A EDUCAÇÃO PRECISA EDUCAR!

A EDUCAÇÃO PRECISA EDUCAR!

Mas de qual educação estamos falando?

Atualmente quando abordamos o tema educação, percebo que a filosofia e a espiritualidade, são colocadas de escanteio e quase nunca estão como prioridades nas pautas e discussões sobre o tema, diferente da importância dada aos doutores do ensino, pedagogia, psicologia e uma série de outras áreas. Por vezes, esquecemos que a Filosofia é o amor ao conhecimento e a busca pela sabedoria, e a Espiritualidade faz com que as pessoas tenham discernimento sobre o sentido da vida, crenças e valores. Ambas buscam entender melhor o ser humano para a educação de uma vida mais plena.

A filosofia e espiritualidade traz à tona aquilo que o ser humano tem de melhor, ou seja, não apenas pela reflexão e informação, mas pela educação na formação de suas virtudes e ações. A palavra educação do latim Educare, era um verbo que tinha o sentido de “criar (uma criança), nutrir e fazer crescer. Etimologicamente, poderíamos afirmar que educação, do verbo educar, significa “trazer à luz a ideia” ou filosoficamente fazer a criança passar da potência ao ato, da virtualidade à realidade.

Há um discurso universal e unânime do qual ouvimos por todos os lados, de que os problemas do mundo hoje na maior parte são pela falta de educação, desde os nossos problemas políticos econômicos, ambientais e sociais até os comportamentais de uma sociedade que perdeu os seus valores.

Eis a minha reflexão: por que todos os congressos, debates e estratégias trazem uma certa multidisciplinaridade, mas em geral não tem um filósofo ou alguém espiritualmente evoluído, será que os responsáveis pela nossa educação no país não consideram essa presença importante? Se o problema de quase tudo é sobre a educação, e creio que estamos de acordo nisso, a pergunta é: Qual é a educação que estamos chamando de educação? Qual educação resolveria os nossos problemas atuais?

 Se pararmos para pensar um pouco. Quais foram os escândalos econômicos, sociais e ambientais e quais foram as pessoas que estavam por traz desses problemas?

Na grande maioria foram pessoas com níveis de escolaridade elevadíssimas, ou seja, em geral os grandes problemas que presenciamos na sociedade vem de pessoas com muitos anos de escolaridade e formados em escolas bem-conceituadas.

Então meus caros, é dessa educação que nós estamos falando? Educação não é sinônimo de escolaridade e diplomas.

A primeira constatação que eu tenho, é que mais importante do que inovar na educação, é educar para que as pessoas possam inovar com mais humanidade. Segundo que, se não é a escolaridade que está salvando e resolvendo os problemas do nosso mundo, qual é a educação que precisamos propor nas escolas, empresas e governos?

Confesso que fico decepcionado quando participo desses debates por pessoas intituladas como gestores, líderes e educadores, discutindo o problema da educação, e como aprimorá-la apenas com investimentos, é isso mesmo, ao final tudo se volta aos investimentos, além é claro da inovação de currículo, mas nunca sobre a inovação do SER. Talvez deveríamos começar pelo que é educação e como podemos reconstrui-la e retomar a ideia original sobre: Por que e como educar um ser humano?

Vou deixar aqui um pouco do que escutei e quais foram as respostas aos desafios sobre investir na educação, apontadas pelos intitulados doutores e especialistas em educação nos últimos anos:

  • Investir em melhores equipamentos;
  • Investir em melhores instalações;
  • Investir em policiamento para segurança;
  • Investir em melhores salários para professores;
  • Investir em mais capacitações para professores;
  • Investir em projetos sociais: lazer, arte e esporte;
  • Investir em tecnologia para as novas grades curriculares.

 Claro que vejo como boas intenções para tudo isso, e sei bem, e como sei que a falta de dinheiro paralisa muitas ações e não atende a todos esses desafios propostos.

Pergunta: Se tivéssemos mais recursos como o dinheiro, seriamos mais educados, capacitados e justos?

Eis aqui uma reflexão sobre a constatação de que seres humanos que tiveram acesso ao melhor dos recursos em escolas consagradas e escolaridade de altíssimo nível, foram eles na maioria das vezes os responsáveis pelos problemas atuais.

Vocês não acham que temos uma contradição, chega a ser difícil de entender. Mas se colocarmos as melhores instalações, recursos e atualizações de grades curriculares sem mudar os valores na sociedade, continuaremos com os mesmos problemas sociais dentro e ao redor da escola.

Mais aparelhos de informática, computadores, melhores estruturas e as famosas salas makers que pelo fato de colocarem pufs coloridos acham que são makers, será que isso reduziria: o número de acesso a pornografia, o número de utilização de drogas, a violência, a falta de conhecimento, a ansiedade, o risco, a falta de previsibilidade e a utilização de todo esse aparato seria consciente?

Mais policiais ao redor da escola, significaria que teríamos uma polícia mais consciente, atuando e se preocupando realmente com as pessoas?

Será que com mais renda e dinheiro na mão os pais se responsabilizaram pelos seus filhos na educação de seres humanos melhores?

A melhor remuneração ao professor, fará dele alguém que sabe para que serve o que está fazendo, estamos falando aqui de uma profissão muito estressante, que por muitas vezes não tiveram outra opção profissional, mas será só o dinheiro fator determinante para a motivação de atuar de maneira digna, outra coisa, essa capacitação dada aos professores será realizada por quem? Serão outros professores desmotivados que formarão esses iniciantes? E aqui estou sendo bem realista, o que mais encontro nas instituições de ensino são professores reclamando e desmotivados, mas que preferem só reclamar e as instituições de ensino varrendo para debaixo do tapete a realidade e vendendo a ilusão.

Resumindo, a maioria das propostas feitas pelos agentes da educação, são soluções quantitativas e não qualitativas, será que se injetarmos esses recursos resolveremos o problema da educação?

Até então na maioria das vezes praticamos a mentalidade materialista e quantitativa, mesmo com boas intenções, porém, em um plano horizontal e não sobre um plano de elevação na formação de valores, e nesse caso, poderíamos acreditar que os recursos financeiros injetados com certeza formariam seres humanos melhores. 

Desafio vocês amigos, a buscarem os relatórios desses encontros sobre educação que não estejam sobre as prioridades em torno de coisas como: geração de renda, geração de recursos, geração de novos diplomas, como se fosse uma questão quantitativa, e pior muitas vezes profissionais saindo com seu diploma e fortalecendo ainda mais os indicadores do crescimento de uma sociedade que denominamos “descartáveis”, isso mesmo uma sociedade inútil. Onde o problema atual não é mais sobre o desemprego, mas sim pessoas que não serão empregáveis.

Eu sei que parece chato começar pela origem das palavras e se aprofundar um pouco sobre a visão do educar, ou seja, educere, que é preparar as pessoas para o mundo, ou seja, conduzi-las para fora de si mesmas, mostrando as diferenças que existem vivendo em sociedade. Será que esses eventos estão discutindo educação sobre essa visão?

Se buscarmos os assuntos já debatidos até aqui, educar é muito parecido com aculturar, que vem de cultivar e trazer à tona as sementes de humanidade que foram enraizadas no individuo diante de um propósito, dedicando-se às coisas da alma e do corpo simultaneamente.

O que percebo é que estamos formando seres humanos robotizados em um mundo que as máquinas estão sendo humanizadas e os nossos agentes de educação agindo muito mais pela conveniência do que a consciência.

“imaginem dar informações e conteúdos relevantes para pessoas desonestas, é melhor que não tenha, se não, estamos potencializando mais e mais problemas”

Vamos entender então o papel da pedagogia, que tem origem na Grécia, Paidagogos é formada pela palavra paidós (criança) e agogos (condutor). Portanto, pedagogo significa condutor de crianças, aquele que ajuda a conduzir o ensino. E para tornar esse mundo mais humano se faz necessária a didática que coloca em prática as diretrizes da teoria pedagógica.

Não sei se vocês perceberam, mas os significados foram se perdendo pelo meio do caminho e que o propósito da educação sempre foi humanizar, mais do que apenas informar para formar, que é importante tecnicamente, mas que devem ser guiados por valores.

Para gerar uma cultura do educar para servir a humanidade, temos que começar a considerar isso em nossas pautas sobre educação, se realmente todo elemento cultural traz à tona aquilo que o ser humano tem de melhor, e principalmente no papel de educador, onde ele tem que usar a si próprio como laboratório daquilo que ele vai ensinar, acima de tudo tem que vivenciar para transmitir aquilo que será aplicado ao dia presente, e não vejo isso na maioria dos casos. É um trabalho sagrado, que traz benefícios para além de si mesmo. Aquele que faz algo para o bem maior, na confiança de que o bem maior é também o seu bem.

A educação vai além das paredes de uma sala de aula, seu sentido se dá sobretudo pelo exemplo, prática e principalmente quando acredita naquilo que está ensinando. Imagine se você não acredita naquilo que ensina, como você irá convencer alguém.

É fato que nossas escolas e instituições de ensino necessitam de recursos financeiros e nossos educadores precisam ser mais bem remunerados, mas me parece que a educação como modelo de negócio atual tem mais preço do que valor, ou seja, como se o dinheiro tivesse um toque mágico de tornar os modelos mais relevantes e perfeitos, o que nos leva a validar a mentalidade materialista que se amplia cada vez mais.

Nossa missão está na transformação da sociedade por meio de uma educação fundamentada em valores e nas capacidades de lidar com os infortúnios da vida, que é tão importante quanto a capacidade de guiar carreiras e negócios, e não necessariamente só preocupado em preencher cadeiras e salas de aulas, com a promessa de certificados, diplomas e performances maquiadas pelas unidades de ensino pelo simples fato de atender algumas obrigações, comandadas por uma gestão centralizada que estabelece uma padronização, como se nossas demandas e problemas fossem iguais para todos em todos os cantos desse pais com dimensões continentais e proporcionalmente sua desigualdade social. E aqui deixo a minha opinião sobre o que acredito ser uma gestão passada e presente muito ruim, ou estou errado?

Quando falamos de educação, será que necessitamos de uma gestão centralizada?

“Eu realmente percebo um fracasso de más práticas na gestão da educação e ensino em suas funções mais básicas, ou seja, porque então, geram várias obrigações padronizadas onde as performances são maquiadas e continuamos empurrando alunos para a vida que são semialfabetizados e pior, chancelados pela instituição máxima de educação e ensino. Percebe que essa visão unificada não significa absolutamente nada em termos de garantia de qualidade de aprendizado.”

Nossos governos, empresas e gestores de educação e ensino, deveriam ter mais consciência sobre a diferença de educar e ensinar, educação e escolaridade. Será que as pessoas que comandam a nossa educação se interessam pelas leis universais para a vida, as conhece o suficiente e entende que harmonia e felicidade consistem em entender mais dessas leis, do que as propostas clonadas de aprendizagem e ensino espalhadas de maneira idêntica para todos em todos os lugares, e que não devemos brigar contra a natureza e sim fluir a favor delas, e uma delas é a lei de causa e efeito, talvez a principal, na qual você mostra e ensina sem violência aos alunos para se adequarem de forma mais inteligente as exigências reais da vida, dos negócios e carreira.

Por que se não for assim, como é que eu educador e gestor poderei representar algo que está ausente em mim?

Tem um trecho da música do Djavan que diz “Sabe lá o que é não ter e ter que ter para dar” ... isso é um pouco do que vivemos, porque quando não pensamos somos pensados, e ao invés de gerar compreensão, adestramos. Educar o ser humano é trabalhar com consciência e não com medo e desejo. Nos seres humanos cientificamente somos conhecidos como homo sapiens sapiens (ou nos dias de hoje mais conhecido como homo digitalis) que deveríamos ter amor ao conhecimento como fim. No entanto percebo que o nosso conhecimento é pela busca da conveniência e não da consciência, queremos o conhecimento para passar no vestibular, garantir uma vaga de emprego, ganhar mais dinheiro, status e cargo, e nesse caso o conhecimento é como se fosse um estorvo, eu necessito dele como um meio desagradável apenas para que alcance essas coisas. Será que de fato amamos o conhecimento?

Imaginem então, se eu tiro esse obstáculo do meio do caminho, e não precise mais do conhecimento para alcançar esses objetivos, mesmo assim será que eu amaria o conhecimento para a minha própria evolução do SER?

O ideal é que o conhecimento não tivesse a dependência única e motivacional se eu vou ou não passar no vestibular, se a unidade de ensino terá nota máxima no ENADE ou se vou ganhar mais dinheiro com isso, mas que o conhecimento e as horas de aprendizagem tivessem um sentido e significado maior para você, que ajudasse a crescer, evoluir e se tornar um ser humano melhor. Por isso é fundamental que um educador e pedagogo, entre tantas outras lideranças, amassem o conhecimento a partir também da espiritualidade e filosofia, é uma maneira de equilibrar as nossas energias, emocionais, físicas e mentais, que se não estiverem em equilíbrio estarão em velocidades diferentes, gerando um grande descompasso.

Eu acredito na força do ser humano e dos exemplos, estímulos, gentiliza e caráter, mais do que uma grade curricular com nomes atraentes de algumas disciplinas. Ao final o mais importante talvez seja que o aluno nem lembre mais do nome da disciplina que eu ministrei, mas que lembre de mim, ou seja, que por meio da minha atitude e exemplos proporcionei transformações e tive presença relevante na vida desse aluno.  Percebem que a disciplina nesse caso ficou secundária.

Como já disse em vários artigos e por aqui mesmo, para mim estamos vivendo um momento muito delicado na história da humanidade, porque fica claro para mim que desconfiamos do ser humano, em muitos casos não acreditamos mais. Nosso crescimento como ser humano já está difícil, agora imaginem que estamos ficando convencidos que a humanidade não tem mais jeito mesmo, e quando eu acho que posso evoluir alguém me convence que não, aí não tem mais jeito mesmo. Imaginem essa situação diante dos alunos, onde o papel da instituição e do educador é conduzi-los para a possibilidade de uma vida mais digna.  

Se não for pela nossa fé, esperança, amor, exemplos e vontade de mudar, será apenas pela grade curricular imposta e personalizada para todos?

E aqui também não quero romantizar e moldar a instituição de ensino e o educador perfeito, até porque, perfeição no mundo manifestado não existe, não vimemos o mundo dos absolutos e sim dos relativos. Mas engajar as pessoas, que estamos aqui para nos aperfeiçoar e isso significa cair muitas vezes, mas em uma delas levantar um pouco melhor do que estava e no caminho do meu propósito, isso facilita muito uma aproximação pela autenticidade e a nossa vulnerabilidade será nossa maior potência.

A educação não é sobre ganhar ou perder, não significa que alguém seja pior ou melhor, porque chegou em primeiro e o outro em último, mas que de fato as pessoas entendam que o ganhar não é sobre o outro e sim com outro. No processo de educação de si mesmo, cada um tem seu tempo e sua capacidade de assimilação e aplicação. O importante é que saibamos conduzir nossa essência e conhecimento na implantação de valores que vai te levar até o final com harmonia e o mais importante, se todo o seu conhecimento te levou a sair melhor do que entrou, se você teve a sensibilidade suficiente para saber o impacto que isso teve na vida, negócios, carreira e comportamento das pessoas.

Atualmente, nos debates e comitês, percebo que os nossos desafios sobre a educação seja resolver e entregar uma coisa extraordinária, resolver de vez esse problema, e para isso apresentam quais são os recursos financeiros, mas não é assim que funciona na realidade em que vivemos, a forma correta talvez seja, resolver uma coisa ordinária extraordinariamente bem, assim como a natureza, que não dá grandes saltos, aprende-se no pequeno aquilo que você vai fazer no grande.

“Se for para criarmos apenas pessoas high technology e não high humanity, e não formos capazes de transformar essa base moral construída é melhor que ela não tenha conhecimento.”
Como já dizia Platão, “é melhor a ignorância absoluta do que um conhecimento em mãos inadequadas isso se vira contra o ser humano e contra a humanidade”

A educação, não é responsabilidade exclusiva de ninguém é de todos! Nós seres humanos deveríamos propagar seres humanos, acima de tudo humanos, estejamos nós onde estivermos e o que estivermos fazendo, esse é o nosso propósito e isso faria de nós seres humanos pedagogos por todos os lados.  Aquilo que somos e fazemos propaga, e deveríamos conduzir de uma educação informativa para uma formativa.

Que os nossos gestores e líderes da educação e ensino desse país, e aqui sem teorias da conspiração, até por que não acredito que haja alguém maldoso o suficiente tramando para que a nossa humanidade esteja assim para benefício de uns ou de outros, mas acredito que muitos são conduzidos e manipulados por uma questão furtuita, e precisamos de mais pessoas que por natureza tenham compromisso verdadeiro com educação e pela vida de todos, por isso entramos nessa crise educacional, através de uma decadência de valores que vem de muito tempo, e achar que essa reconstrução será da noite para o dia, ou ainda que só com os investimentos em tecnologia e recursos  resolveremos, é uma utopia! 

Minha esperança induz para uma expectativa, seja pela conveniência ou consciência, que alguns passos foram iniciados, e principalmente por nós seres humanos incomodados com essa situação e preocupados com o futuro da humanidade, que já tivemos iniciativas para ações relevantes e por conta própria. Uma coisa é fato, nos últimos meses tive a oportunidade de vivenciar o ecossistema da educação e as unidades de ensino mais de perto e além de aprender muito com algumas poucas pessoas (professores, coordenadores e diretores), uma coisa ficou muito claro para mim, esses assuntos abordados pela nossa equipe (Inova CPS) tiveram relevância e muita repercussão.  

Após essa repercussão, comecei a presenciar um cenário onde essas pessoas impactadas e inconformadas começaram a pensar diferente e refletir a educação sobre esse ponto de vista que abordei até aqui, não era mais só com boas intenções e engajadas sobre o propósito que elas começaram a criar uma tribo forte, mas principalmente, foram pessoas que se comprometeram em se reconstruir, isso sim é um ato político e que influencia mais pessoas e isso vai gerando um efeito que começa a enfraquecer os inimigos da mudança ou mesmo quem não tem nada para dar e nem adianta insistir.

Não aceitar a falta de visão da nossa própria ignorância, faz com que a gente se frustre com expectativas fantasiosas, e não é porque as pessoas queiram que nossa educação esteja ruim, é porque elas estão juntas com as pessoas que defendem a própria corrente, escravas do ego, vaidades, cargos, nomenclaturas e caprichos que presenciei nas instituições de ensino.

Cheguei até escutar nos corredores dessas organizações de ensino e em escolas, que algumas salas de professores ou mesmo gestores da educação, tinham o apelido de Instituto Butantã, por que será?

Portanto, na minha opinião, para que tenhamos uma cultura de educação mais adequada ao momento e as necessidades do ensino no Brasil, o primeiro passo está na própria educação. As pessoas que comandam o país, gestores, professores e alunos precisam aceitar e entender que se faz necessário dar o primeiro passo para essa evolução, que é a reconstrução de si mesmo e o autoconhecimento, enquanto não aceito quem eu sou e as minhas próprias sombras, o invejoso é o outro, o antiético é o outro, o alienado é o outro, o maldoso é outro, ou seja, o problema está só no outro. Só quando nós aceitamos quem somos, somos capazes de mudança.

Precisamos avaliar melhor o processo de revisão dos nossos paradigmas, não podemos mais ficar paralisados, utilizando nossas reclamações como algo que nos defende, até porque, o que valia não vale mais, e não necessariamente o que passa a valer substitui o anterior em todas as suas arestas e dimensões.

Somos todos responsáveis, então vamos assumir nossa missão em vida e comprometer-se em se transformar, já é o primeiro passo para tornar o mundo um pouco melhor!

Se formarmos um ser humano com essas virtudes, há esperança. Pode ser um processo lento, mas é realista.

Marcos Batista

 

 

Felipe Carvalho

CEO Comense - Smart Gov | Transformação Digital de Governos | Smart City | Cohost Podcast Global Smart Gov e Trends News | LinkedIn Top Voice Smart Cities

6 m

Caraca, que bomba, Marcos Batista. Precisamos sim repensar o modelo de negócio do sistema educacional. Temos que ressignificar os papeis de quem ensina, de quem aprende, de que gere o sistema para trazer novas reflexões sobre o que se espera de cada um. Como democratizar o acesso ao conhecimento? Como pensar em soluções que permitam levar dignidade a todos? A real é que ninguém sonha com aquilo que não conhece e fazer a informação chegar a todos nem sempre é interessante.

Prof. André Siqueira

Coordenador de Projetos - Agente de Inovação Regional - CPS e do Programa Educação Profissional Paulista da Área de Gestão e Negócios | Diretor Fundador da Form Treinamentos | Docente e Palestrante

6 m

Excelente texto Marcos. Como professor do ensino médio também, compartilho da mesma reflexão e se por um lado, quem deveria dar o exemplo, não o faz, por falta de princípios, como educador de escola pública é mais do que uma obrigação é uma missão! Ainda pontuo, calcado na minha vivência, a necessidade de orientação e de ajuda propriamente dita, as famílias dos estudantes menos favorecidos, ação está, que por falta de recursos (humanos e materiais), capacitação e direcionamento, a escola não consegue realizar, o que amplia o hiato entre a comunidade escolar e a comunidade propriamente dita. Sem um trabalho conjunto (‘transdisciplinar’) entre escola; família; sociedade civil e poder público, em ambas as esferas, continuaremos assistindo o desmantelamento da educação em especial, nos campos ético filosófico e espiritual.

Gerson Zuzarte

Professor na Centro Paula Souza

6 m

Belíssimo texto prezado amigo Marcos Batista!!! Conforme vosso texto precisamos transcender sobre vários paradigmas cristalizados para realmente tenhamos uma educação humanizada com foco na sociedade, na sustentabilidade e no "SER". Um grande e fraterno abraço.

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