#educaçãojá solução do presente para resolver o futuro
Quando escrevi no outro artigo sobre investir no Brasil, comentei que entre as lições de casa que o nosso país precisa fazer está a educação, que precisa ser efetivamente colocada como prioridade por nós como sociedade e pelos políticos que estão entrando em campanha.
Thomas Piketty em sua obra fala sobre as razões da concentração de renda nos Estados Unidos e Europa. Sua obra tem mérito, mas acredito que no Brasil temos que incluir mais um elemento: se não a maior, mas com certeza uma das principais razões para a distribuição desigual de renda no Brasil, é a distribuição desigual de educação. A educação é fundamental numa sociedade civilizada, pois só com ela daremos a cada cidadão a oportunidade de lutar por uma vida digna. É terrível deixar de dar a uma parte dos brasileiros essa oportunidade.
Mas a sociedade tem se conscientizado e se mobilizado. Entre as iniciativas a serem louvadas destaco o Todos pela Educação, que inclusive trouxe recentemente um dado chocante: de cada 100 estudantes que ingressam na escola, 86 concluem o ensino fundamental I, 76 concluem o ensino fundamental II e 59 concluem o ensino médio. Ao final dessa etapa, apenas 27,5% dos alunos têm um índice de aprendizagem considerado adequado para o português, sendo esse índice de 7,3% para a matemática. Deixar essa situação como está, significa contribuir para a manutenção da desigualdade social no Brasil.
Educação, na escala necessária, precisa ser trabalho via política pública. Nesse sentido, atuo diretamente na Fundação Itaú Social e no Centro de Liderança Pública, instituições que focam em propostas de políticas públicas. É o caminho, o setor público e setor privado juntos mobilizados na mesma direção.
O Tesouro Nacional fez um relatório muito interessante chamado “Os Aspetos Fiscais da Educação no Brasil” e esse material nos ajuda a compreender a situação atual e a quebrar alguns mitos. Por exemplo, atualmente o Brasil gasta 6% do PIB com educação mais que a média da OCDE (5,5%) e que Chile (4,8%) ou Argentina (5,3%), outros países latino-americanos. Ou seja, não necessariamente precisamos gastar mais, mas com certeza precisamos gastar melhor.
Outra informação relevante, em 2017, a União gastou R$75,4 bilhões com educação superior e R$ 34,6 bilhões em educação básica. Sei que para analisar esse dado, precisamos levar em consideração a definição dos papéis da União, Estados e municípios na educação, no entanto é inconteste que precisamos aumentar o foco na primeira infância e educação básica – e pesquisas comprovam isso – ou teremos prejuízos que provavelmente nunca venham a ser recuperados.
Neste ano de eleições, organizações da sociedade civil como o CLP, a Endeavor e o Todos pela Educação lançaram iniciativas suprapartidárias, chamadas “Visão Brasil 2030”, “Agenda para o Alto Crescimento” e “#educaçãojá”, para contribuir para que o próximo governo possa implementar medidas que sejam capazes de fazer o Brasil dar o salto que tanto almejamos. Pense no assunto quando estiver escolhendo o seu candidato.
Recentemente, o mundo prestou homenagens a Nelson Mandela, que faria 100 anos. E ele nos deixou uma lição preciosa: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.
Ajudo empresas a escalar seus processos e melhorar a eficiência da sua gestão | Especialista em Inbound e Outbound | Customer Success e Customer Experience | Sales | Marketing | RPA | Tecnologia | Legal Operations
6 aQue artigo bacana, parabéns pelo texto.
Co-founder & COO at HeroSpark
6 aExcelente artigo Fábio Colletti Barbosa. Não sei se reparou, mas nos debates os presidenciáveis estão falando muito mais sobre armas do que sobre educação. Nesse contexto tanto quanto bizarro, seu resgate da citação de Mandela foi perfeito “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”.
PMO I Gerente de Projetos I Delivery Manager I Agile Master I Scrum Master I Associate Product Manager
6 aÓtimo artigo, parabéns! #Educaçãojá: "A boa formação escolar de uma população explica em torno de 75% do PIB." - Eric Hanushek, economista e doutor pelo MIT e professor da Universidade Stanford dos EUA.
Eu ajudo a criar canal e estratégia para YouTube para empresas, marcas e pessoas. Sou muito feliz em tudo que faço. Filho de Yolanda e Uri.
6 aOi, Fábio. Recebeu minha ideia?
EXECUTIVO COMERCIAL
6 aMuito bom