Você tem a tal da inteligência emocional?
Uma das cenas que mais nos chamou atenção nesses dias de Copa do Mundo foi justamente o choro do detentor da camisa 10 da Seleção Brasileira, Neymar Jr. Esse famoso choro ocorreu após a partida com a Costa Rica, onde a Seleção venceu o seu adversário nos acréscimos por 2x0, com um dos gols feitos pelo craque em questão.
O fato é que além do pranto do craque ter ocorrido no gramado, muita gente – incluindo mídia especializada – focou mais no comportamento do jogador em campo. Criticou-se ferozmente, em alguns momentos com razão, o quanto que Neymar apresenta um nervosismo acima da média.
Dentro e fora dos campos. E para balizar essa constatação, ele é o jogador que mais tomou cartões amarelos na “era Tite”, sete ao todo, sendo que ele é atacante. Ele tomou mais cartões que os nossos zagueiros. Isso sem esquecer as publicações dele em mídias sociais com um tom raivoso e cheias de indiretas.
Bate-se na tecla de que Neymar Jr não tem inteligência emocional, que por mais que consiga ser gênio com a bola nos pés em alguns momentos, nada mais é do que um reizinho moleque mimado, que ninguém – exceto sua namorada pelo que dizem – consegue dar um jeito, ou se você ai preferir, chamar de canto para ter uma conversa tête-à-tête.
E se você ai levantar a ficha corrida do moço, vai ter a mesma certeza do que eu: Neymar não tem inteligência emocional. Ou melhor, a inteligência emocional dele precisa ser trabalhada.
Aproveitando a deixa que estamos falando dela, você ai tem a tal da Inteligência emocional? Você já se viu usando ela ou consegue reconhece-la em alguns momentos?
Se você ainda não conhece a inteligência emocional, nós podemos defini-la assim:
Inteligência emocional é um conceito relacionado com a chamada "inteligência social", presente na psicologia e criado pelo psicólogo estadunidense Daniel Goleman. Um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade.
Bom... todo mundo consegue identificar quando sente raiva, tristeza e afins, correto? O que nos torna mais inteligentes, emocionalmente falando, é como e quando usamos esses sentimentos. Ou seja, e utilizando a figura do Neymar mais uma vez, ao invés de socar a bola ao chão por conta de uma falta marcada contra o Brasil, pega essa raiva toda e vai para cima da marcação e marca um gol, valorizando o seu passe e o da sua equipe.
Transforme esse sentimento – seja ele bom ou ruim – em ação, em movimento. De preferência de maneira positiva, onde você e sua equipe, caso esteja dentro de uma, possa tirar proveito dessa ação.
Nós temos sim milhares de ‘Neymares” dentro dos escritórios ao redor do mundo. Muitos mesmo. E os craques que se destacam nesse campo empresarial nosso de cada dia são justamente aqueles que têm a tal da inteligência emocional sintonizada e afiada. E acreditem, eles também a usam no dia a dia, em casa com sua família, amigos e onde é que for.
Não estou escrevendo para você esconda os seus sentimentos, ou qualquer coisa do tipo. O que eu estou pedindo é que você preste mais atenção no seu jogador interior e veja onde o calo dele aperta mais e quais são os gatilhos que fazem com que ele esbraveje com o juiz.
Reconhecendo esses gatilhos, você vira uma pessoa melhor e na maioria do tempo – pois nem sempre nós ganhamos – o seu time vai conquistar os três pontos dentro e fora de casa, aplicando aqui uma metáfora futebolística.
E claro, coaches, psicólogos, amores, amigos e famílias são ferramentas necessárias para que você identifique os seus pontos fortes e fracos em sua inteligência emocional. Basta a você escala a sua comissão técnica ver o quanto o seu rendimento, tanto como profissional e pessoa, vai melhorar sensivelmente.
Uma ótima semana a todos.