De acordo com o relatório "O futuro do recrutamento" do LinkedIn, a atração de talentos tornou-se uma função estratégica vital, destacando a crescente importância da experiência do candidato. Neste artigo, exploraremos como a humanização do processo de recrutamento não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente. Desde convites iniciais até a construção de networking, vamos mergulhar nos elementos que transformam um processo seletivo em uma jornada marcante para candidatos e empresas.
- Nos Convites Iniciais: Imagine receber um convite para um processo seletivo que não é apenas um simples e-mail, mas um convite caloroso para fazer parte de algo maior. Isso não só estabelece a base para uma conexão significativa, mas também define o tom para toda a jornada.
- Simplificando o Caminho: Ao entrar no processo, o candidato se depara com uma interface simplificada, projetada para facilitar a navegação. Essa escolha consciente pela simplicidade não apenas economiza tempo, mas também reflete o respeito da empresa pela experiência do candidato.
- Compensando Esforços: Nossa jornada nos leva a considerar algo muitas vezes negligenciado - os custos associados às entrevistas presenciais. Aqui, a empresa não apenas reconhece, mas também compensa os esforços financeiros do candidato, transformando um processo rotineiro em uma experiência empática.
- Diálogo Transparente: Desde o primeiro contato, a comunicação revela-se transparente e recíproca. O recrutador articula com clareza os requisitos e expectativas para a posição, ao mesmo tempo em que voluntariamente compartilha informações sobre atividades, remuneração e benefícios da vaga.
- A Conversa como Aliada: Os candidatos são ativamente envolvidos nas discussões, criando uma sensação de valorização. Nesse ambiente dinâmico, os candidatos se sentem à vontade para expressar suas opiniões, fazer perguntas e esclarecer dúvidas sobre a vaga, a empresa, entre outros aspectos.
- Feedback que Edifica: A jornada chega a um ponto crítico - o feedback. Cada candidato merece mais do que uma resposta padronizada; eles merecem insights construtivos que os impulsionem em suas jornadas profissionais. Aqui, o feedback não é uma formalidade, mas uma ferramenta para o crescimento mútuo.
- Criando um networking: O recrutador se demonstra disposto do começo e até ao término do processo, responde sempre de forma atenciosa os candidatos, mantendo ainda contato para futuras oportunidades de negócios
Ao analisarmos o manifesto do candidato publicado pela Gupy, concluímos que uma experiência ideal seria idêntica à narrada acima. Reconhecemos, entretanto, que muitas empresas conduzem seus próprios fluxogramas, algumas adotando práticas que distanciam, de forma negativa, o processo do ideal proposto pelo manifesto do candidato. É comum depararmos com etapas extensas, testes massivos e até mesmo o uso de vídeo currículos. Porém, é crucial destacar as práticas desalinhadas que prejudicam a experiência do candidato: falta de feedbacks, comunicação opaca, job descriptions desalinhadas e inflexibilidade na negociação da remuneração.
Diante desse cenário, consolidei algumas dicas que podem transformar o recrutamento em uma experiência humanizada, eficiente e eficaz:
- Evite Processos longos: Reduza a complexidade do processo, proporcionando uma jornada mais ágil e objetiva para os candidatos.
- Tecnologia a Favor do Candidato: Utilize a tecnologia para facilitar a comunicação, evitando testes massivos e adotando ferramentas que promovam bate-papos pela internet, conversas por texto ou Inteligências artificiais para auxiliar na criação de pareceres.
- Investimento em Feedbacks: Não abuse de templates genéricos e e-mails padronizados. Garanta que todos os candidatos, pelo menos na etapa de bate-papo, recebam feedbacks construtivos. Isso proporciona insights valiosos e contribui para o desenvolvimento contínuo dos profissionais.
- Entrevista Transparente e Recíproca: Priorize a transparência nas interações. Compartilhe detalhes sobre a vaga, remuneração, benefícios e atividades. Essa clareza permite que o candidato alinhe suas expectativas com os desafios da posição.
- Crie uma relação: Segundo o relatório "O Futuro do Recrutamento", 73% dos profissionais de recrutamento consideram essa habilidade como crucial nos próximos 5 anos. Cultive relacionamentos duradouros com os candidatos, mesmo após o processo seletivo. Esteja aberto para esclarecimentos e mantenha uma conexão ativa. Essa prática não apenas fortalece a imagem da empresa, mas também abre portas para futuras interações e oportunidades.
Ao adotarmos essas práticas, estamos construindo as bases para um processo de recrutamento que é não apenas eficiente e eficaz, mas também genuinamente humanizado. No entanto, é importante reconhecer que, como em qualquer abordagem, há aspectos positivos e desafios associados a essas práticas:
- Engajamento dos Candidatos: A implementação dessas práticas estimula maior engajamento, resultando em um aumento no número de candidaturas e na possibilidade de atrair talentos qualificados.
- Redução de Desistências: A abordagem humanizada contribui para uma menor propensão dos candidatos a desistirem no meio do processo seletivo, promovendo uma jornada mais atrativa e envolvente.
- Engajamento Contínuo para Futuras Oportunidades: A prática de fornecer feedback construtivo mantém os candidatos engajados mesmo após reprovação, possibilitando futuras colaborações e fortalecendo o relacionamento com a empresa. De acordo com uma pesquisa da Gupy, 67% dos candidatos afirmam que se candidatariam a outras vagas na empresa se eles tiverem vivido uma boa experiência, mesmo depois de receberem uma negativa.
- Fortalecimento da Marca Empregadora e da Empresa: A experiência positiva gera uma procura genuína de candidatos para fazerem parte da empresa, contribuindo para uma imagem favorável no mercado de trabalho. Essa satisfação se traduz em comentários positivos e marketing orgânico.
- Redução do Turnover: A transparência desde o início, oferecendo clareza sobre expectativas e atividades, reduz significativamente o risco de declínio durante as primeiras semanas de integração, contribuindo para uma maior estabilidade e retenção de talentos.
- Tempo e Recursos: A implementação de práticas mais humanizadas pode demandar mais tempo e recursos, especialmente no treinamento de equipes de recrutamento para adotar uma abordagem mais personalizada e atenciosa.
- Padronização vs. Personalização: Encontrar o equilíbrio certo entre a padronização necessária para eficiência e a personalização essencial para a experiência individual pode ser desafiador. Um excesso de personalização pode levar a processos ineficientes.
- Feedback Construtivo: Oferecer feedback construtivo de maneira eficaz pode ser um desafio. Encontrar o equilíbrio entre honestidade e consideração, garantindo que o feedback seja construtivo e não desmotive os candidatos, requer habilidade.
- Gestão do Volume de Candidaturas: Aumentar o engajamento dos candidatos pode resultar em um volume maior de aplicações. Gerenciar eficientemente esse aumento, sem sacrificar a qualidade da seleção, é um desafio.
- Consistência na Experiência do Candidato: Manter a consistência na oferta de uma experiência positiva para todos os candidatos, independentemente das circunstâncias, pode ser difícil, especialmente em organizações grandes ou com processos descentralizados.
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Ao simplificar processos, comunicar claramente e construir relacionamentos, não apenas conquistamos eficiência, mas também moldamos perspectivas otimistas para o futuro do processo de recrutamento e seleção, redefinindo nossa abordagem em relação às pessoas no mercado de trabalho.
Apesar dos desafios, como a gestão do tempo e dos recursos, enfrentar essas questões nos leva a um futuro onde a experiência do candidato é mais do que um procedimento padrão, tornando-se uma jornada pela compreensão mútua e crescimento, beneficiando ambas as partes.
O recrutamento humanizado ou experiência do candidato vai além de ser apenas uma estratégia; ele está se torna uma necessidade que vem sendo cada vez mais demandada pelos candidatos. Este convite representa uma evolução sutil, onde a empatia emerge como a força propulsora para um futuro mais colaborativo e resiliente. Isso transforma não apenas o processo de busca por oportunidades, mas o torna mais otimista e menos impactante para a saúde mental dos trabalhadores.
Ilustradora / Áudio visual
11 mFicou incrível 👏👏