Agenda 2022: É hora de incluir o ESG na estratégia dos negócios
É comum que muitas empresas façam seus orçamentos e revisem os planejamentos estratégicos neste período de final do ano. Esse trabalho será desdobrado nas metas de 2022. É um período crítico para incluir os aspectos do ESG na estratégia dos negócios. As decisões tomadas agora vão indicar a direção a ser seguida. Aproveito essa coluna para trazer algumas observações.
Do ponto de vista de governança é preciso garantir a transparência. Costumo dizer que não existe mais “on” e “off”, estamos “on” o tempo todo. Isso porque a sociedade e o mercado financeiro não toleram mais greenwashing, e tentativas nesse sentido têm vida curta. Com o avanço do tema, as metas que envolvem ESG precisam ser mensuráveis e auditadas.
Quando falamos do aspecto ambiental, há inúmeras oportunidades que podem ser aproveitadas durante a confecção de um planejamento estratégico. Há várias oportunidades no mercado financeiro para as empresas que já tem uma boa governança de sustentabilidade como os chamados green bonds. Também é um bom momento para avaliar como os produtos e serviços da empresa podem ser mais sustentáveis, aumentar o uso de matérias-primas recicladas, ou diminuir gordura e níveis de sódio para tornar os produtos mais saudáveis. Não posso deixar de citar as oportunidades que se apresentam com o mercado de carbono. Demos passos importantes após a COP26, e vejo muitos projetos surgindo neste campo. Cada empresa deve fazer uma análise minuciosa e entender as oportunidades que fazem mais sentido para o seu próprio desenvolvimento sustentável.
O terceiro aspecto é o social, a meu ver, um dos mais sensíveis atualmente. Lá pelos idos de 2008, eu fiz uma palestra no TED São Paulo e eu comentei “não dá para ir bem, indefinidamente, em um país que vai mal”. Essa frase foi muito marcante e, hoje com o aumento da miséria e até da fome como consequência das sucessivas crises econômicas e da pandemia, vejo que esse assunto ganhou enorme relevância. Eu acredito que as empresas também exercem um papel de agentes de transformação da sociedade e, por isso, durante o exercício de planejamento precisam analisar de que forma elas podem impactar positivamente o seu ao redor. Em um país tão carente quanto o nosso, certamente as doações são muito necessárias, mas temos que ir além e ver como tornar as empresas cada vez mais inclusivas. É preciso desenvolver novas formas de atração e seleção para empregar mais mulheres, PCDs, pessoas negras, são inúmeros estudos que demonstram que empresas com um grupo mais diversos tem resultados melhores.
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E, por falar em resultado, você leitor deve estar pensando e o aspecto econômico?
Este é premissa básica da administração. É responsabilidade de todo corpo diretivo de uma empresa garantir que a empresa tenha sustentabilidade financeira. Acontece que o mundo mudou e o resultado a qualquer custo não é mais tolerado. Estamos no mundo do “E” e não mundo do “OU”. Aliás, escuto esse falso dilema desde a época do Banco Real. Ou você faz a coisa certa ou dá resultado. Não é verdade! Termino esse texto com a frase que marcou a minha vida: é dar certo, fazendo a coisa certa, do jeito certo!
Texto originalmente publicado no Site Capital Reset.
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11 mObrigada por compartilhar!
Consultoria Empresarial
2 aClaríssimo como o sol ao meio-dia!
Consultoria Estratégica de Diversidade & Inclusão
2 aÓtimos pontos 👏🏼👏🏼👏🏼! Frase que marcou a minha vida tb 🤗🥰
Partner at Neuler Capital
2 aÓtimo artigo, Fábio! Estamos mesmo em um momento em que o custo de não desenvolver ações socioambientais sólidas, dentro de um plano estratégico, começa a superar os investimentos necessários para fazer com que as iniciativas aconteçam.
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2 aJesse Guedes