevalecer e uma filosofia da vida da existência enfim do querer viver e não uma abstração não uma filosofia montada conceitualmente apenas em conceito. Então vou tentar colocar um pouquinho de representação e vontade, o conceito de representação esta junto com o conceito de vontade os dois caminham juntos. Importante colocar que a ideia de representação vem logo após ele ter escrito um livro que rebate as ideias de Goethe, o livro é Sobre a Visão e as Cores.
A ideia de representação dele é, o mundo não existiria se nós não víssemos o mundo, o que ele quer dizer e obviamente que as coisas existiriam mas a forma como a gente vê o mundo é uma representação nossa as coisas não são exatamente como elas aparecem para a gente, não tem como saber a própria realidade, a gente só sabe o que a gente consegue representar, os animais por exemplo representam o mundo de uma outra maneira, o máximo que a gente faz e representar o mundo e tentar entender ele a partir dessa representação, aqui entra a ideia do Kant também, só que também uma critica a Kant, ele achaca que o Kant dava voltas demais para dizer algo simples, então sabe todas as categorias do Kant ele reduz em apenas espaço, tempo e causalidade, então mas isso não é uma posição contra o Kant ele tinha o Kant como um mestre mesmo, até um dos grandes orgulho que Schopenhauer tinha foi publicar uma edição das obras do Kant com ele em vida ainda, ele via o Kant como um dos maiores gênios que que a humanidade já produziu, mas ele achava que a forma de compreender do Kant podia ser resumidas a elementos muito mais simples, então ele pega o Fenômeno de Kant e coloca na Representação e a Coisa Em Si na Vontade com isso o intuitivo transita entre a representação e a vontade... porque a Vontade por mais que seja difícil de chegar até ela, ele acha que a gente pode ter acesso a ela por meio do próprio corpo... então não é de todo o incomunicável que o Kant demonstrou então mas ele diz logo de cara que se consegue chegar na Coisa Em Si do Kant, que e essa Vontade que ele denominou, olha que interessante ele coloca que a cognição e um produto também da Vontade.
VONTADE
Então Vontade e a coisa em si, o incomunicável, para o Schopenhauer a Vontade representa um impulso cego que age em tudo que vive, então e uma vontade no sentido vontade de viver, a vontade age como esse impulso cego e racional, de cerra maneira ela tem esse propósito único de persevera na própria existência, então a Vontade ela age no ser humano como desejo, e esse desejo sendo um impulso cego ele nós leva a condição instintiva que o ser humano tem como todo animal possui também, a questão do sofrimento ligada a vontade e aquela questão do pêndulo que eu já passei acima. Mais se precisar explico novamente só perguntar. A gente passa a vida inteira tentando conquistar um objetivo e quando a gente chega lá a gente quer outra coisa, esse é o motivo pelo qual não existe visa sem sofrimento, não existe vida plena porque a Vontade não deixa de agir, aqui entra o hinduísmo que explicarei a frente, solução Negação da Vontade.
REPRESENTAÇÃO.
Nós representamos isso que a gente acredita ser o real, mas o real mesmo é algo que não existe, em outras palavras, olha que explicação interessante que i professor Marcos Ramon faz, não é que o real ele não existe, a gente não consegue acessar esse objetivo, esse elemento objetivo da própria natureza da própria realidade, exemplo, nenhum átomo toca o outro átomo, quando dois átomo entra em colisão você tem uma explosão atômica, então isso me leva a entender que quando eu boto a minha mão em cima da mesa e eu toco a mesa na verdade eu não estou tocando essa mesa, então isso contraria a minha percepção da realidade, que a minha percepção sensorial me diz que eu estou tocando na mesa mas se um átomo não toca no outro eu não estou tocando nessa mesa, o que eu sou não encosta neste outro objeto, mas então como eu vejo isso acontecer? E porque é uma representação minha, a forma como a gente consegue traduzir essa realidade microscópica através dos nossos sentidos, a gente traduz isso dessa forma, Schopenhauer não explica assim por que ele está antes do desenvolvimento da física quântica. A física quântica ela consegue explicar um pouco melhor essa intuição que o Schopenhauer tinha ou seja a realidade ela existe é e de alguma forma mas a gente não consegue ver a realidade como ela realmente é. A dor quando eu machuco o meu dedo não acontece no meu dedo e se não acontece no meu dedo, como e que eu sinto essa dor, como é que essa percepção a ideia do físico acontece a percepção sensorial que a gente tem e que eu machuquei a minha mão, o meu dedo e ele está sangrando e é por isso sinto dor, mas se a dor não acontece aqui no físico se a dor e um processo que está conectado diretamente com a minha sensibilidade do ponto de vista também cognitivo. Tudo que a gente percebe a gente sente na verdade é uma intuição cognitiva e uma maneira que a gente conseguiu representar a realidade, traduzir a realidade através dos nossos sentidos e os animais percebem de outra forma, exemplo os animais enxergam menos cores, mais sons, então a gente não tem acesso a realidade mesma.
Representação tudo que já passou pela cognição, representação e tudo é qualquer imagem mental que você tem na sua cabeça, exemplo o celular que você está olhando não está na sua cabeça, o celular está na sua mão ou na sua cabeça, mas isso não impede que na sua cabeça haja uma imagem dele, essa é a representação, o que o Kant diz e que você jamais saberá como é este celular nele mesmo, tudo que você pode dizer e como é este celular para você, quando entra na sua cabeça já entra espaço temporal conceituado, só que o espaço e tempo não são propriedades do celular são propriedades como você conhece, portanto não da para saber o celular em si, então para Schopenhauer também ... – Conhecemos o mundo de forma mediada, você não está com o celular na sua cabeça o que você tem dele é uma representação, você tem uma imagem do celular na sua cabeça, o celular continua na sua mão, isso e conhecer o mundo de modo mediado, há um meio entre você e o celular que te permite conhece-lo, não é direta a conexão ela é mediada por uma imagem, isso é um conhecimento de modo mediado, representação a etimologia da palavra re significa novamente então representação significa mesma coisa da palavra presente significa , significa algo que está diante de você que está presente, só que você não conhece por representação, você conhece por representação ou seja, não está o celular na sua cabeça está a imagem dele na sua cabeça. Essa explicação de um professor chamado Vitor do YouTube também é muito boa... Então vou parar por aqui, mas ainda tem muita cousa da representação da vontade e o caminho da redenção. Espero que tenham gostado, ah... não conferi nada já mandei para vocês e as vezes o celular tem vida própria.📜☺️🌻🌳.
RODRIGO
Não se trata, prezada IARA e demais colegas, de modo algum de uma disputatio com você e sobre suas ideias! É uma participação, haja visto que fomos movimentados pelo mesmo verbo grego – thaumatsen – que pode tanto significar a sua fala de contemplação e de euforia, num sentido de curiosidade, bem como a minha indagação ou uma espécie de estranhamento para com o filósofo em questão na minha trajetória de estudos na área. Sendo assim, não pretendo aqui nem contestar o que dissera em sua pesquisa, o que já me induz em parabeniza-la, e muito menos dispor-me contra o pensador em questão, ao qual eu não tenho capacidade acadêmica nenhuma de o fazer ou tratar, como já mencionei. Como somos colegas, sem demagogia, vocês sabem que fiz duas vezes a faculdade de filosofia, ou seja, em sala de aula – como aluno foram 6 anos bem vividos, porque desde o início sempre me dei bem com a ideia em geral do filosofar. Ocorre que nem na 1ª e nem na 2ªvez do curso – nenhum professor me ensinou o pensamento de Schopenhauer, e muito menos nos indicou à leitura. Então, penso que para vocês, que estudaram mais por conta própria, no sistema EAD, e no caso da Iara, sair um pouco dos filósofos “batidos” é um tanto quanto interessante ao meu ver (o que considero muito positivo). Outras duas situações é que Schopenhauer é intuitivista, ao menos em linhas gerais ... e isto é coisa que eu acho ainda não ser, pois me considerar um racionalista mediano. E como tudo na vida move-se em preconceito, um dos colegas na graduação, ao estudar Schopenhauer, me apresentou-o – como alguém de conduta não ilibada, um pouco parecendo – a mim pelo menos, confundir o estudante e o filósofo alemão. Confesso que sempre mantive presente este preconceito, de modo a nunca dar uma chance se quer aos livros ou ao menos ao Manual de Filosofia para melhor conhecer Schopenhauer! No tocante às suas palavras Iara, de fato, pelo que pesquisei adjunto aos seus escritos, Schopenhauer é muito mais admirado pelos escritores, ditos poetas, como Goethe, do que pelos filósofos... quem sabe por ele incitar uma filosofia à beira do niilismo, me perdoem se soar anacrônico nele, ou tirar de nossos rostos, do que ele, em sua citação, chamou de tolos, que demonstra a dureza do viver, e a dificuldade de ser um filósofo neste contexto, superando a literatura, os livros e vivendo a filosofia. No seu texto, muito bem orientado li, os "sábios falam sempre a mesma coisa e os tolos o contrário", Schopenhauer ilustra uma postura de quem quebra ídolos também, ou ainda, de quem quer propor uma filosofia assistemática ao constructo histórico. Pois, como no teu texto Iara, está... “a boa filosofia procede da vida e que a má (filosofia – acréscimo meu – procede dos livros”. Em rápidas consultas me saltou o termo – genealogia, que o faz (Schopenhauer) preceptor de Nietzsche e de Foucault. Num texto de título – Schopenhauer, o filósofo do absurdo – li ... “para fazer justiça a sua filosofia e medir a importância da sua contribuição, certamente teremos de esquecer alguns aspectos. (Eu que o diga!) Por trás de um moralismo de fachada, de uma estética de inspiração suspeita e de um pessimismo fora de moda, encontram-se os elementos essenciais de uma conversão que está na origem de todo um futuro filosófico”.
Me lembro da PUC-SP, entre 2011-2012 – puder conhecer o Prof. Ivo Assad Ibri... e pesquisando – já encontrei orientações suas em relação a Schopenhauer ... este é uma delas – https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11564 ... (uma tese de doutoramento...).
Seguindo os registros que fiz ao teu texto Iara, concordo que Schopenhauer viveu, de fato entre as correntes - Iluministas e Românticas... para sinalizar o que você citou – entre Goethe e Hegel, e rir um pouco do que o Jeferson falou das aulas entre ele e Hegel. Schopenhauer faz uma citação disposta por você à história da filosofia e ela vai ao encontro de uma definição de um conceito abstrato, com conotação racional e objetiva (mesmo a verdade). Aqui destaco duas importantes afirmações de suas leituras, e que me agradaram muito, inclusive uma delas a pôr-me em pesquisa para satisfazer a minha dúvida. Veja ... Iara você escreveu que, Schopenhauer atreveu-se a penetrar no lado menos elegante da natureza humana... isso é fascinante! Pois não conseguiríamos com uma filosofia analítica, ou pura e simplesmente racionalista, ou quiçá com uma ética kantiana. Creio que foi necessário mesmo uma tal “meta-ética” (ala Maquiavel) com outros entraves de valoração – sobretudo para entender, e aqui que se foca a minha dúvida – Schopenhauer como o primeiro filósofo que instituiu o irracional.
Citado por você, portanto, em boa companhia e tradução, o Prof. Jair Barboza neste texto a seguir: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/6826/4969 - “Metafísica do irracional – Mal radical em Schelling e Schopenhauer”... e compreendi muito do porquê que não – ou – o porque eu não estudo estes autores, porque não os entendo, não entendo o contexto, é a carência de aulas e de formadores. Do seu texto Iara salta - "o verdadeiro filósofo procura sempre a luz e a clareza e esforça-se para ser como um lago suíço, capaz de juntar uma grande profundidade e uma grande clareza que é, precisamente, o que revela a sua profundidade", isso demonstra que Schopenhauer, de fato, privilegiava o conhecimento intuitivo em detrimento ao conceitual... no sentido de transformar o conceito em intuição poética. (Aqui eu acho que já dá pano pra manga demais)
Confesso que o cansaço e o sono me atrapalham de ir mais... mas poderemos ir... sobretudo com dois outros assuntos de extrema importância: (a) a inspiração Oriental do filósofo e a (b) questão da mulher – como ícone da filosofia... inclusive eu li ano passado e assisti uma entrevista com Scarllet Marton sobre Nietzsche, e a obra que li foi a “Além do bem e do mal” ... que a filosofia seria mulher!
Isso sem falar – que agora a noite Iara, você definiu muito bem os conceitos de vontade e representação, que eu também não li e nem os tratei aqui....
Adormecerei com esta pontada de Schopenhauer ... “a vontade, que até então seguia na obscuridade o seu impulso, com extrema certeza e infalibilidade, inflamou... uma luz para si, meio este que se tornou necessário para a supressão da crescente desvantagem que resultaria da profusão e da índole complicada de seus fenômenos, o que afetaria os mais complexos deles.” (Schopenhauer, 1988, I, p. 212-213).